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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vídeo mostra carro atingido por deslizamento de pedras na Dutra




A rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa, na região sul fluminense, foi interditada nesta terça-feira após o deslizamento de pedras e terra. A interdição foi na pista sentido Rio, no km 278. Um carro que passava na faixa contrária foi atingido por uma pedra.

No momento, outro veículo passava pela pista afetada pelo deslizamento e quase foi atingido. As pedras rolaram pelas duas vias.

O vidro do carro atingido quebrou, mas segundo assessoria da Via Dutra, não houve feridos. Equipes da concessionária que administra a rodovia retiraram as pedras e limparam da pista. Mesmo depois de liberada a via, foram registrados 12 quilômetros de congestionamento.
Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Pedras foram parar na pista da rodovia que liga as duas principais cidades do país


Fonte: SRZD

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

'Minha filha, então morra!' Disse o Prefeito de Manaus Amazonino Mendes em discussão com moradora

Durante uma visita a uma área de risco em Manaus, o prefeito Amazonino Mendes conversou com os moradores e disse o que será feito na região. Mas acabou discutindo pesado com uma mulher.
Três pessoas morreram no local em um deslizamento.
O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes, discutiu com uma moradora de uma área de risco na manhã desta segunda-feira (21). Ele foi ao local após a morte de três pessoas durante o fim de semana por causa de um desmoronamento de terra na comunidade Santa Marta.

Em um dos momentos, a moradora afirma que não tem condição de ter uma moradia digna. Ele responde: “Minha filha, então, morra, morra.”

Em outra ocasião, o prefeito pergunta de onde a moradora é. Ela afirma que é do Pará. “Então, pronto. Tá explicado”, diz o prefeito.

O assessor Eduardo Gomes, da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Manaus, disse ao G1 que o prefeito foi local com o intuito de retirar as pessoas da área de risco. E que a frase em que ele fala sobre morte teria sido dita no “calor da discussão”, porque os moradores insistiam em permanecer no local.
Em relação à frase em que o prefeito comenta o fato de a mulher ser do Pará, Gomes afirma que Manaus sofre uma migração muito forte de estados da região Norte e Nordeste. Segundo ele, geralmente, os migrantes têm baixo nível de escolaridade, pouca qualificação profissional e vão morar em áreas de risco.
Ainda segundo Gomes, há cerca de 50 mil famílias em área de risco em Manaus. A razão, segundo ele, é a migração de pessoas para a capital amazonense.

Em nota, a Secretaria de Comunicação informou que as famílias retiradas do local vão ficar em casas alugadas pela prefeitura, até que uma área definitiva seja determinada para receber as famílias.

Ainda no texto, a secretaria informou que a prefeitura vai distribuir aos moradores kits de madeira para a construção de nova moradia e fornecer uma cesta básica por família.

Do Site G1

domingo, 23 de janeiro de 2011

Região Serrana registra mais de 800 mortos

De acordo com prefeituras das cidades atingidas, mortes chegam a 810.
Ministério Público informa que ainda há 417 desaparecidos após tragédia.
O número de mortos pelas chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro no início do mês chega a 810, de acordo com as prefeituras das cidades afetadas pela tragédia. Pelos últimos levantamentos dos municípios, ao todo são 391 em Nova Friburgo, 324 em Teresópolis, 66 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Já o Ministério Público informa que ainda há 417 pessoas desaparecidas na Região Serrana.
O contraste entre as lavouras ainda produtivas e o solo inutilizado pela força das águas

Recuperação de escolas
Uma das prioridades das obras emergenciais que devem ser feitas em Nova Friburgo, na Região Serrana, é recuperar as escolas que foram destruídas após as chuvas do dia 11. As unidades que ficaram de pé servem, atualmente, de abrigo para vítimas ou viraram depósito. Com as obras, alunos das redes estadual e municipal, que estão no período de férias, poderão retomar a rotina sem grandes atrasos no ano letivo.

Segundo a prefeitura da cidade, as obras emergenciais devem ser concluídas em 180 dias. Um cronograma com as principais ações, que incluem também a recuperação de calçadas e ruas e a construção de muros de contenção, deve ficar pronto nos próximos dias.

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se reuniu na manhã deste domingo (23) com o prefeito da cidade, Dermeval Neto, e o presidente da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop), Ícaro Moreno, para traçar as principais estratégias de recuperação da cidade.

Empresários e empreiteiros de engenharia civil da própria cidade terão a responsabilidade de terminar as obras emergenciais dentro do prazo previsto, depois que a cidade decretou estado de calamidade pública. A medida, sancionada pelo governador Sérgio Cabral, visa dar maior agilidade na contratação de serviços, aquisição de materiais e execução de obras e permite dispensa de licitação para reabilitação das cidades devastadas.

Mudança na geografia
A devastação na Região Serrana na semana passada foi tão violenta que provocou uma mudança na geografia de toda aquela área. Engenheiros do Exército usaram tecnologia avançada para redesenhar o curso de rios e avaliar o que aconteceu com os morros após os deslizamentos. O trabalho vai ajudar na identificação dos pontos críticos, para agilizar a solução dos problemas. Os novos contornos da cidade de Teresópolis foram filmados e fotografados durante um sobrevoo de helicóptero feito por especialistas do Instituto Militar de Engenharia (IME).

“Tiramos mais de 4 mil fotografias, do alto, filmamos. Rios mudaram de curso, ruas viraram tapas de lama, morros parecem que foram cortados com uma faca, e aquela fatia desabando por cima de tudo que tiver na frente. No nosso voo nós não vimos coisas bonitas, vimos destruição. Parece que explodiu uma bomba”, atestou o major do IME Jacy Montenegro.

Nos vales mais profundos, o trabalho foi feito com a ajuda de aeromodelo, equipado com três câmeras e aparelhos de GPS. O veículo aéreo não tripulado tem três metros de envergadura e foi desenvolvido pelos alunos do IME. E as imagens captadas foram sobrepostas as que já existiam antes do temporal.

O novo mapeamento da Região Serrana será importante para as equipes que ainda trabalham no resgate das vítimas, para mostrar o melhor acesso à áreas ainda isoladas e, principalmente, para orientar a reconstrução das cidades e indicar os locais que podem ser ocupados.

“Não construiríamos casas onde surgiu um rio. Não construiríamos casas de novo onde o morro desabou. Essas áreas são áreas que a natureza escolheu para ser o curso alternativo da água. Nós não mandamos na natureza”, afirmou o major Montenegro.

Leptospirose
Na noite de sábado (22), a Secretaria estadual de Saúde do Rio confirmou três casos de leptospirose na Região Serrana. De acordo com a assessoria da secretaria, o órgão foi notificado a respeito de dois casos em Nova Friburgo e um em Teresópolis. Os nomes dos pacientes não foram divulgados e não há informações sobre o quadro de saúde deles.

De acordo com a prefeitura de Nova Friburgo, a Secretaria de Saúde do município confirma os dois casos de leptospirose na cidade, mas informa que os registros são anteriores às chuvas que devastaram a região na semana passada.

Já a Secretaria de Saúde de Teresópolis confirmou três casos notificados, sendo dois já descartados e um sob suspeita de leptospirose, que ainda aguarda os resultados de avaliação médica.

Do G1 RJ

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Em tersópolis morador quebra a perna do filho para salvá-lo

Jovem ficou preso em escombros após deslizamento; 'não tinha a menor chance de deixá-lo ali', conta o pai.
BBC
Um morador de Teresópolis quebrou a perna do próprio filho na tentativa de salvá-lo de um soterramento em sua casa, durante a forte chuva que caiu sobre a cidade na última quarta-feira, dia 12.

O auxiliar de supermercado Magno de Jesus Andrade, 43 anos, estava na madrugada do dia 12 em sua residência, no Morro do Espanhol, junto de sua mulher, Fernanda, de seus quatro filhos, da sogra e de um cunhado quando um desmoronamento ocorreu na parte de trás da casa.

Segundo Magno, um de seus filhos, Pedro Marlon de Andrade, de 15 anos, tentava sair pela varanda quando um deslizamento de terra deixou-lhe preso entre uma parede e um pedaço do telhado que caíra.


Pedro espera poder jogar futebol quando se recuperar da fratura (Foto: Rafael Spuldar/BBC Brasil )

Sem conseguir tirar Pedro dos escombros, Magno tentou afrouxar e remover o entulho chutando e pisoteando com força os pedaços de madeira que prendiam a perna esquerda do jovem. 'Ele se virava todo, mas não conseguia se soltar', diz Magno. Neste esforço de salvamento, acabou quebrando a tíbia do garoto.

'Eu só posso agradecer ao meu pai. Naquele dia, eu pensei que ia morrer', afirma Pedro. 'Na hora, eu só pensava neles (em sua família), então eu pedi para que o meu pai e a minha avó me deixassem lá.'

'Eu disse para o meu filho, 'eu posso arrancar a tua perna fora, mas eu vou te tirar daí'', diz Magno. 'Não tinha a menor chance de eu deixar o Pedro ali, nenhuma.'

Pai conseguiu tirar toda a família com vida do
deslizamento (Foto: Rafael Spuldar/BBC Brasil )

Com a ajuda da sogra, Magno conseguiu retirar o filho dos escombros. Ele diz que, levando o garoto no colo, teve de andar por vários metros com lama na altura do peito, até encontrar um meio de transporte no qual conseguisse levar Pedro a um hospital. Toda a família escapou com vida do soterramento.

Pai e filho foram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teresópolis, mas a falta de energia impediu que fosse feita uma radiografia da perna do menino, que doía muito. Pedro acabou atendido horas depois do deslizamento, no início da manhã, no Hospital das Clínicas, onde foi engessado e ficou em observação.

Pesadelos
O jovem está morando com os três irmãos, um tio e a avó em uma casa onde ela trabalha como caseira, no bairro de Jardim Cascata. O jovem está tomando analgésicos para aliviar a dor na perna e afirma que teve alguns pesadelos com o soterramento. Magno e a mulher estão instalados em um apartamento cedido pelo supermercado onde ele trabalha, no centro da cidade. Magno afirma que, embora metade de sua casa esteja destruída, conseguiu recuperar parte de seus eletrodomésticos.

No momento, ele está em férias, mas vai antecipar a volta ao trabalho. 'Tenho que agitar um pouco a mente e esquecer um pouco das coisas', diz. Já Pedro aguarda a época de voltar à escola, quando entrará no primeiro ano do ensino médio. Ele diz que tem mantido contato com seus amigos por meio da internet, que acessa com seu telefone celular. Segundo o jovem, todos estão bem. Fã de videogame e esportes, o garoto diz que foi sondado por um 'olheiro' interessado em levá-lo para jogar futebol no Rio. Ele confia que vai poder voltar a jogar, depois que se recuperar da fratura. 'Se eu ganhar uma bolsa, uma ajuda de custo, vou querer ser profissional, com certeza', diz. O pai diz aprovar a escolha. 'Não é porque é meu filho, mas ele joga bem mesmo.'


G1

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tragédia na região serrana do Rio: Mortos chegam a 680; mais de 20 mil estão desabrigados e desalojados

TERESÓPOLIS e RIO - Uma semana após a empestade que devastou a Região Serrana do Rio, o número de mortes chegou a 680 nesta segunda-feira. Segundo os números oficiais das prefeituras das cidades devastadas pelas chuvas, até o momento foram registrados 277 mortos em Teresópolis, 318 mortos em Nova Friburgo, 58 em Petrópolis, 20 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto, e 1 em Bom Jardim. Segundo dados da Polícia Civil, esse número chega a 678, com 277 corpos em Teresópolis, 319 em Friburgo, 58 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, 4 em São José do Rio Preto, e 1 em Bom Jardim.
Imagens dos deslizamentos em Nova Friburgo. Foto: Divulgação UOL.

O número de desaparecidos continua incerto. Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro já contam com 182 com paradeiro desconhecido. Mas há cidades em que não há lista de desaparecidos.

Segundo a Defesa Civil, mais de 21,5 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região. Em Petrópolis são 224 desabrigados, e 2.805 desalojados. Em Teresópolis, 2.000 desalojados, e 3.000 desabrigados, em Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados, em Bom jardim 1.200 desalojados, e 700 desabrigados, em São José do Vale do Rio Preto 2.064 desabrigados e desalojados, e em Areal 1.200 desabrigados e 2.500 desalojados. Não há números de Sumidouro.


UFRJ envia profissionais de saúde para a região serrana



Nova Friburgo/RJ: duas mulheres saem às ruas com máscaras para se protegerem da poeira
Foto: Antonio Lacerda/EFE

Uma equipe de cerca de 50 profissionais de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) seguiram nesta terça-feira para o município de Nova Friburgo, um dos mais atingidos pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Eles vão permanecer ao longo de todo o dia prestando assistência à população que ocupa os cerca de 30 abrigos espalhados pela cidade, além de visitar algumas comunidades que também foram afetadas pelos deslizamentos e inundações.

De acordo com o infectologista da UFRJ Edmilson Migowski, a equipe é composta por profissionais de diversas áreas como clínicos gerais, enfermeiros, dentistas, técnicos de laboratório e, principalmente, pediatras.

"Em tragédias como essa, em geral, as crianças são as que mais sofrem, por isso estamos levando pediatras que possam dar assistência específica, incluindo orientações, a elas. Os cuidados que puderem ser feitos no local serão, mas se alguma delas precisar de internação estamos preparados para trazê-la para o nosso hospital (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ).

Segundo Migowski, o comboio seguiu levando ainda medicamentos de diversos tipos, entre eles os que ajudam na cicatrização de feridas, material para a realização de curativos, além de um caminhão cheio de donativos, principalmente alimentos e fraldas.

O infectologista informou ainda que o objetivo é reunir mais profissionais para enviá-los a outros municípios atingidos na região nos próximos dias.

Um grupo de 28 voluntários dos hospitais federais do Rio de Janeiro, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, chegou hoje a Nova Friburgo para reforçar os atendimentos em localidades críticas do município, como Córrego Dantas, São Geraldo, Rio Grandina e Alto do Floresta.

De acordo com o Ministério da Saúde, que já enviou outras equipes para a região, mais de 2,2 mil pessoas se cadastraram no site da pasta (www.saude.gov.br) se disponibilizando para trabalhar como voluntários nos municípios da serra fluminense. Eles estão sendo deslocados para o Rio de Janeiro à medida que as autoridades de saúde do estado solicitam apoio ao ministério.
Chuvas na região serrana
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.

Em Teresópolis, 235 corpos já foram sepultados .

Nesta terça-feira, uma equipe médica da Secretaria Estadual de Saúde vai atender os moradores de Campinas, em Sumidouro. Segundo o secretário Sérgio Cortes, no local há muitos doentes, hipertensos e com asma.

A equipe vai ficar no local o tempo que for necessário para fazer os atendimentos. O pacientes com estado de saúde mais grave serão transferidos para hospitais fora da localidade. Em Campinas, foram resgatados 18 corpos durante a tragédia.

- Estamos levando quatro médicos e um grupo de enfermeiros para fazer os atendimentos na região - disse o secretário.

O município também abriu nesta terça-feira uma conta bancária para receber ajuda financeira da União. A cidade estava entre as c inco que não tinham apresentado o número à Secretaria Nacional de Defesa Civil . A maior prejudicada até o momento é Petrópolis, que tem R$ 7 milhões em caixa.
Terra

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mortos passam de 600 na Região Serrana; Rio pede ajuda à Marinha. Veja

Com 71 mortes, Teresópolis decretou calamidade; quatro bombeiros morreram em resgate em Nova Friburgo


Prefeito de Teresópolis diz que serão necessários R$ 590 milhões para reconstruir a cidade

O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do RJ chegou a 608, segundo as prefeituras e o Corpo de Bombeiros.
Pelos últimos levantamentos das prefeituras, são 271 em Nova Friburgo, 261 em Teresópolis, 55 em Petrópolis,19 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto.
Em Teresópolis, a prefeitura informou que a Central de Cadastro de Desaparecidos recebeu a reclamação de que 88 pessoas estariam desaparecidas. Em Petrópolis, há 36 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Frigurbo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos.

Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informou que o número de mortos é 611, sendo 274 em Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 19 em Sumidouro.
Segundo a Polícia Civil, 590 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 259 em Teresópolis, 267 em Nova Friburgo, 41 em Petrópolis, 19 em Sumidouro e 4 em São José do Vale do Rio Preto.

Outros dois municípios também tiveram áreas devastadas: Bom Jardim e Areal. A Defesa Civil não descarta a possibilidade de haver vítimas fatais nessas cidades.
Em Friburgo, Praça do Suspiro foi uma das áreas mais afetadas pelos temporais (Foto: Celso Pupo/G1)


Nos sete municípios atingidos, o número de desabrigados e desalojados chega a 15 mil. O Exército anunciou que neste domingo (16) vai começar a montar pontes móveis para facilitar o acesso a algumas cidades.
Após o anúncio de que 300 homens da Força Nacional de Segurança seriam enviados à Região Serrana, nesta sexta-feira, 250 garis da Comlurb irão para Nova Friburgo para iniciar o trabalho de limpeza da cidade. Os trabalhadores usarão roupas especiais para atuarem na lama e contarão com pás mecânicas e com o auxílio de carros pipa.

Mesmo com todos os esforços, ainda é muito difícil o acesso de bombeiros a alguns pontos das áreas afetadas. Desde quinta-feira, helicópteros levam militares para que resgate das vítimas seja feito. No Vale do Cuiabá, região devastada por uma enxurrada, ainda estão isolados.


Entre as vítimas de Nova Friburgo estão três bombeiros. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


Prejuízo para a rede hoteleira

Segundo a Defesa Civil, todas as estradas que cortam o Rio devem ser liberadas para o tráfego de veículos ainda nesta sexta-feira. As autoridades pedem cautela, já que as vias não estão em condições ideais.

Além de mortes e destruição, as chuvas trouxeram muitos prejuízos à Região Serrana. De acordo com o prefeito de Teresópolis, Mario Jorge, serão necessários R$ 590 milhões para reconstruir a cidade. Estima-se que hotéis e pousadas de Nova Friburgo e Petrópolis devam sofrer perdas de R$ 32 milhões nos próximos 30 dias. Aproximadamente metade das reservas para o carnaval já foram canceladas.

Começam os sepultamentos

Na quinta-feira, mais de 30 vítimas da tragédia foram sepultadas em Teresópolis. O elevado número de mortos e a pequena quantidade de capelas fizeram com que a prefeitura orientasse familiares das vítimas a não fazer velórios. Os enterros continuaram até as 22h. Vítimas de Nova Friburgo estão sendo sepultadas a cada cinco minutos.

Em entrevista à rádio CBN, o coordenador da Defesa Civil da cidade, coronel Roberto Robadey, disse que o volume de chuvas chegou a 260mm em 24 horas - em janeiro de 2010, o volume foi de 180 mm. "Quem tiver passado a noite em lugar seguro e estiver isolado não deve sair", pediu.

Em Petrópolis, um casal de idosos faleceu em Itaipava. Deslizamentos de terra impedem a passagem em várias localidades de Corrêas, Araras e Vale do Cuiabá. Equipes da Secretaria de Obras já foram mobilizadas para liberar as vias. Alguns deslizamentos de terra também atingiram parcialmente casas dessas regiões.

Equipes de secretarias do governo do Estado foram enviadas a Teresópolis e a outros municípios atingidos pelos temporais. O vice-governador Luiz Fernando Pezão está se dirigindo a Teresópolis para avaliar a situação nos locais destruídos.

Interdições. Três estradas que saem de Teresópolis estão interditadas: a BR-495 foi fechada na altura do quilômetro 24 por causa da queda de mais de 200 toneladas de terra. No sentido de Friburgo, a pista está interditada na altura do quilômetro 88,5, e deve demorar cerca de quatro horas para ter parte da via liberada. Há interdição ainda na BR 116, Teresópolis - Além Paraíba, na altura do bairro de Três Córregos.
(Com Marcelo Auler, Pedro Dantas e Priscila Trindade)

Refúgio

Segundo relato da internauta Lucienne Guberman, enviado ao Minha Notícia, moradores de Teresópolis se refugiaram em locais altos. “Estou fazendo contato de Niterói. Minha família toda mora em Teresópolis, minha mãe, seus irmãos e netos, e estou em contato com outros moradores locais. Sei que há pessoas, inclusive crianças, que se refugiaram num local alto e plano esperando resgate que só poderá ser feito com helicóptero. A situação está caótica no Bairro Espanhol. Conheço o bairro. Dez casas desabaram! Doações são recebidas no Ginasio Pedrão, ao lado da rodoviária da cidade”.


Moradores ilhados

O rio Santo Antônio, em Petrópolis, transbordou e ,em alguns pontos da região de Itaipava, a água chegou a dois 2,5 metros de altura. Muitos moradores, de acordo com a Prefeitura, estão ilhados.

Em Corrêas, Araras e Vale do Cuiabá deslizamentos de terra impedem a passagem dos veículos. A Prefeitura informou que equipes da Secretaria de Obras já foram mobilizadas para liberar as vias. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, diz que mobilizou todos os helicópteros do governo, das polícias civil e militar, para apoiar as ações nas regiões mais castigadas pelas chuvas.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, determinou que todas as secretarias e áreas operacionais do Estado intensifiquem o trabalho que já estavam realizando, por conta das fortes chuvas dos últimos dias, junto aos municípios da Região Serrana.

Cabral solicitou ao comandante da Marinha Brasileira, almirante Júlio Moura, aeronaves para o deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros. O governador vai até a região na quinta-feira (13).

Deslizamentos

Um boletim parcial do Corpo de Bombeiros indica que entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira ocorreram mais de 30 deslizamentos de terra. A Corporação afirma que os estragos causaram “várias vítimas”, mas ressalta que o balanço oficial só será divulgado “quando os trabalhos de resgate forem encerrados”.

O major do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros, Gil Kempers, explica que o número de vítimas pode aumentar pelas dificuldades de comunicação entre a central e os quartéis, muitos deles sem energia elétrica e sem linhas telefônicas.

Rodovias interditadas

A rodovia Lúcio Meira (BR-393) foi parcialmente interditada na noite de terça-feira após o desmoronamento de uma barreira na altura do município de Sapucaia, na Região Centro-Sul do Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Rodoviária Federal auxiliam os motoristas no trânsito.

Na rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040) há diversos pontos bloqueados. Na descida da Serra de Petrópolis, na altura do km 97, o tráfego voltou ao normal após limpeza da pista. Um caminhão que transportava queijo tombou na madrugada e espalhou a carga na via. Outros dois pontos registraram problemas. Houve deslizamentos em Três Rios e no Areal.

A concessionária que administra a rodovia Rio-Teresópolis (BR-116) está com tráfego interrompido entre Teresópolis e Além Paraíba desde a madrugada desta quarta-feira no trecho entre o km 76 (Prata) e o km 54 (próximo ao acesso a São José do Vale do Rio Preto). A via está com vários pontos de alagamento. Não há previsão para liberação.

São Paulo e Minas

Entre segunda-feira e terça-feira um forte temporal causou a morte de 13 pessoas em diferentes pontos do Estado de São Paulo. O rio Tietê inundou a Marginal Tietê, uma das principais vias da cidade, resultando em imensas filas de automóveis.

Em Minas Gerais pelo menos 16 pessoas morreram desde novembro e 65 cidades estão em estado de emergência. As chuvas que começaram em novembro forçaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas em toda a região sudeste do País e causaram um número extra-oficial de quase 60 mortos.


Com informações do G1 e outros

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Bombeiros resgatam vítimas de deslizamento em Petrópolis

RIO - Bombeiros resgataram com vida Sebastião de Assis, de 44 anos, e Gabriel Proença da Silva, de 12, que estavam sob os escombros de uma casa no número 1.863 da Rua Professor Strone, no Bairro Quarteirão Brasileiro, em Petrópolis, na Região Serrana. A casa foi atingida por um deslizamento de terra. Eles foram levados ao Pronto Socorro Alto da Serra com ferimentos leves. O local foi interditado pela Defesa Civil.
O Globo

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Veja o resgate de vítimas dos deslizamento de morro em Niterói. Cenas fortes

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Os repórteres do Fantástico estavam no local momentos antes da tragédia. As imagens exclusivas mostram muita dor, mas também o heroísmo e a solidariedade dos moradores da favela em Niterói (RJ).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Bombeiros retiram dez corpos de vítimas de deslizamento no morro do Bumba, em Niterói (RJ)


O Corpo de Bombeiros retirou na manhã desta quinta-feira (8) mais quatro corpos de vítimas dos deslizamentos no morro do Bumba, em Niterói (RJ), na região metropolitana. No total, dez corpos foram encontrados até o momento. Equipes de resgate e prefeitura estimam que cerca de 200 pessoas moravam no local, onde existiam ao menos 50 casas, e podem estar soterradas.
De acordo com o último balanço do Corpo de Bombeiros, o número de mortes devido às chuvas no Estado é de mais de 150. Os corpos resgatados nesta manhã ainda não foram contabilizados.
A estimativa é de que foram deslocados 600 metros quadrados de terra no morro do Bumba. As equipes de resgate usam dez retroescavadeiras para retirar a terra e o lixo do local, que já foi um aterro sanitário. “Essa é uma área de alta suscetibilidade. Isso aqui é um lixão que se encharca muito mais rapidamente em comparação com outros morros. O solo vai ficando ensopado e ocorre a formação de gás metano. Com tudo isso, o ângulo estável fica muito menor. A prefeitura deveria ter um cadastro desta área, que é de altíssimo risco", afirmou Adalberto da Silva, professor de geologia do Instituto de Geociências da UFF (Universidade Federal Fluminense).Cerca de 300 homens, entre integrantes da Força Nacional de Segurança (FNS), policiais civis, bombeiros e policiais militares, trabalham nas operações de resgate no local.
Os mortos na cidade somam 89 desde segunda-feira (5), e esse número tende a aumentar com o passar do tempo e as remotas chances de se encontrar sobreviventes. Além de residências, foram soterrados estabelecimentos comerciais, creches e igrejas no morro do Bumba.
"Gostaria de ser solidário ao povo de Niterói, que vive uma grande tragédia, e isso serve para reforçar o meu apelo para que as pessoas deixem áreas de encosta e de risco, porque ali era uma área com essas características", disse o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Depoimentos
O temporal que provocou a tragédia no Estado do Rio teve início no final da tarde de segunda-feira (5) e levou o caos à capital e à região metropolitana, que praticamente pararam na terça-feira. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), somente na terça-feira choveu mais do que o esperado para todo o mês de abril na região.
Centenas de pessoas estão no morro do Bumba à espera de notícias sobre parentes desaparecidos e amigos.
Entre os que aguardam novidades está o motorista de ônibus Marcos Antonio Caternol Júnior, 31, morador da comunidade e que passou em frente ao morro dirigindo o coletivo poucos minutos antes da tragédia. "Minha mulher ouviu um estouro e saiu com o bebê no colo, pensando que se tratava de um acidente. Ao olhar para trás, ela viu a casa sendo soterrada. Dentro da residência estavam os pais dela, o bisavô e o nosso filho Caíque de seis anos. Até agora não entendo o que aconteceu", contou.
Felipe de Souza, 21, pizzaiolo, disse que o cenário no local é de terror. “Ouvi um barulho muito forte. Um estrondo. E vi todo mundo gritando 'sai, sai, sai'. Logo depois veio tudo abaixo. A situação é caótica. Tem muita gente soterrada ali.”
A aposentada Sueli Campos, também relatou o que viu. “Tava tudo escuro, as pessoas mal conseguiam andar. Meu marido se quebrou todo. Estou só com a roupa do corpo”, disse, aos prantos.
O vendedor Carlos Eduardo Moreira, 24, permanece, desolado, no local, à espera de um milagre. “Estão falando em 40, 60 casas, mas e as pessoas? Tem com certeza mais de 60 pessoas soterradas lá. A família inteira do meu vizinho foi embora junto com a lama. Só na casa dele tinha sete pessoas”.
Alerta 
Na capital fluminense, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) voltou a recomendar hoje que as famílias deixem as áreas de risco e busquem abrigo em outros locais. Segundo a prefeitura, ainda há muitos riscos de deslizamento nas encostas da cidade.
Paes também alertou que os problemas no trânsito da capital do Estado devem continuar em razão de várias vias ainda estarem bloqueadas. "Por isso, pedimos de novo que as pessoas que não tiverem obrigação de sair que não o façam, e que busquem fazer carona solidária, auxiliando os vizinhos e desafogando o tráfego."
Doações
A Secretaria Municipal de Assistência Social aumentou hoje para 23 os postos de atendimento para o recebimento de doações para os desabrigados no Rio.
O endereço de todos os postos e mais informações podem ser obtidos pelo telefone (0/xx/21) 3973-3800 ou no site www.rio.rj.gov.br.
Além desses pontos, os donativos podem ser entregues também no Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova, e na Praça da Cruz Vermelha, no centro da cidade, das 9h às 17h.
As necessidades mais urgentes são colchonetes, roupas de cama e banho, material de higiene, fraldas, alimentos não perecíveis, leite em pó e água mineral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 3973-3800.
*Com informações de André Naddeo, em Niterói (RJ), da Agência Estado e Folha Online

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Prefeito de Niterói anuncia que IML não tem condições de receber mais corpos

O prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, afirmou, nesta quarta-feira que o Instituto Médico-Legal (IML) da cidade está lotado e não pode receber mais corpos. De acordo com o prefeito, até o início da tarde foram 60 mortes, mas o número tende a aumentar já que existem muitas pessoas desaparecidas em decorrência de deslizamentos.

Foi decretado estado de calamidade em Niterói e José Roberto Silveira declarou que a chuva que devastou o município é a maior tragédia dos últimos 70 anos. O prefeito lembrou que o presidente Lula disse que vai liberar pelo menos R$ 15 milhões para ajudar a reconstrução da cidade. Ele contou que percebeu, nesta quarta-feira, que a situação é mais grave do que ele imaginava e afirmou que pelo menos 320 casas terão que ser removidas das áreas de risco. Mais de 2 mil pessoas estão desabrigadas, que estão sendo levadas para escolas municipais.



Fonte: SRZD