Imagens dos deslizamentos em Nova Friburgo. Foto: Divulgação UOL. |
O número de desaparecidos continua incerto. Teresópolis, Petrópolis e Sumidouro já contam com 182 com paradeiro desconhecido. Mas há cidades em que não há lista de desaparecidos.
Segundo a Defesa Civil, mais de 21,5 mil pessoas estão desalojadas e desabrigadas em sete municípios da região. Em Petrópolis são 224 desabrigados, e 2.805 desalojados. Em Teresópolis, 2.000 desalojados, e 3.000 desabrigados, em Nova Friburgo 3.220 desalojados, e 1.970 desabrigados, em Bom jardim 1.200 desalojados, e 700 desabrigados, em São José do Vale do Rio Preto 2.064 desabrigados e desalojados, e em Areal 1.200 desabrigados e 2.500 desalojados. Não há números de Sumidouro.
UFRJ envia profissionais de saúde para a região serrana
Nova Friburgo/RJ: duas mulheres saem às ruas com máscaras para se protegerem da poeira
Foto: Antonio Lacerda/EFE
Uma equipe de cerca de 50 profissionais de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) seguiram nesta terça-feira para o município de Nova Friburgo, um dos mais atingidos pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Eles vão permanecer ao longo de todo o dia prestando assistência à população que ocupa os cerca de 30 abrigos espalhados pela cidade, além de visitar algumas comunidades que também foram afetadas pelos deslizamentos e inundações.
De acordo com o infectologista da UFRJ Edmilson Migowski, a equipe é composta por profissionais de diversas áreas como clínicos gerais, enfermeiros, dentistas, técnicos de laboratório e, principalmente, pediatras.
"Em tragédias como essa, em geral, as crianças são as que mais sofrem, por isso estamos levando pediatras que possam dar assistência específica, incluindo orientações, a elas. Os cuidados que puderem ser feitos no local serão, mas se alguma delas precisar de internação estamos preparados para trazê-la para o nosso hospital (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ).
Segundo Migowski, o comboio seguiu levando ainda medicamentos de diversos tipos, entre eles os que ajudam na cicatrização de feridas, material para a realização de curativos, além de um caminhão cheio de donativos, principalmente alimentos e fraldas.
O infectologista informou ainda que o objetivo é reunir mais profissionais para enviá-los a outros municípios atingidos na região nos próximos dias.
Um grupo de 28 voluntários dos hospitais federais do Rio de Janeiro, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, chegou hoje a Nova Friburgo para reforçar os atendimentos em localidades críticas do município, como Córrego Dantas, São Geraldo, Rio Grandina e Alto do Floresta.
De acordo com o Ministério da Saúde, que já enviou outras equipes para a região, mais de 2,2 mil pessoas se cadastraram no site da pasta (www.saude.gov.br) se disponibilizando para trabalhar como voluntários nos municípios da serra fluminense. Eles estão sendo deslocados para o Rio de Janeiro à medida que as autoridades de saúde do estado solicitam apoio ao ministério.
Chuvas na região serrana
As fortes chuvas que atingiram os municípios da região serrana do Rio nos dias 11 e 12 de janeiro provocaram enchentes e inúmeros deslizamentos de terra. As cidades mais atingidas são Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu cerca de 300 mm em 24 horas na região.
Em Teresópolis, 235 corpos já foram sepultados .
Nesta terça-feira, uma equipe médica da Secretaria Estadual de Saúde vai atender os moradores de Campinas, em Sumidouro. Segundo o secretário Sérgio Cortes, no local há muitos doentes, hipertensos e com asma.
A equipe vai ficar no local o tempo que for necessário para fazer os atendimentos. O pacientes com estado de saúde mais grave serão transferidos para hospitais fora da localidade. Em Campinas, foram resgatados 18 corpos durante a tragédia.
- Estamos levando quatro médicos e um grupo de enfermeiros para fazer os atendimentos na região - disse o secretário.
O município também abriu nesta terça-feira uma conta bancária para receber ajuda financeira da União. A cidade estava entre as c inco que não tinham apresentado o número à Secretaria Nacional de Defesa Civil . A maior prejudicada até o momento é Petrópolis, que tem R$ 7 milhões em caixa.
Terra
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