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domingo, 23 de janeiro de 2011

Região Serrana registra mais de 800 mortos

De acordo com prefeituras das cidades atingidas, mortes chegam a 810.
Ministério Público informa que ainda há 417 desaparecidos após tragédia.
O número de mortos pelas chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro no início do mês chega a 810, de acordo com as prefeituras das cidades afetadas pela tragédia. Pelos últimos levantamentos dos municípios, ao todo são 391 em Nova Friburgo, 324 em Teresópolis, 66 em Petrópolis, 22 em Sumidouro, 6 em São José do Vale do Rio Preto e 1 em Bom Jardim. Já o Ministério Público informa que ainda há 417 pessoas desaparecidas na Região Serrana.
O contraste entre as lavouras ainda produtivas e o solo inutilizado pela força das águas

Recuperação de escolas
Uma das prioridades das obras emergenciais que devem ser feitas em Nova Friburgo, na Região Serrana, é recuperar as escolas que foram destruídas após as chuvas do dia 11. As unidades que ficaram de pé servem, atualmente, de abrigo para vítimas ou viraram depósito. Com as obras, alunos das redes estadual e municipal, que estão no período de férias, poderão retomar a rotina sem grandes atrasos no ano letivo.

Segundo a prefeitura da cidade, as obras emergenciais devem ser concluídas em 180 dias. Um cronograma com as principais ações, que incluem também a recuperação de calçadas e ruas e a construção de muros de contenção, deve ficar pronto nos próximos dias.

O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se reuniu na manhã deste domingo (23) com o prefeito da cidade, Dermeval Neto, e o presidente da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop), Ícaro Moreno, para traçar as principais estratégias de recuperação da cidade.

Empresários e empreiteiros de engenharia civil da própria cidade terão a responsabilidade de terminar as obras emergenciais dentro do prazo previsto, depois que a cidade decretou estado de calamidade pública. A medida, sancionada pelo governador Sérgio Cabral, visa dar maior agilidade na contratação de serviços, aquisição de materiais e execução de obras e permite dispensa de licitação para reabilitação das cidades devastadas.

Mudança na geografia
A devastação na Região Serrana na semana passada foi tão violenta que provocou uma mudança na geografia de toda aquela área. Engenheiros do Exército usaram tecnologia avançada para redesenhar o curso de rios e avaliar o que aconteceu com os morros após os deslizamentos. O trabalho vai ajudar na identificação dos pontos críticos, para agilizar a solução dos problemas. Os novos contornos da cidade de Teresópolis foram filmados e fotografados durante um sobrevoo de helicóptero feito por especialistas do Instituto Militar de Engenharia (IME).

“Tiramos mais de 4 mil fotografias, do alto, filmamos. Rios mudaram de curso, ruas viraram tapas de lama, morros parecem que foram cortados com uma faca, e aquela fatia desabando por cima de tudo que tiver na frente. No nosso voo nós não vimos coisas bonitas, vimos destruição. Parece que explodiu uma bomba”, atestou o major do IME Jacy Montenegro.

Nos vales mais profundos, o trabalho foi feito com a ajuda de aeromodelo, equipado com três câmeras e aparelhos de GPS. O veículo aéreo não tripulado tem três metros de envergadura e foi desenvolvido pelos alunos do IME. E as imagens captadas foram sobrepostas as que já existiam antes do temporal.

O novo mapeamento da Região Serrana será importante para as equipes que ainda trabalham no resgate das vítimas, para mostrar o melhor acesso à áreas ainda isoladas e, principalmente, para orientar a reconstrução das cidades e indicar os locais que podem ser ocupados.

“Não construiríamos casas onde surgiu um rio. Não construiríamos casas de novo onde o morro desabou. Essas áreas são áreas que a natureza escolheu para ser o curso alternativo da água. Nós não mandamos na natureza”, afirmou o major Montenegro.

Leptospirose
Na noite de sábado (22), a Secretaria estadual de Saúde do Rio confirmou três casos de leptospirose na Região Serrana. De acordo com a assessoria da secretaria, o órgão foi notificado a respeito de dois casos em Nova Friburgo e um em Teresópolis. Os nomes dos pacientes não foram divulgados e não há informações sobre o quadro de saúde deles.

De acordo com a prefeitura de Nova Friburgo, a Secretaria de Saúde do município confirma os dois casos de leptospirose na cidade, mas informa que os registros são anteriores às chuvas que devastaram a região na semana passada.

Já a Secretaria de Saúde de Teresópolis confirmou três casos notificados, sendo dois já descartados e um sob suspeita de leptospirose, que ainda aguarda os resultados de avaliação médica.

Do G1 RJ

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ginásio de escola em Friburgo é usado como necrotério

Segundo Defesa Civil, há 38 mortos por causa da chuva na cidade.
Moradores caminham pelas ruas em busca de notícia de parentes.


O ginásio Celso Peçanha da escola estadual Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, está sendo usado como necrotério, informou a Defesa Civil. O local onde funcionava o necrotério já estava interditado antes da tragédia das chuvas na Região Serrana. No entanto, o motivo do fechamento não foi divulgado.

Ainda segundo a Defesa Civil, o número de mortos chega a 38 desde as chuvas de terça-feira (11).
Bombeiros trabalham na remoção dos escombros de prédio em Nova Friburgo | Foto: Gerson Gonçalo / Agência O Dia

O Corpo de Bombeiros não confirma o número de desaparecidos.

Funcionários da prefeitura de Friburgo, do Instituto estadual do Ambiente (Inea) e muitos voluntários ajudam na limpeza da cidade e passam informações aos bombeiros.

O tenente Catanhede do 6º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Friburgo disse que "se fosse depender só dos bombeiros nessa situação de catástrofe, era impossível".

Um deslizamento de terra no morro do teleférico de Nova Friburgo levou grande quantidade de lama à Igrejinha de Santo Antônio Foto: Reprodução da TV

Desespero para encontrar parentes

A cidade está sem sinal de telefonia, fixa ou celular, sem luz, sem água, sem transporte público e o comércio está fechado. Muitos moradores percorrem a cidade em busca de notícias de parentes. É o caso da estudante Lívia Franco, de 19 anos, que estava à procura do pai.

"Já percorri a cidade. Falaram que o meu pai passa chorando preocupado comigo. Fui na casa de parentes e acho que estão todos bem, mas não dá para saber de todos porque não tem mais telefone", desabafou ela.

Turistas assustados

Os turistas que estão hospedados em hotéis estão com medo de deixar a cidade e pegar as estradas. Os hotéis não estão recebendo hóspedes por causa da falta d´água e de comida.

O engenheiro mecânico Eraldo Kelfch chegou de carro na terça-feira (11) de Macaé, no Norte Fluminense, com o filho de 11 anos, e iria embora nesta quarta-feira (12). No entanto, ele afirmou que não quer se arriscar.

"Comprei biscoito. Não tem nem comida. nada. Nem luz", disse ele.

Cenário de caos

O cenário é de caos em Friburgo. Os bombeiros e a Defesa Civil não conseguem se comunicar com as próprias equipes e somente alguns orelhões na cidade funcionam. Muitos moradores perambulam a pé, muito abalados e sem saber o que fazer. Outras pessoas usam pás e baldes para retirar a lama e a água das casas. Um morador passou na rua carregando um galão de água. Outros filmam e tiram fotos.

Um rapaz de 17 anos, muito nervoso e chorando, contou que o pai estava ajudando no resgate para localizar um tio e dois primos que estariam numa casa que desabou no centro. Além da casa, um galpão que funcionava com uma garagem, uma loja e parte de um prédio foram soterrados.

"A gente se mudou daqui na sexta-feira (7), no sábado a gente veio na casa dos meus tios. Hoje (quarta) a gente saiu para ver como estava a cidade e demos de cara com a casa dele desabada", contou V. M., emocionado.

Por volta de 12h, na Praça Getúlio Vargas, também no Centro, houve um momento de pânico com moradores gritando e correndo. É que dezenas de pessoas de cinco prédios que ficam na praça foram retiradas pelos bombeiros por precaução. Elas dizem que ouviram um estrondo, mas não sabem se veio da encosta onde houve um grande deslizamento de terra, ou se o barulho foi do prédio. Entre as pessoas havia idosos sendo carregados, além de portadoras de necessidades especiais.

Uma mulher que mora no oitavo andar de um dos prédios, e que estava com um casal de vizinhos, contou os momentos de susto.

"A gente só ouvia 'desce, desce'. Ouvimos barulho de estalos a noite inteira. A gente não sabe se esse era do barranco ou da estrutura do prédio", disse a representante comercial Luciana Santiago. Carolina Lauriano De Nova Friburgo, no RJ [G1]

Entre as vítimas dos desabamentos em Nova Friburgo estão militares do Corpo de Bombeiros que prestavam socorro aos soterrados Foto: Divulgação / Defesa Civil

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Apoio do governo federal

O governador Sérgio Cabral falou, por telefone, no início da tarde desta quarta-feira, com a presidente Dilma Rousseff para tratar de medidas emergenciais em relação à tragédia causada pelas chuvas na região. Por determinação de Dilma, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, chega ao Rio às 16h desta quarta e, acompanhado do secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner, e do subsecretário executivo de Obras do Estado, Hudson Braga, vai sobrevoar a região. Por orientação da presidenta, o Governo Federal dará todo o apoio ao Rio de Janeiro, por meio dos ministérios da Integração Nacional, da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social, do Meio Ambiente e dos Transportes.

Pior que Angra dos Reis em 2010

Mais cedo, o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a situação em Nova Friburgo "é pior do que o registrado em Angra dos Reis, no ano passado". Segundo a assessoria de imprensa do governo, o vice-governador deixou a capital fluminense na manhã desta quarta-feira para sobrevoar os municípios da região serrana do Estado atingidos por fortes temporais.

Estado de calamidade

O coronel Roberto Robaday, diretor da Defesa Civil, informou que Nova Friburgo já está em estado de calamidade pública - os militares já receberam mais de 140 chamados de socorro. Equipes saíram do Rio de Janeiro para auxiliar nos trabalhos. Em 30 horas choveu o equivalente a 30 dias na Região Serrana.

Segundo a concessionária Rota 116, administradora da rodovia que liga o Rio a Friburgo, devido as diversas quedas de barreiras ao longo da estrada, dois trechos estão fechados ao trânsito desde a: no Km 88, na altura de Furnas, e do Km 75, em Muri, ao Km 78, em Ponte da Saudade. Ainda não há previsão de liberação da via. [O Dia]


Moradora de Teresópolis perde 30 pessoas da família em Friburgo
em 15/01/2011
Viera está sem luz, água e telefone por causa da chuva na Região Serrana.
Local é de difícil acesso até para bombeiros e funcionários da prefeitura.

Dilce Ramos, de 55 anos, diz ter perdido cerca
de 30 parentes e amigos (Foto: Liana Leite/G1)

O bairro ainda de difícil acesso, Vieira, em Teresópolis, está completamente destruído, sem energia elétrica, telefone ou água, ainda neste sábado (15 ). A moradora Dilce Ramos, de 55 anos, não consegue esconder o desespero por ter perdido cerca de 30 pessoas da família, em Nova Friburgo, também na Região Serrana do Rio.

“Eu não sei ao certo quantas pessoas morreram, mas foram mais ou menos 30, entre primos, cunhados e amigos. Eu também perdi tudo, mas pelo menos estou viva”, contou a moradora, sem conseguir segurar a emoção.
Sua filha, Andréia de Oliveira, 31 anos, está trabalhando como voluntária na igreja Santa Luzia, também em Vieira. No local estão sendo recolhidos e distribuídos alimentos e donativos para as vítimas das chuvas. Uma enfermeira e um médico estão fazendo curativos e orientando os doentes que chegam à igreja.

Apesar da grande destruição, como o acesso para os bombeiros é difícil, poucos corpos foram encontrados na região. Os que são retirados dos escombros, estão sendo levados direto Teresópolis. O bairro não tem estrutura para identificar seus mortos.

Segundo moradores, os bairros do Imbiú, Campo do Coelho, Prainha, Santa Cruz, Baixada e Conselheiro Lafayette também foram bastante afetados pelas chuvas e os bombeiros ainda não conseguiram chegar aos locais.
A prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, divulgou neste sábado

Mortos passam de 600 na Região Serrana; Rio pede ajuda à Marinha. Veja

Com 71 mortes, Teresópolis decretou calamidade; quatro bombeiros morreram em resgate em Nova Friburgo


Prefeito de Teresópolis diz que serão necessários R$ 590 milhões para reconstruir a cidade

O número de mortos após as chuvas na Região Serrana do RJ chegou a 608, segundo as prefeituras e o Corpo de Bombeiros.
Pelos últimos levantamentos das prefeituras, são 271 em Nova Friburgo, 261 em Teresópolis, 55 em Petrópolis,19 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto.
Em Teresópolis, a prefeitura informou que a Central de Cadastro de Desaparecidos recebeu a reclamação de que 88 pessoas estariam desaparecidas. Em Petrópolis, há 36 desaparecidos, segundo a prefeitura. Em Sumidouro, há outros cinco. Já em Nova Frigurbo, a prefeitura informou que não há levantamento sobre desaparecidos.

Já a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil informou que o número de mortos é 611, sendo 274 em Nova Friburgo, 263 em Teresópolis, 55 em Petrópolis e 19 em Sumidouro.
Segundo a Polícia Civil, 590 corpos já foram identificados pelos peritos do IML (Instituto Médico Legal), sendo 259 em Teresópolis, 267 em Nova Friburgo, 41 em Petrópolis, 19 em Sumidouro e 4 em São José do Vale do Rio Preto.

Outros dois municípios também tiveram áreas devastadas: Bom Jardim e Areal. A Defesa Civil não descarta a possibilidade de haver vítimas fatais nessas cidades.
Em Friburgo, Praça do Suspiro foi uma das áreas mais afetadas pelos temporais (Foto: Celso Pupo/G1)


Nos sete municípios atingidos, o número de desabrigados e desalojados chega a 15 mil. O Exército anunciou que neste domingo (16) vai começar a montar pontes móveis para facilitar o acesso a algumas cidades.
Após o anúncio de que 300 homens da Força Nacional de Segurança seriam enviados à Região Serrana, nesta sexta-feira, 250 garis da Comlurb irão para Nova Friburgo para iniciar o trabalho de limpeza da cidade. Os trabalhadores usarão roupas especiais para atuarem na lama e contarão com pás mecânicas e com o auxílio de carros pipa.

Mesmo com todos os esforços, ainda é muito difícil o acesso de bombeiros a alguns pontos das áreas afetadas. Desde quinta-feira, helicópteros levam militares para que resgate das vítimas seja feito. No Vale do Cuiabá, região devastada por uma enxurrada, ainda estão isolados.


Entre as vítimas de Nova Friburgo estão três bombeiros. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


Prejuízo para a rede hoteleira

Segundo a Defesa Civil, todas as estradas que cortam o Rio devem ser liberadas para o tráfego de veículos ainda nesta sexta-feira. As autoridades pedem cautela, já que as vias não estão em condições ideais.

Além de mortes e destruição, as chuvas trouxeram muitos prejuízos à Região Serrana. De acordo com o prefeito de Teresópolis, Mario Jorge, serão necessários R$ 590 milhões para reconstruir a cidade. Estima-se que hotéis e pousadas de Nova Friburgo e Petrópolis devam sofrer perdas de R$ 32 milhões nos próximos 30 dias. Aproximadamente metade das reservas para o carnaval já foram canceladas.

Começam os sepultamentos

Na quinta-feira, mais de 30 vítimas da tragédia foram sepultadas em Teresópolis. O elevado número de mortos e a pequena quantidade de capelas fizeram com que a prefeitura orientasse familiares das vítimas a não fazer velórios. Os enterros continuaram até as 22h. Vítimas de Nova Friburgo estão sendo sepultadas a cada cinco minutos.

Em entrevista à rádio CBN, o coordenador da Defesa Civil da cidade, coronel Roberto Robadey, disse que o volume de chuvas chegou a 260mm em 24 horas - em janeiro de 2010, o volume foi de 180 mm. "Quem tiver passado a noite em lugar seguro e estiver isolado não deve sair", pediu.

Em Petrópolis, um casal de idosos faleceu em Itaipava. Deslizamentos de terra impedem a passagem em várias localidades de Corrêas, Araras e Vale do Cuiabá. Equipes da Secretaria de Obras já foram mobilizadas para liberar as vias. Alguns deslizamentos de terra também atingiram parcialmente casas dessas regiões.

Equipes de secretarias do governo do Estado foram enviadas a Teresópolis e a outros municípios atingidos pelos temporais. O vice-governador Luiz Fernando Pezão está se dirigindo a Teresópolis para avaliar a situação nos locais destruídos.

Interdições. Três estradas que saem de Teresópolis estão interditadas: a BR-495 foi fechada na altura do quilômetro 24 por causa da queda de mais de 200 toneladas de terra. No sentido de Friburgo, a pista está interditada na altura do quilômetro 88,5, e deve demorar cerca de quatro horas para ter parte da via liberada. Há interdição ainda na BR 116, Teresópolis - Além Paraíba, na altura do bairro de Três Córregos.
(Com Marcelo Auler, Pedro Dantas e Priscila Trindade)

Refúgio

Segundo relato da internauta Lucienne Guberman, enviado ao Minha Notícia, moradores de Teresópolis se refugiaram em locais altos. “Estou fazendo contato de Niterói. Minha família toda mora em Teresópolis, minha mãe, seus irmãos e netos, e estou em contato com outros moradores locais. Sei que há pessoas, inclusive crianças, que se refugiaram num local alto e plano esperando resgate que só poderá ser feito com helicóptero. A situação está caótica no Bairro Espanhol. Conheço o bairro. Dez casas desabaram! Doações são recebidas no Ginasio Pedrão, ao lado da rodoviária da cidade”.


Moradores ilhados

O rio Santo Antônio, em Petrópolis, transbordou e ,em alguns pontos da região de Itaipava, a água chegou a dois 2,5 metros de altura. Muitos moradores, de acordo com a Prefeitura, estão ilhados.

Em Corrêas, Araras e Vale do Cuiabá deslizamentos de terra impedem a passagem dos veículos. A Prefeitura informou que equipes da Secretaria de Obras já foram mobilizadas para liberar as vias. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, diz que mobilizou todos os helicópteros do governo, das polícias civil e militar, para apoiar as ações nas regiões mais castigadas pelas chuvas.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, determinou que todas as secretarias e áreas operacionais do Estado intensifiquem o trabalho que já estavam realizando, por conta das fortes chuvas dos últimos dias, junto aos municípios da Região Serrana.

Cabral solicitou ao comandante da Marinha Brasileira, almirante Júlio Moura, aeronaves para o deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros. O governador vai até a região na quinta-feira (13).

Deslizamentos

Um boletim parcial do Corpo de Bombeiros indica que entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira ocorreram mais de 30 deslizamentos de terra. A Corporação afirma que os estragos causaram “várias vítimas”, mas ressalta que o balanço oficial só será divulgado “quando os trabalhos de resgate forem encerrados”.

O major do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros, Gil Kempers, explica que o número de vítimas pode aumentar pelas dificuldades de comunicação entre a central e os quartéis, muitos deles sem energia elétrica e sem linhas telefônicas.

Rodovias interditadas

A rodovia Lúcio Meira (BR-393) foi parcialmente interditada na noite de terça-feira após o desmoronamento de uma barreira na altura do município de Sapucaia, na Região Centro-Sul do Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Rodoviária Federal auxiliam os motoristas no trânsito.

Na rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040) há diversos pontos bloqueados. Na descida da Serra de Petrópolis, na altura do km 97, o tráfego voltou ao normal após limpeza da pista. Um caminhão que transportava queijo tombou na madrugada e espalhou a carga na via. Outros dois pontos registraram problemas. Houve deslizamentos em Três Rios e no Areal.

A concessionária que administra a rodovia Rio-Teresópolis (BR-116) está com tráfego interrompido entre Teresópolis e Além Paraíba desde a madrugada desta quarta-feira no trecho entre o km 76 (Prata) e o km 54 (próximo ao acesso a São José do Vale do Rio Preto). A via está com vários pontos de alagamento. Não há previsão para liberação.

São Paulo e Minas

Entre segunda-feira e terça-feira um forte temporal causou a morte de 13 pessoas em diferentes pontos do Estado de São Paulo. O rio Tietê inundou a Marginal Tietê, uma das principais vias da cidade, resultando em imensas filas de automóveis.

Em Minas Gerais pelo menos 16 pessoas morreram desde novembro e 65 cidades estão em estado de emergência. As chuvas que começaram em novembro forçaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas em toda a região sudeste do País e causaram um número extra-oficial de quase 60 mortos.


Com informações do G1 e outros