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domingo, 29 de janeiro de 2012

A história de três estudantes que escaparam do desabamento no Rio

Eles escaparam da tragédia porque no último momento alguma coisa aconteceu e eles não foram ao curso.

Um pedido de carona não estava nos planos do Marcel. “Foi basicamente a carona dele e aí a vontade de chegar em casa logo que eu falei: ‘Está bom, vamos embora’”, comentou.

Mário não esperava ter que levar a avó ao hospital justo naquele dia. “Se não fosse por isso, com certeza, eu teria ido ao curso”, diz.

O cansaço venceu Luiz de uma forma que não acontecia havia tempo. “Eu estava muito cansado. Por isso, não fui à aula”, contou.

Os três deveriam estar no Edifício Liberdade na quarta-feira (25), às 20h30. Mas alguma coisa na vida de cada um mudou o rumo deles naquela noite. Marcel, Mario e Luiz não trabalhavam no prédio, mas eram alunos do curso de informática ministrado três vezes por semana no sexto andar. Começava às 18h30 e ia até as 21h.

Era um curso avançado em tecnologia da informação, para profissionais com um grande futuro. Quem dava as aulas era Omar Mussi, profissional respeitado na área. Na primeira fila, sentavam Marcelo Rebello e Yokania Bastone Mauro. Logo atrás sentavam-se Sabrina Prado, Priscilla Montezano e Bruno Gitahy Charles. Luis Leandro de Vasconcelos e Flávio Porrozzi completavam a turma naquela quarta-feira (25). Nenhum deles escapou. O lugar de Luiz, na primeira fileira, estava vazio. Assim como a última mesa, onde ficavam Mário e Marcel.

Marcel foi chamado para uma reunião em uma universidade perto do Edifício Liberdade. Ele foi acertar os últimos detalhes do novo emprego como professor. “Possivelmente eu venho dar aula e eu vim definir o horário”, comentou.

Da universidade, Marcel iria direto para o curso de informática. “Só que a reunião atrasou. Ainda dava tempo de ir ao curso, saindo às 20h eu conseguiria chegar e pegar uma hora do curso. Era muito próximo, eu conseguiria chegar tranquilamente”, disse.

Mas os planos mudaram quando o novo chefe pediu uma carona. “Ele ficou até meio sem graça, porque eu vi que existia algum outro compromisso que eu não sabia qual era. Eu perguntei: ‘Marcel, não vai atrapalhar em nada a carona?’“, contou o chefe Serio Rocha.

“Eu falei: ‘Está bom, dou a carona. Vamos’. Ainda vou mais cedo para casa ver se ainda dá tempo de pegar minha filha acordada. Fomos tranquilo. Deixei o Sérgio em casa”, acrescentou Marcel.

Assim que Sérgio desceu, Marcel ligou o rádio. “Foi quando eu ouvi a primeira notícia sobre um desabamento no Centro da cidade. Falava sobre o prédio anexo ao Teatro Municipal. Eu sabia que era a área do prédio onde eu estaria, mas eu não pensei na coincidência de ser exatamente o mesmo prédio”, lembra.

No caminho, Marcel resolveu checar os e-mails. Às 20h18, o professor Omar escreveu: “Vocês hoje não vieram ao curso e fiquei preocupado”. Isso foi 15 minutos antes de o prédio desabar. A mensagem do professor era para Marcel e Mario.

Mario também faltou ao curso, mas tinha decidido isso mais cedo. “Por volta de 16h20, minha mãe me ligou para falar da minha avó, que ela estava meio febril e que seria bom a gente dar uma olhada, levar em hospital e ver o que poderia ser, porque como ela tem uma certa idade. A gente não costuma muito postergar esse tipo de coisa”, contou.
Mario pegou um táxi e levou a avó ao hospital. Não era nada grave. Ela foi liberada no dia seguinte.

“Acho que minha avó me salvou também. Não só ela como a história que eu tenho com ela. Se não fosse pela história, de repente eu não teria vindo. O cara lá de cima soprou no ouvido da minha avó e falou: ‘Ó, arruma um negócio aí para puxar teu neto para casa, porque não está na hora’”, se emociona Mario.

Também não era a hora do Luiz. “Eu não estava lá, entendeu? Podia estar. As coisas acontecem na vida da gente e não tem muita explicação”, diz. Na quarta-feira (25), Luiz trabalhou o dia inteiro em casa.

“Eu lembro que por volta de 17h40, mais ou menos, foi a hora que eu parei de trabalhar. Fui tomar banho e eu estava realmente muito cansado. Eu estava na dúvida: ‘Vou ou não vou?’. Queria muito ir, não queria perder a aula, porque o curso estava muito bom. Por outro lado, eu já estava praticamente dormindo e cochilando”, comentou.

O cansaço venceu. Luiz dormiu até meia-noite. Foi só aí que ele descobriu o que tinha acontecido. Três horas antes, Marcel já havia chegado em casa. “Vim direto para a televisão para ver o que estava acontecendo, para tentar identificar o prédio que tinha caído”, disse.

Era o prédio do curso que ele fazia. “A primeira pessoa que eu liguei, quando eu soube do prédio, foi o Sérgio”, afirma.

“Eu notei que ele estava com a voz bastante emotiva e chorando. Ele me agradeceu: ‘Sérgio, obrigado’. Falei: ‘Marcel, não estou entendendo. Obrigado por quê?’. E aí ele me contou: ‘O prédio que eu iria agora acabou de cair, e sua carona salvou minha vida’”, contou Sérgio.

“A gente vê umas tragédias, acha que consegue se colocar no lugar das pessoas, mas nessa, como passou raspando, eu conseguia de uma forma mais real me imaginar ali”, conta a mulher de Marcel, Flávia Teixeira.

Não foi a primeira tragédia na família de Marcel. Há 45 anos, ele perdeu três parentes em outro desabamento no Rio. Por coincidência, também foram três prédios que caíram.

“Isso foi em 1967. Foram meus avós e o meu tio por parte de pai. Eles estavam nesse desabamento. É muita coincidência, muito acaso. É nesse momento que a gente pensa. Eu pelo menos, penso que com certeza tem alguma coisa maior. A gente só tem a agradecer por estar aqui, não deixar minha família sozinha e continuar, continuar seguindo a vida”, diz, emocionado.

Ainda mais que, semana passada, Marcel descobriu que o segundo filho está a caminho. Flávia está grávida de nove semanas.

Na tarde de sábado (28), Marcel, Mário e Luiz se encontraram pela primeira vez depois do desastre. “Não sobrou nada”, constata Mário.

Também foi a primeira vez que eles voltaram ao local do desabamento. “Eu me lembro de andar na calçada, entrar na portaria e pegar o elevador. Então, é mais chocante assim”, diz Luiz. “Ver o que podia ter acontecido com a gente. Foi muita sorte a gente ter faltado aquele dia”, comenta Marcel.

Uma quarta pessoa também teve a sorte de faltar à aula naquele dia e sobreviveu. É uma funcionária da empresa TO, que fazia o curso. Ela não quis gravar entrevista. “Nós não ganhamos na Mega-Sena, mas na Mega-Sena da vida a gente ganhou”, afirma Mário.

Secretário admite DNA para identificar restos mortais
O Secretário Estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que seis partes de corpos já foram encontradas

Na tarde deste domingo (29), o Secretário Estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, conversou com a imprensa no local onde três prédios desabaram no Centro do Rio de Janeiro. Ele afirmou que foi encontrado mais um pedaço de um dos corpos no depósito para onde o entulho está sendo levado na Baixada Fluminense.

Ao todo seis partes já foram encontradas e ainda não é possível saber se os restos mortais são de corpos que já foram localizados ou se seriam de outros corpos. “Caso essas partes não venham a ser dos corpos que já foram encontrados, talvez seja necessário fazer um exame de DNA para poder identificá-las”, disse o coronel.

Simões admite também que ainda há a possibilidade de existirem corpos no local do desabamento, pois bombeiros sentiram um cheiro forte no local da ventilação do prédio. “A busca alí está sendo feita manualmente para evitar novos desabamentos”, afirmou ele.

Como ainda existem muitos escombros pendurados no prédio vizinho, a retirada dos mesmos será feita apenas quando os bombeiros tiverem certeza de que não há mais corpos no local. Segundo o coronel, também há a possibilidade de que alguns corpos sejam encontrados carbonizados já que após a queda houve combustão no local.



Tragédia no Rio. Enterrado corpo de professor que estava em prédio que desabou


Enterrado corpo de professor de curso em prédio que desabou no Rio
Amaro Tavares ministrava curso de TI em edifício no Centro.
Corpo foi sepultado no cemitério de Inhaúma, no subúrbio.

Foi sepultado na tarde deste domingo, no Cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro, o corpo de Amaro Tavares, 40 anos. Ele ministrava o curso de Tecnologia da Informação em um dos três prédios que desabaram no centro do Rio, na última quarta-feira. Ele deixou a mulher e dois filhos.


Mais cedo, foi enterrado o corpo do analista de sistemas Gustavo da Costa Cunha, que também morreu no desmoronamento. Ele prestava serviço para a empresa TO Tecnologia, na Petrobras, e tinha ido entregar um projeto no edifício que desabou.

O analista deixou mulher e um filho de 1 ano chamado João Gabriel. Gustavo era primo da mulher do ex-jogador da Seleção Brasileira de futebol Jorginho.

No sábado, foram sepultadas outras três vítimas da tragédia: Margarida de Carvalho, Alessandra Alves Lima e Margarida Vieira. Na sexta-feira, além do porteiro Cornélio Ribeiro Lopes, 73 anos, foi enterrado o corpo de Celso Renato Braga Cabral, 46 anos, no cemitério de Maruí, em Niterói, região metropolitana do Rio. Celso trabalhava no departamento pessoal da empresa de tecnologia TO.

Os desabamentos
Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro por volta das 20h30min de 25 de janeiro. Um deles tinha 20 andares e ficava situado na avenida Treze de Maio; outro tinha 10 andares e ficava na rua Manuel de Carvalho; e o terceiro, também na Manuel de Carvalho, era uma construção de quatro andares. Segundo a Defesa Civil do município, 17 pessoas morreram. Cinco pessoas ficaram feridas com escoriações leves e foram atendidas nos hospitais da região. Cerca de 80 bombeiros e agentes da Defesa Civil trabalham desde a noite da tragédia na busca de vítimas em meio aos escombros. Estão sendo usados retroescavadeiras e caminhões para retirar os entulhos.

Segundo o engenheiro civil Antônio Eulálio, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), havia obras irregulares no edifício de 20 andares. O especialista afirmou que o prédio teria caído de cima para abaixo e acabou levando os outros dois ao lado. De acordo com ele, todas as possibilidades para a tragédia apontam para problemas estruturais nesse prédio. Ele descartou totalmente que uma explosão por vazamento de gás tenha causado o desabamento.

Com o acidente, a prefeitura do Rio de Janeiro interditou várias ruas da região. O governo do Estado decretou luto. No metrô, as estações Cinelândia, Carioca, Uruguaiana e Presidente Vargas foram interditadas na noite dos desabamentos, mas foram liberadas após inspeção e funcionam normalmente.

Terra

Corrosão também pode ter causado tragédia do desabamento de prédios no Rio

Corrosão também pode ter causado tragédia no Rio
Além da obra que era realizada em dois andares, outras hipóteses são investigadas

Rio de Janeiro

As investigações sobre as causas do desabamento de três prédios na noite de quarta-feira na região da Cinelândia, Rio de Janeiro continuam. Além das obras que estavam em curso no terceiro e no nono andares do Edifício Liberdade, existem ainda outras hipóteses para explicar a tragédia.

Uma delas é a de que a laje da cobertura do prédio estivesse passando por um adiantado processo de corrosão e infiltração. O edifício, de 20 andares, era da década de 40.

A possibilidade de falha estrutural foi levantada no dia seguinte ao desabamento, depois de uma inspeção do Crea-RJ. Acrescenta-se à suspeita o fato de o prédio ter sido originalmente projetado para ser residencial, sem previsão de receber a carga extra de obras e instalações de uma unidade comercial.

Outra especulação remonta às escavações da Linha 1 do metrô, nos anos 70. Segundo testemunhas, durante a perfuração do solo, uma inclinação teria sido diagnosticada no Liberdade, mas, de acordo com essa versão, o problema foi corrigido com um reforço de concreto na base da construção.

Especialistas dizem, porém, que problemas na base de uma edificação costumam dar sinais, como rachaduras e inclinações. Além disso, a forma como o edifício Liberdade ruiu ? com os andares mais altos entrando primeiro em colapso ? não reflete problemas de fundação.

Inquérito

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as responsabilidades do desabamento. O delegado Alcides Alves Pereira aguarda o resultado da perícia que está sendo feita no local para fazer uma avaliação sobre um eventual responsável.

Segundo o delegado, se houver um responsável pelas quedas dos três prédios, o crime envolvido será de desabamento qualificado e a pena será de 2 a 4 anos de detenção.

Buscas

O corpo da 17ª vítima do acidente foi retirado, às 2h05 da madrugada de ontem, do local onde funcionava o fosso dos elevadores do prédio de 20 andares. Após bombearem a maior parte da água que ficou acumulada naquela parte dos escombros, os bombeiros localizaram o corpo. Não foi informado o sexo da vítima.


Segundo a Polícia Civil, treze vítimas haviam sido identificadas até à tarde de ontem: Moisés de Araújo Costa, 57 anos; Elenice Maria Consani Quedas, de 64 anos; Alessandra Alves Lima, de 29 anos; Celso Renato Braga Cabral, de 46 anos; Margarida Vieira de Carvalho, de 65; Nilson de Assunção Ferreira, de 50 anos; Cornélio Ribeiro Lopes, de 73; Kelly da Costa Meneses, de 24 anos; Flavio Porrozzi Soares, de 34 anos; Amaro Tavares da Silva, de 40 anos; Gustavo da Costa Cunha; Luiz Leandro de Vasconcellos e Margarida de Carvalho. (Com agências)


Local da tragédia vira ponto de turismo

Uma das principais áreas turísticas do Centro do Rio, com seu conjunto arquitetônico do início do século passado, a Cinelândia atraiu no primeiro fim de semana depois da tragédia inúmeros curiosos interessados em ver de perto os destroços dos três edifícios que desabaram.

Alguns turistas chegavam a posar diante do cenário da tragédia. Com o bloqueio do acesso à região do desastre, a maioria se contentava em tirar fotografias de longe. A advogada paulista Lídia Stefani, 52, levou a irmã para visitar o local, que já tinha visitado na  última quinta-feira, poucas horas após  do desabamento. "Só vi uma nuvem de poeira aquele dia", disse.

Lídia também conta que o número de pessoas que tiravam fotografias no dia seguinte à tragédia era tão grande que os curiosos formavam fila na calçada.  Outros que visitavam o Rio no início deste fim de semana ficaram decepcionados com a interdição do Theatro Municipal, um dos pontos turísticos mais visitados do centro, a poucos metros do local do desabamento. (AE)





foto: IDE GOMES/FRAME/AE

Bombeiros buscam  corpos em entulhos
Os bombeiros determinaram o início das buscas por corpos de vítimas a 30 quilômetros de distância, no terreno da Baixada Fluminense em que foi depositado o entulho retirado do local da tragédia.


Ainda há sete desaparecidos. Os corpos encontrados já somam 17. O comandante da equipe de buscas admitiu a possibilidade de que mais vítimas tenham sido levadas por engano pelas escavadeiras. Na sexta-feira, um corpo, irreconhecível, foi encontrado entre o entulho que já havia sido removido para um terreno às margens da Rodovia Washington Luís, no município de Duque de Caxias.


"Em uma operação desse porte, essa possibilidade tem de ser considerada. Por isso, determinamos que todos os escombros fossem mantidos em um mesmo local", afirma o comandante-geral dos bombeiros, coronel Sérgio Simões.


Os trabalhos de retirada de entulhos dos três prédios que desabaram no Centro do Rio estão na reta final. Foi suspensa a utilização de equipamentos pesados.



Partes de corpos são encontradas em depósito de entulho, no Rio
Segundo o coronel Sérgio Simões, cinco seguem desaparecidos e outros 17 corpos já foram encontrados


Bombeiros do Rio de Janeiro que fazem buscas por corpos de vítimas do desabamento, em entulhos levados para um depósito, em Duque de Caxias, acharam quatro partes de corpos.


De acordo com a Polícia Civil, os restos mortais foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e agora precisam passar por uma  perícia para esclarecer se pertencem aos corpos que já foram encontrados ou se fazem parte de outras vítimas ainda não resgatadas.


Cinco continuam desaparecidos


O comandante do Corpo de Bombeiros e Secretário Estadual da Defesa Civil, o coronel Sérgio Simões, pediu a Secretaria Municipal de Assistência Social para fazer uma revisão no número de pessoas que estavam desaparecidas após o desabamento de três prédios no Centro do Rio de Janeiro. Nesta nova análise foi apurado que seriam 22 vítimas da tragédia, sendo que 17 já foram encontradas e cinco continuam desaparecidas.


O coronel, que está no local do desabamento acompanhando as buscas, declarou à imprensa também que vai liberar a Rua Treze de Maio para os pedestres na segunda-feira (30). Tapumes de madeira já estão sendo colocados para isolar a calçada onde aconteceu o desabamento. Segundo ele, as buscas irão prosseguir e não têm prazo para terminar.


O edifício Capital, que fica ao lado do prédio que desabou, continuará interditado e não tem prazo para ser liberado. Apesar de não haver risco de desabamento, três andares desse edifício foram atingidos por escombros.


A respeito dos corpos que ainda faltam ser encontrados, Simões não descarta a possibilidade que tenham sido levados junto com os escombros para o aterro sanitário em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Um corpo foi encontrado no depósito na sexta-feira (27).

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Desabamento de prédios no RJ tem 19 desaparecidos

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil municipal ainda buscam 19 vítimas do desabamento que atingiu três prédios no Centro do Rio. As informações são do prefeito Eduardo Paes, que está na manhã desta quinta-feira (26) no local do acidente. O número de procurados, no entanto, pode variar, já que ainda há dados oficiais dos desaparecidos. Cinco feridos foram resgatados na quarta-feira (25), sendo que quatro permanecem internados. Nenhuma outra vítima foi encontrada durante a madrugada. As buscas continuam nesta manhã.

Três prédios no Centro do Rio desabaram por volta das 20h30 de ontem, próximo ao Theatro Municipal. Um deles, o Edifício Liberdade, é localizado na Avenida Treze de Maio e tinha 17 andares. Já a outra construção - o Edifício Colombo, de 11 andares - fica localizada na Rua Manoel de Carvalho. Já o prefeito Eduardo Paes informou que os prédios tinham 20 e 10 andares, respectivamente. Até a meia-noite de ontem, as informações eram desencontradas. De acordo com fontes da Defesa Civil, dois corpos já haviam sido encontrados no local. Segundo estimativas, havia 11 vítimas nos escombros, entre mortos e feridos. O acidente atingiu uma grande área, inclusive carros e motos.

As primeiras informações apontavam para uma explosão, devido ao forte cheiro de gás. A Light cortou a energia da região. No entanto, o prefeito Eduardo Paes deu outra explicação. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse.

Ele informou que cinco pessoas foram resgatadas com vida dos escombros e foram levadas para o Hospital Souza Aguiar. Seriam três homens (dois de 37 anos e um de 50) e uma mulher de 28 anos. Não havia descrição da quinta vítima. O quadro mais grave era o da mulher, que teve lesão no couro cabeludo e vai ter que passar por cirurgia.


De acordo com o Corpo de Bombeiros,  60 homens da corporação trabalhavam no local do desabamento. Temendo que novas explosões coloquem em risco quem ocupa os imóveis da Avenida Treze de Maio, agentes da Companhia Estadual de Gás (CEG) tentaram interromper a passagem de gás para os edifícios da rua. Numa medida de emergência, os funcionários da CEG  quebraram  as calçadas da Avenida Almirante Barroso, na esquina com a Avenida Rio Branco, para fechar a tubulação de gás subterrânea.

Incêndio

No Edifício Liberdade,  funcionavam escritórios e, no térreo, uma agência do Banco Itaú e uma loja da empresa Mundo Verde. Houve um princípio de incêndio do prédio cuja maior parte da estrutura desabou. O fogo ameaçou o edifício vizinho, Capital, na esquina com a Rua Almirante Barroso. Segundo o Corpo de Bombeiros, o prédio apresenta rachaduras. Havia  pessoas nos imóveis, e elas acenavam para os bombeiros. Mas as escadas do Edifício Capital teriam sido obstruídas pelos escombros.

Por telefone, um homem identificado como Crisóstomo disse que cerca de 30 alunos de uma pós-graduação aguardavam resgate do Corpo de Bombeiros. O grupo estaria no 21º andar de um edifício ao lado do prédio que desabou no Centro do Rio de Janeiro. "Estava na aula, o prédio começou a tremer e apagou a luz. Tentamos descer pela escada de incêndio. Do décimo andar para baixo, está tudo ocupado com escombros", contou.

A testemunha disse que, pela janela, conseguia ver o prédio que desabou e afirmou que estrutura estava completamente comprometida. "Não parece um desabamento só parcial", garantiu. Por segurança e para facilitar as viaturas usadas na operação, vias foram interditadas. As estações de metrô  da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia foram fechadas.

Voluntários e testemunhas

O clima no entorno dos prédios era de muita comoção. Parentes de pessoas que estavam na região souberam do acidente e foram ao local para buscar notícias.  Também surgiram voluntários, entre eles o anestesista José Antônio Diniz, que mora na Glória, e assim que viu pela TV o acidente se dirigiu ao local.

O prefeito Eduardo Paes chegou ao lugar da tragédia e  circulou pelos escombros, avaliando a situação junto a bombeiros e agentes da Defesa Civil. Dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) também foram ao local para buscar as primeiras informações sobre as causas do desabamento.

Escombros atingiram a bilheteria do Theatro Municipal, mas nenhum funcionário foi atingido. Em nota oficial, a administração do teatro informou que o desabamento não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais.


Chance de encontrar sobrevivente em escombros é pequena, diz coronel


O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou, no início da madrugada desta quinta-feira (26), que é pequena a chance de encontrar um sobrevivente entre os escombros do desabamento que levou abaixo dois prédios e um sobrado na Avenida Treze de Maio, no Centro do Rio.

“A gente tem a esperança que tenha se formado um bolsão de ar e que a gente possa encontrar sobrevivente, mas essa possibilidade lamentavelmente é pequena”, disse ele.

Segundo Simões, familiares que trabalhavam nos dois edifícios e no sobrado que desabaram relataram a existência de desaparecidos, no entanto, ainda não foi possível estimar o número de pessoas que possam estar entre os escombros.

Por causa da demolição dos prédios, outros dois edifícios foram interditados. Um fica na Rua Manuel de Carvalho, que funciona como um anexo ao Theatro Municipal, e o outro fica na esquina com a Avenida Chile.

O secretário disse também que houve um incêndio por conta de um vazamento de uma tubulação de gás de um dos edifícios. A CEG foi acionada e cortou o fornecimento de gás no trecho.

Uma pericia técnica será realizada para identificar as causas do desabamento.



Obras

Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios que desabaram passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente aos edifícios.

O advogado Luiz Antônio Jean Trajan, que trabalha em frente ao edifício comercial que desabou, disse que se lembrou do ataque terrorista ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. "Havia uma obra no prédio, acho que no sexto andar. Pelo menos dois funcionários estavam trabalhando na hora da tragédia", afirmou Trajan, que disse que não ter sentido cheiro de gás em qualquer momento.

Alexandre Trotta, que trabalha numa empresa de informática que funciona no quinto andar do Edifício Capital, vizinho ao que desabou, ouviu um pequeno barulho como se fossem detritos caindo. "Depois, foi um grande estrondo, como se o mundo tivesse vindo abaixo. O prédio veio abaixo. Ele caiu para frente e para trás e levou o que estava nas janelas do meu prédio. Desci correndo e só encontrei entulho. A banca de jornal no local foi destruída. Os carros estacionados na Treze de Maio acabaram", explicou.

O contador Heverton Ferreira, que trabalha no prédio, havia saído há cerca de meia hora do local, quando soube por um telefonema que o edifício tinha desabado. Até as 22h, ele não tinha notícias de seu pai, que estava num dos escritórios do edifício. Segundo Heverton, esta semana, porteiros falaram que a CEG faria uma inspeção no subsolo, por conta do forte cheiro de gás. No subsolo do edifício havia uma agência do Itaú.

Vicente da Cruz, que costumava entregar galões d'água num escritório do sétimo andar do edifício, contou que já estava do lado de fora do prédio  quando começou a ouvir explosões. "Fui me afastando, me afastando. E de repente o prédio caiu. Tinha cerca de 20 pessoas próximas à marquise. Assim como eu, elas saíram correndo. Por um segundo, eu tinha morrido", contou.

Caso anterior 

Há pouco mais de três meses, em 13 de outubro de 2011, o Centro do Rio de Janeiro foi cenário de outra tragédia semelhante. O prédio em que funcionava o restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, ruiu depois de uma explosão. No estabelecimento, estocavam-se ilegalmente cilindros de gás. Na ocasião, três pessoas morreram, e 17 ficaram feridas.  Um inquérito policial foi aberto para apurar as responsabilidades.

A Gazeta

Três prédios desabaram no Centro do Rio. Muitos mortos e feridos

Prédios desabam no Centro do Rio
Tragédia no Coração da Cidade

RIO - Três prédios no Centro do Rio desabaram na noite desta quarta-feira, próximo ao Teatro Municipal. Um deles, o Edifício Liberdade, era localizado na Avenida Treze de Maio 44 e tinha 20 andares, que caiu sobre um outro prédio, de quatro andares, onde funcionava uma loja que não estava ocupada no momento do desabamento. Já a outra construção - o Edifício Colombo, de 10 andares - ficava localizada na Rua Manoel de Carvalho 16. De acordo com o prefeito Eduardo Paes, em coletiva dada no local nesta noite, ainda não se sabe a causa do acidente. Mas ele afirmou que a possibilidade de ter sido vazamento de gás é pequena, podendo ter sido um problema estrutural. O prefeito disse ainda que a prioridade é o trabalho do corpo de bombeiros no resgate das vítimas. Até o momento, cinco pessoas feridas foram resgatadas e deram entrada no Hospital Souza Aguiar. Quatro foram consideradas em bom estado de saúde, mas uma mulher, Cristiane do Carmo, de 28 anos, está com traumatismo craniano e com uma fratura no braço. No momento, ela passa por uma cirurgia na unidade.
Prédio desaba na Avenida Treze de Maio e causa cenário
de guerra no Centro Marcelo Piu / O Globo

As primeiras estimativas apontavam pelo menos 11 vítimas nos escombros. As primeiras informações apontaram também para uma explosão, devido ao forte cheiro de gás. A Light cortou a energia da região. Em entrevista à Globo News, o secretário da Defesa Civil, Sérgio Simões, informou que não há evidências de um desabamento de um terceiro prédio - hipótese levantada anteriormente. De acordo com fontes da Defesa Civil, dois corpos haviam sido encontrados no local. No entanto, o prefeito Eduardo Paes afirmou, em coletiva no local, que não há óbitos.

Temendo que novas explosões coloquem em risco quem ocupa os imóveis da Avenida Treze de Maio, agentes da Companhia Estadual de Gás (CEG) tentaram interromper a passagem de gás para os edifícios da rua. Numa medida de emergência, os funcionários da CEG precisaram quebrar as calçadas da Avenida Almirante Barroso, na esquina com a Avenida Rio Branco, para fechar a tubulação de gás subterrânea.

Houve até um princípio de incêndio do prédio cuja maior parte da estrutura desabou. O fogo ameaçou o edifício vizinho, Capital, esquina com a Rua Almirante Barroso. Segundo o Corpo de Bombeiros, o prédio apresenta rachaduras. Havia pessoas nos imóveis, acenando para os bombeiros. As escadas do Edifício Capital teriam sido obstruídas pelos escombros. De acordo com um ouvinte da Rádio CBN, ele esteve em contato com um conhecido que estava em um elevador do edifício.

De acordo com imagens da prefeitura, o acidente atingiu grande área, inclusive carros e motos. No Edifício Liberdade, na Avenida Treze de Maio, funcionavam, no térreo, uma agência do Banco Itaú e uma loja da empresa Mundo Verde. No prédio, funcionavam escritórios.

Não houve prejuízos ao prédio do Teatro Municipal, nem danos estruturais, de acordo com a assessoria de imprensa da instituição. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo, e nenhum funcionário foi atingido. A informação foi repassada pelo repórter do GLOBO Eduardo Fradkin.

Hospitais e UPAs em alerta

O prefeito Eduardo Paes chegou ao lugar da tragédia e circulou pelos escombros, avaliando a situação junto a bombeiros e agentes da Defesa Civil. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. O secretário de Saúde Sérgio Côrtes também esteve no local, assim como dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ). Os especialistas buscaram as primeiras informações para detectar as causas do desabamento. Na quinta-feira, a partir das 9h, o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (Capa), Luiz Antonio Cosenza, estará no local para dar prosseguimento às análises.

Os feridos saíram pela Rua Manoel de Carvalho, que fica ao lado do Teatro Municipal. Surgiram voluntários no local para ajudar, entre eles o anestesista José Antônio Diniz, que mora na Glória, e assim que viu pela TV o acidente ele se dirigiu ao local e se apresentou como voluntário aos médicos do Corpo de Bombeiros. O clima no entorno do prédio era muita comoção, parentes de pessoas que estavam nos escritórios do prédio, souberam do acidente, e estiveram no local aguardando notícias dos bombeiros.

A argentina Débora Marconi, de férias no Rio e hospedada em frente ao Edifício Liberdade, disse que pedaços do prédio caíram antes de a estrutura vir abaixo por completo.

- Três andarem do prédio tinham andares em obras há bastante tempo - disse.


O advogado Luiz Antônio Jean Trajan, que trabalha num escritório no prédio número 45 da Avenida Treze de Maio, em frente ao edifício comercial que desabou, disse que se lembrou do ataque terrorista ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001.

- O prédio caiu todo, como se tivesse sido implodido. Parcia o World Trade Center. Ouvi um forte estrondo e vi tudo acontecer. Havia uma obra no prédio, acho que no sexto andar. Pelo menos dois funcionários estravam trabalhando na hora da tragédia - afirmou Trajan, que está na Treze de Maio, e disse que não sentiu cheiro de gás em qualquer momento.

Alexandre Trotta, que trabalha numa empresa de informática que funciona no quinto andar do Edifício Capital, vizinho ao que desabou, ouviu inicialmente um pequeno barulho como se fossem detritos caindo. Abriu a janela, quando aconteceu o desmoronamento:

- Foi um grande estronto. Era como se o mundo tivesse vindo abaixo. O prédio veio abaixo. Ele caiu para frente e para trás e levou o que estava nas janelas do meu prédio - contou ele.

Frotta desceu os cinco andares de seu prédio e, ao chegar no térreo, constatou que não tinha sobrado nada do edifício vizinho.

- Só tinha entulho. A banca de jornal que tinha no local foi destruída. Os carros estacionados na Treze de Maio acabaram - explicou.

O contador Heverton Ferreira, que trabalha no prédio, havia saído há cerca de meia hora do local, quando soube por um telefonema que o edifício tinha desabado. Ele não tem notícias de seu pai, que ainda estava num dos escritórios do edifício. Segundo Heverton, esta semana, porteiros falaram que a CEG faria uma inspeção no subsolo, por conta do forte cheiro de gás. No subsolo do edifício havia uma agência do Itaú.

- O prédio fechava às 21h. E faltava cerca de 30 minutos para isso. Mas ainda tinha muita gente lá. Ainda deviam ter umas 15, 20 pessoas dentro do prédio.

Vicente da Cruz costuma entregar galões d'água num escritório do sétimo andar do edifício. Ele conta que já estava do lado de fora do prédio, quando começou a ouvir explosões.

- Fui me afastando, me afastando. E de repente o prédio caiu. Tinha cerca de 20 pessoas próximas à marquise. Assim como eu, elas saíram correndo. Por um segundo, eu tinha morrido - contou.

Tosse e elevador salvam vítimas de desabamentos de prédios no Centro

Um dos bombeiros que trabalham na busca de sobreviventes contou que conseguiu resgatar um homem ao ouvi-lo tossindo intensamente. Segundo o sargento Alexandre Câmara, de 40 anos, um dos responsáveis pelo resgate, a vítima, que estava no edifício da Av. Treze de Maio, ainda encontrou forças para segurar o pé de outro bombeiro, o cabo Pinho, que pediu ajuda de outras oito pessoas para retirar o homem, que estava imprenssado pelos escombros.

- Ele estava tossindo muito alto e por isso conseguimos resgatá-lo. Ele ainda puxou o pé do outro bombeiro e, assim que conseguimos salvá-lo, ele reclamou de muitas dores nas pernas - relatou o sargento.

No mesmo prédio, um outro homem conseguiu sair ileso do desabamento. De acordo com o cabo Josemar Figueiredo, de 37 anos, no momento da queda do edifício um rapaz estava no elevador e conseguiu telefonar para o primo, que o aguardava do lado de fora do prédio e estava buscando socorro. Quando foi finalmente encontrado pelos bombeiros, o homem, que estava sem ferimentos, ficou surpreso ao tomar conhecimento do que havia acontecido. Para ele, o prédio estava apenas com problemas na parte elétrica, que teria afetado o funcionamento do elevador.

- O cabo do elevador ficou pendendo, então pudemos ter noção da localização do rapaz. Fomos escavando até conseguir abrir espaço para retirá-lo de lá. Ele não estava ferido, o elevador tinha acabado de chegar ao térreo, e ele não sabia o que estava acontecendo. Achou que tinha faltado luz. Quando soube o que realmente tinha acontecido, entrou em choque e disse que estava desorientado - contou Figueiredo.

Ainda segundo informações dos bombeiros, quatro moradores de rua estariam dormindo na calçada do prédio no momento do acidente.

Empresa de tecnologia treinava funcionários no momento do desabamento do prédio

Uma empresa de tecnologia que ocupava o décimo andar do prédio que desabou na Avenida Treze de Maio 44 estava realizando treinamento de pelo menos dez funcionários no momento da queda do edifício. A informação é de uma contratada da empresa, a TO - Tecnologia Organizacional, que ainda não conseguiu contato com as pessoas que estariam sendo submetidas ao treinamento quando ocorreu a explosão que fez o prédio cair.

- Eu não estava lá, mas sei que, pela hora do desabamento, pelo menos dez funcionários estavam fazendo o treinamento interno. Consegui entrar em contato com alguns colegas, que não estavam agendados para esse treinamento, e nenhum deles conseguiu localizar quem estava marcado para participar desse encontro - afirmou uma funcionária, por telefone, que preferiu não se identificar.

Segundo a mesma funcionária, que estava na Avenida Treze de Maio, tentando ter notícias dos colegas, a empresa de tecnologia tem cerca de 50 funcionários:

- São muitas pessoas que trabalham lá, 50 só na TO, e não estou acreditando que estou vendo essa cena de horror de perto. Caiu tudo, meu Deus, é horrível. É muito triste, muito triste - concluiu.

O tema #DesabamentoRio está em primeiro lugar nos trend topics (dez assuntos mais comentados) do Twitter no Brasil e, por alguns minutos, chegou a figurar em segundo lugar entre os mais comentados no mundo.

Interdições no tráfego de veículos e em estações do Metrô Rio

O Centro de Operações informou, ainda, que a Avenida Almirante Barroso, trecho entre a Rua Senador Dantas e Avenida Rio Branco, encontra-se interditada ao tráfego de veículos em ambos os sentidos por conta do incidente. De acordo com a nota, equipes da pefeitura já estão no local, assim como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Rio de Janeiro. A Treze de Maio é uma via sem circulação de automóveis.

Em entrevista à Rádio CBN, o diretor do Centro de Operações do Rio de Janeiro, Joaquim Diniz, afirmou que a Avenida Rio Branco será totalmente interditada a partir da Avenida Presidente Vargas.

- Em termos de trânsito não temos problemas, estamos com as equipes todas da CET-Rio no local - disse.

De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, as estações do metrô da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia estão fechadas. Ainda segundo o Centro, a Linha 1 está indo de Ipanema até Glória e a Linha 2 até a Central. Ainda não há previsão de quando estas quatro estações vão reabrir.


Internauta filma os momentos seguintes a desabamento de prédio no Centro do Rio


O Globo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Três prédios caem no Centro do Rio e deixam 11 vítimas

Três prédios desabam no Rio
Segundo testemunhas, um terceiro prédio também pode ter desabado.
Defesa Civil diz que desabamento deixou 11 vitimas, entre mortos e feridos.





Dois prédios desabaram um pouco antes das 21h desta quarta-feira (25) na região da Rua Treze de Maio, no Centro do Rio de Janeiro, segundo informações do Centro de Operações da Prefeitura. Em entrevista, o prefeito Eduardo Paes afirmou que foram atingidos um prédio de dez andares e outro de 20 andares. "Aparentemente não foi uma explosão, o desabamento aconteceu por um dano estrutural no prédio. Acredito que não tenha sido vazamento de gás", disse o prefeito, que anunciou a abertura de um posto de informações em frente à agencia da Caixa Econômica Federal, na esquina das avenidas Chile e Rio Branco.



Dois prédios desabaram na avenida Treze de Maio, no centro do Rio, cobrindo a região com poeira e entulho

De acordo com a empresária Zilene Bernardino, que trabalha no local, o prédio de dez andares fica na Rua Manuel de Carvalho, esquina com Treze de Maio, e o outro na própria Treze de Maio. Um terceiro prédio, de menores proporções, também pode ter desabado, segundo testemunhas.

A Defesa Civil Estadual informou que o desabamento deixou 11 vítimas, sem detalhar mortos e feridos. Quatro dos feridos receberam atendimento no Hospital Souza Aguiar: três homens (dois de 37 anos e um de 50) e uma mulher de 28 anos. O quadro mais grave é da mulher, que teve lesão no couro cabeludo e vai ter que passar por cirurgia.

Um zelador e um operário, que estava dentro de um elevador, estão entre os feridos retirados com vida dos escombros. As informações são do coronel Sérgio Simões, secretário estadual de Defesa Civil. Ainda de acordo com o coronel, as buscas se concentram em dois pontos sinalizados com a ajuda de cães farejadores.

Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. "De repente, ouvimos um grande barulho e começou a voar tudo", contou a argentina Devora Galavardo, que mora há seis meses em frente ao prédio que desabou.

Amigos e parentes cercam o local em busca de informações sobre pessoas que trabalham na região, enquanto a Guarda Municipal impede a aproximação, pelo temor de dano estrutural às construções vizinhas.

De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há 60 homens da corporação no local do desabamento atuando no trabalho de socorro. Há bombeiros dos quartéis da Barra da Tijuca, de São Cristóvão e do Centro. Há 14 viaturas entre ambulâncias, caminhões de água e de escada magirus. O prefeito Eduardo Paes está no local.
Prédio desaba no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu/Agência O Globo)


De acordo com informações do Centro de Operações da prefeitura, a Avenida Almirante Barroso, entre a Rua Senador Dantas e Avenida Rio Branco, está interditada em ambos os sentidos. No twitter do Centro de Operações, a prefeitura faz um alerta: "Atenção motoristas! Evite a região da Cinelândia, Carioca e Rio Branco para não atrapalhar os trabalhos dos Bombeiros e Defesa Civil".

Segundo o Metrô Rio, as estações da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia foram fechadas. Com isso, a Linha 1 vai de Ipanema até a Glória e Linha 2, até Central.

O Centro de Operações Rio informou ainda que as linhas de ônibus 180 e 184, que passam pelo metrô do Largo do Machado até a Central, estão sendo reforçadas por conta do fechamento de quatro estações do metrô.

A Light desligou a luz nos arredores para evitar incêndios. Vinte viaturas da polícia foram acionadas para isolar a área.
Em nota oficial, o Theatro Municipal informou que o desabamento do edifício da rua Treze de Maio não causou prejuízos ao prédio, nem danos estruturais. A única parte atingida por escombros foi a bilheteria, no prédio anexo. Nenhum funcionário foi atingido.





Em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que quatro feridos do desabamento de dois prédios no centro do Rio foram internados no hospital Souza Aguiar. Os edifícios --um de 20 e outro de 10 andares, segundo o prefeito-- ficavam na avenida Treze de Maio, na Cinelândia, e caíram por volta das 20h30.


'Senti um tremor e vi tudo descer', afirma testemunha de explosão
Vizinhos de prédios que desabaram são resgatados pelos bombeiros

"Não sabemos precisar quantas pessoas estavam no prédio do momento do acidente, mas quatro já foram resgatadas", afirmou.

Paes ainda disse que as causas do acidente são desconhecidas, mas que "o mais provável é que seja um problema estrutural". O prefeito afirmou também que o Theatro Municipal, que fica ao lado dos prédios, não foi afetado.

Pessoas que estavam em prédios vizinhos contam que sentiram os imóveis balançarem, como se estivesse acontecendo um terremoto. Carros que estavam estacionados no entorno ficaram cobertos de poeira e entulho.

A área foi isolada e provoca a interdição dos dois sentidos da avenida Almirante Barroso, entre a rua Senador Dantas e a avenida Rio Branco. A rua Evaristo da Veiga também foi interditada ao tráfego, com desvio sendo feito pela rua do Passeio, sentido Lapa.


De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, há 60 homens da corporação no local. A Polícia Militar enviou mais de 20 viaturas.

A Light desligou o fornecimento de energia nos arredores para evitar incêndios. O Metrô Rio informou que as estações da Presidente Vargas, Uruguaiana, Carioca e Cinelândia foram fechadas.


Veja imagens dos três prédios antes do desabamento no Centro do Rio


O número de vítimas do desabamento de prédios nas imediações da Avenida Treze de maio, no Centro do Rio, ainda não foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros. No local, o cenário é de muita destruição.  De acordo com informações iniciais, três prédios teriam desabado e um forte cheiro de gás tomou conta daquela região.

Informações iniciais dão conta de que dois ou
três prédios foram destruídos com explosão
O prefeito Eduardo Paes informou, no entanto, que foram dois prédios desabados - um de dez e outro de 18 andares. De acordo com os bombeiros do Quartel Central, houve uma explosão seguida do desabamento parcial do prédio, situado próximo da sede da Caixa Econômica Federal.

De acordo com o analista de sistemas Fernando Amaro, que trabalha na construção que caiu, que teria entre 10 e 15 andares, as atividades no edifício encerrariam às 21h, então ele acredita que muitas pessoas já teriam ido embora. Ele disse que trabalha no quarto andar, ouviu um barulho e viu o prédio desabar. "Foi tudo muito rápido. Vi o porteiro sair correndo gritando e daí o prédio começou a ruir. Foi muita sorte ele ter se salvado", afirmou, empoeirado.


Informações iniciais dão conta de que dois ou três prédios foram destruídos com explosão
Imagens do Google mostram os três prédios antes do desabamento e impressionam pela proximidade com o recém reformado Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Veja a imagem dos prédios destruídos:

Entenda o caso:


No saguão do prédio funcionavam uma agência do banco Itaú e uma padaria. Nas proximidades também fica o tradicional bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas. A Defesa Civil municipal confirmou há pouco que há feridos, mas não soube precisar a gravidade das vítimas.

Por causa de vazamento de gás, as avenidas Rio Branco chegou a ficar interditada, mas foi liberada. Já a rua Evaristo da Veiga e avenidas Chile e Almirante Barroso seguiam bloqueadas. A Linha 1 do Metrô estava parada. As pessoas que tiveram os carros atingidos pelos escombros entregavam as chaves aos policiais. Estes retiravam apenas veículos que foram menos danificados, ao passo que aqueles situados na zona de maior perigo não eram removidos.

O prefeito da cidade, Eduardo Paes, foi para o local para acompanhar a repercussão da tragédia. O secretário municipal de Conservação dos Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, também chegou à região. A Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. Dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) acompanham os trabalhos para buscar as causas do desabamento. (Jornal do Brasil)

Três prédios caem no Centro do Rio e deixam 11 feridos na Avenida Treze de Maio

Prédio desaba na Avenida Treze de Maio, no Centro
De acordo com as primeiras informações, teria havido uma explosão

Três prédios — um de 18 andares, um de 7 e um de 4 — desabaram na noite desta quarta-feira (25), no centro do Rio. Segundo o Corpo de Bombeiros, antes do desabamento, na Avenida Treze de Maio, teria havido uma explosão.

O edifício Liberdade e o prédio vizinho desabaram por volta das 20h30 desta quarta-feira. O terceiro prédio, de menores proporções, foi atingido quando os outros dois vieram abaixo. Sua queda foi confirmada somente às 23 horas pelo prefeito Eduardo Paes, que foi ao local.

Duas pessoas teriam morrido nos desabamentos. Embora não haja confirmação oficial, o chefe do corpo de bombeiros do Rio, Sérgio Simões, afirmou a TV Globonews que os cães farejadores assinalaram dois corpos nos escombros.

A Defesa Civil Estadual estima que o desabamento deixou 11 vítimas, entre mortos e feridos. Quatro desses feridos foram retirados vivos do meio dos escombros. Um deles estava dentro de um elevador. Os bombeiros deslocaram 60 homens da corporação para o trabalho de socorro. Há 14 viaturas entre ambulâncias, caminhões de água e de escada magirus.

Segundo Simões, as equipes de buscas vão passar a madrugada no local. Na quinta-feira (26), a Prefeitura do Rio vai verificar riscos de queda de outras edificações nas redondezas.

De acordo com imagens da prefeitura, o acidente atingiu grande área, inclusive carros e motos. O edifício teria provavelmente 20 andares. De acordo com ouvintes da BandNews, os bombeiros ainda não chegaram ao local.

O Centro de Operações informou, ainda, que a Avenida Almirante Barroso, trecho entre a Rua Senador Dantas e Avenida Rio Branco, encontra-se interditada ao tráfego de veículos em ambos os sentidos por conta do incidente. De acordo com a nota, equipes da pefeitura já estão no local, assim como o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar do Rio de Janeiro.




Por causa do desabamento, uma densa nuvem de cinzas cobriu veículos e tomou conta das vias próximas, como as avenidas Rio Branco e Almirante Barroso. A área, próxima à sede da Petrobrás, do BNDES e do Teatro Municipal, está isolada. Ao todo, quatro quarteirões foram interditados. Uma moradora de um prédio vizinho relatou que três andares de um dos prédios passavam por reforma. Amigos e parentes cercaram o local em busca de informações sobre pessoas que trabalham na região. Em princípio, o Teatro Municipal, que fica ao lado de um dos prédios que desabaram, não teria sido atingido, mas escombros caíram muito perto da bilheteria. Dezenas de carros foram cobertos de escombros. Uma banca de jornal foi atingida. No saguão do edifício Liberdade funcionava uma agência do Banco Itaú e uma padaria. Nas proximidades também ficam o tradicional Bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas.