domingo, 10 de abril de 2011

Wellington, o atirador do massacre de Realengo, em carta parabeniza vítima de bullying que reagiu a ataque de agressor em escola australiana

O homem que atirou contra alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, deixou uma segunda carta sobre o ataque em sua casa. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, queimou seu computador e, explicou num bilhete que precisava fazer isso para "proteger fornecedores". Ele não explicou quem seriam essas pessoas, mas a polícia chegou aos homens que lhe venderam as duas armas usadas no tiroteio e fez pesquisas sobre aula de tiros.

Wellington - Atirador deixou 2ª carta e alegou
 proteger "fornecedores"
Wellington também disse pessoas que "se aproveitam da bondade ou da inocência de um ser" foram as "responsáveis por todas essas mortes, inclusive a minha". Na carta, deixou sinais que teria sofrido bullying no colégio: "Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar com meus sentimentos."
"Quero parabenizar o irmão Casey Heynes pela sua excelente atitude", registrou, numa referência ao menino que ficou famoso após um vídeo em que aparece revidando com violência ao bullying vazou na internet.

Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.

Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.





Menino acima do peso apanha na escola e acaba revidando as agressões. Ele ergue o garoto no alto e atira o mesmo no chão, quebrando sua perna. Entenda os perigos do bullying na mente de crianças e adolescentes.

Wellington sofria bullying e deixou tratamento psicológico

Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, planejou o ataque à escola onde, quando criança, era ridicularizado, tendo chegado a ser jogado na lata de lixo.

Um de seus apelidos era Sherman, em referência a um nerd do filme American Pie. Outro era Suíngue, por mancar de uma das pernas.

Sua masculinidade era colocada em dúvida, sendo chamado de "viadinho", segundo o Extra, e de "o virgem", já mais velho, no trabalho.

Na adolescência, encontrou refúgio na web, em jogos violentos, e na religião.

Testemunha de Jeová, se interessou pelo islamismo e escreveu em carta, encontrada pelaVeja, que lia o Alcorão quatro horas por dia, e que o atentado às Torres Gêmeas o fazia meditar.

Uma semana antes do crime, Wellington esteve na escola para pedir 2ª via do histórico, o que, para a criminóloga Illana Casoy, mostra seu problema com o colégio, onde ele escolheu matar e morrer.

Só humilhação não explica

O bullying, por si só, não explica o crime, afirma o psiquiatra Gustavo Teixeira. Segundo declarou à Folha de S.Paulo, matar em série dá indício de doença mental.

Há cinco anos, Wellington abandonou o tratamento psicológico.

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