Wellington - Atirador deixou 2ª carta e alegou proteger "fornecedores" |
"Quero parabenizar o irmão Casey Heynes pela sua excelente atitude", registrou, numa referência ao menino que ficou famoso após um vídeo em que aparece revidando com violência ao bullying vazou na internet.
Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e, segundo a polícia, se suicidou logo após o atentado. O atirador portava duas armas e utilizava dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Wellington entrou no local alegando ser palestrante. Ele se dirigiu até uma sala de aula e passou a atirar na cabeça de alunos. A ação só foi interrompida com a chegada de um sargento da Polícia Militar, que estava a duas quadras da escola quando foi acionado. Ele conseguiu acertar o atirador, que se matou em seguida. Numa carta, Wellington não deu razões para o ataque - apenas pediu perdão a Deus e que nenhuma pessoa "impura" tocasse em seu corpo.
Menino acima do peso apanha na escola e acaba revidando as agressões. Ele ergue o garoto no alto e atira o mesmo no chão, quebrando sua perna. Entenda os perigos do bullying na mente de crianças e adolescentes.
Wellington sofria bullying e deixou tratamento psicológico
Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, planejou o ataque à escola onde, quando criança, era ridicularizado, tendo chegado a ser jogado na lata de lixo.
Um de seus apelidos era Sherman, em referência a um nerd do filme American Pie. Outro era Suíngue, por mancar de uma das pernas.
Sua masculinidade era colocada em dúvida, sendo chamado de "viadinho", segundo o Extra, e de "o virgem", já mais velho, no trabalho.
Na adolescência, encontrou refúgio na web, em jogos violentos, e na religião.
Testemunha de Jeová, se interessou pelo islamismo e escreveu em carta, encontrada pelaVeja, que lia o Alcorão quatro horas por dia, e que o atentado às Torres Gêmeas o fazia meditar.
Uma semana antes do crime, Wellington esteve na escola para pedir 2ª via do histórico, o que, para a criminóloga Illana Casoy, mostra seu problema com o colégio, onde ele escolheu matar e morrer.
Só humilhação não explica
O bullying, por si só, não explica o crime, afirma o psiquiatra Gustavo Teixeira. Segundo declarou à Folha de S.Paulo, matar em série dá indício de doença mental.
Há cinco anos, Wellington abandonou o tratamento psicológico.
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