Segundo administrador de empresa em que Wellington trabalhava, houve "mudança de comportamento e queda de produtividade"
Em agosto do ano passado, Wellington Menezes de Oliveira - que entrou atirando e fazendo vítimas na escola Tasso da Silveira, no Rio - foi demitido da fábrica de alimentos embutidos onde trabalhava há dois anos e meio. O motivo, segundo superiores do atirador, foi uma queda repentina de rendimento.
"Houve uma mudança de comportamento e queda de produtividade. Ele não estava atendendo às demandas que lhe eram repassadas e nas conversas com os superiores demonstrava desinteresse pelo que fazia”, diz um dos administradores da fábrica que pediu para que seu nome não fosse divulgado.
Segundo ele, Oliveira sempre foi uma pessoa extremamente fechada e introvertida, mas nunca deu sinais de que poderia cometer uma barbaridade. “Para a gente aquilo era só timidez. Quando houve a queda de produtividade ele demonstrava apatia mas em momento algum houve qualquer sinal de rebeldia. O Wellington sempre demonstrou respeito”, disse o superior.
De acordo com ele, as mudanças de comportamento começaram na segunda metade do ano passado. Oliveira simplesmente ignorava os pedidos dos chefes. Embora tivesse o segundo grau completo, o atirador nunca passou do estágio de auxiliar, o mais baixo na hierarquia da empresa. Começou como auxiliar de serviços gerais e depois de quase dois anos do transferido para o almoxarifado. "Depois que ele passou a desempenhar uma função que exigia mais contato com pessoas houve uma queda de rendimento", disse o superior.
Sua função era atender pedidos dos operadores das máquinas, pegar peças de reposição no estoque e entregá-las ao responsável pela demanda. A remuneração era de pouco mais de um salário mínimo (R$ 545) por mês.
Vizinhança
Segundo vizinhos, Oliveira nunca deu demonstrações de ter qualquer problema ou distúrbio que justificassem a ação.
"Do mesmo jeito que vocês da imprensa se perguntam, nós também nos questionamos sobre o por que de ele ter feito isso", disse Elda Lira, que mora na casa ao lado de Roselene, irmã de Oliveira, na rua Jequitinhonha, Realengo, a poucos quarteirões da escola.
De acordo com Elda, Oliveira morava sozinho há cerca de seis meses em Sepetiba, era um rapaz aparentemente tranquilo e muito discreto, com poucos amigos, e frequentava com a família os cultos em um templo da Igreja Testemunhas de Jeová, em Realengo.
"Ele era muito na dele só que usava muito a internet e a internet pode trazer qualquer coisa para dentro de casa", disse Elda.
A vizinha descartou a hipótese de que Oliveira tenha agido para vingar um suposto filho. "Ele nunca foi casado com alguém, nunca viveu com ninguém nem teve filhos", disse ela.
Vizinho conta que atirador de escola do RJ era zombado na infância
Os moradores da pacata rua em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde o atirador Wellington Menezes morou por mais de 20 anos estão perplexos. Os vizinhos do rapaz o classificaram como uma pessoa sem amigos, estranha mas muito inteligente.
O ataque na escola é assunto único no bairro. Enquanto muitos tentam buscar explicação do que o motivou a atirar contra crianças, um vizinho, que não quis se identificar, disse que o atirador foi muito zombado durante a infância:
“O jeito estranho e esquisito dele. Na época da escola, as pessoas sacaneavam, botavam apelidos, principalmente sobre sua forma de andar vestido. As meninas eram as que mais zombavam dele”.
Acompanhamento psicológico
Uma outra vizinha conta que Wellington foi adotado com alguns dias de vida por um casal que já tinha outros cinco filhos. Ela se recorda da mãe adotiva do atirador comentar que ele tinha problemas de comportamento, e que, na infância, chegou a ser tratado por psicólogos. Ainda de acordo com essa vizinha, o rapaz foi por muitos anos da religião Testemunha de Jeová, a mesma dos pais adotivos. “A mãe dizia que ele costumava bater a cabeça na parede e, depois de adulto, chegou a ameaçá-la de agressão”, lembrou ela.
O dono de um bar onde Wellington costumava parar para beber refrigerante revelou que o rapaz não consumia bebidas alcoólicas, sempre carregava livros e era aficionado por computadores e jogos. Nos últimos meses, no entanto, ele se assustou com o visual do atirador. “Ele estava de barba longa e trajava roupas pretas. Ele estava bem diferente. Parecia integrante de uma seita”, contou o conhecido.
Mãe morreu há cerca de dois anos
Segundo outro vizinho, Wellington passou a morar sozinho há cerca de oito meses, um ano após a morte de sua mãe adotiva, há dois anos. Ele vivia na casa, que também pertencia a parentes, em Sepetiba, também na Zona Oeste.
Amigos da família do assassino contam que sua mãe biológica sofria de distúrbios mentais. Apesar de ter sido adotado ainda bebê. Wellington conheceu a mãe biológica, assim como outros parentes consanguíneos.
Na tarde desta quinta, carros da Polícia Civil estão na porta da casa onde a irmã de Wellington mora, em Realengo, para evitar tumulto e depredação no local.
Na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, a polícia encontrou uma carta do atirador. Nela, ele fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado, além de pedir perdão pelo crime.
O ataque
Wellington, de 23 anos, entrou em uma escola municipal nesta manhã, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo autoridades, Wellington é ex-aluno, como era conhecido na escola, e entrou sob alegação de que iria fazer uma palestra. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com a polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola
O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
G1.com.br
nao nem pensr ele era testemunha de jeova ou fes parte pois laJEOVA e um DEUS de amor o que ele fes FOI CULPA DO SISTEMA EM QUE VIVEMOS DEUS JEOVÁ nao tem culpa disso seu inimigo cruel satanás sim ai da terra e do mar pois desceu satanas o diabo tendo grande ira. e isso
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