sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Armas de choque contra violência? Vendas têm aumentado pela internet

Com medo da violência, muitos capixabas estão apelando para a compra de armas de choque elétrico para não serem as próximas vítimas de criminosos. Esses equipamentos não são letais e não provocam danos permanentes ao receptor da descarga.

Um comerciante da Capital - que preferiu não ter o nome divulgado - contou que, em média, chega a vender quatro armas desse tipo por semana. Cada uma delas sai por R$ 220,00, e o valor ainda pode ser dividido em até 12 vezes.

O homem frisou que vende muitos aparelhos para homens e mulheres, justamente para defesa pessoal. "As pessoas estão com medo de andar nas ruas. Por isso estão procurando formas de se defenderem dos bandidos", ressaltou.

A arma de choque elétrico de contato tem o tamanho de um maço de cigarros. Sua voltagem varia entre 1 milhão e 3,2 milhões de volts. Dependendo do tempo de contato com a pele do receptor, pode deixar a pessoa inconsciente.

De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, o equipamento em questão é uma arma não letal, que aplica choque elétrico, imobilizando, temporariamente, um possível agressor. O artefato não é produto controlado pelo Exército.

A proteção virou negócio e também caiu na rede mundial de computadores. Segundo especialistas, apesar de terem a letalidade próxima a zero, as armas não fiscalizadas podem dar choques mais potentes, oferecendo risco de vida para as vítimas, além de uma falsa sensação de segurança para os portadores.

Outra arma vendida livremente na internet, mas de uso restrito é o Taser - uma arma de pressão, por ação de gás comprimido, que lança contatos elétricos a uma distância de até dez metros, aplicando choques que imobilizam, temporariamente, a pessoa atingida.

Há sites que chegam a vender o produto por R$ 120; em outros, o preço chega a R$ 700. A legislação a classifica o Teaser, no entanto, como arma de uso restrito, por ter calibre superior a 6mm, sendo seu uso autorizado, somente, para Órgãos de Segurança Pública, Polícias da Câmara e do Senado, empresas de segurança privada e outros órgãos a critério do Comando do Exército.

O que são. As armas de choque elétrico por contato não são letais e não provocam danos permanentes à vítima. Mas, segundo especialistas, choques mais potentes oferecem risco de vida às vítimas

Utilidade

Defesa pessoal
Fazendeiros e sitiantes, para lidar com gado e rebanhos
Segurança particular para shows e eventos em geral

Voltagem. O choque varia de acordo com o tipo de equipamento. Alguns têm 1 milhão de volts; outros, 3,2 milhões

Tamanho. O tamanho das armas é compacto, chegam a ser menores que um maço de cigarro

COMO AGE

Imobiliza e repele atacantes sem provocar danos definitivos. Um contato um pouco mais longo causa descontrole muscular e desorientação. Os efeitos passam em minutos

Só o barulho e a faísca já são suficientes para assustar um agressor. Não é produto controlado, seu uso e porte não exige autorização

Todas são recarregáveis, com a tomada na própria arma. Cada carga dura mais de 60 dias

Porte. Armas de choque são liberadas pelo exército para uso civil, pois não se qualificam como armas que causa danos ao agressor

Efeitos. Uma rajada moderada de 1 a 4 segundos pode levar o receptor ao chão e causar alguma confusão mental. Uma rajada contínua de 5 segundos pode imobilizar o receptor, causar desorientação, perda de equilíbrio e deixá-lo fraco por alguns minutos

Equipamento foi barrado no BME pelo alto custo>

Os choques elétricos também são utilizados pela polícia para inibir a ação de criminosos. No Espírito Santo, chegou a ser anunciado que o Batalhão de Missões Especiais faria uso do Taser - arma de pressão, por ação de gás comprimido, que lança contatos elétricos a uma distância de até dez metros, aplicando choques em frequência que interfere com o sistema nervoso e imobiliza, temporariamente, a pessoa atingida. Mas, devido ao alto custo, esse equipamento não chegou a ser utilizado por aqui.

Lucro

É o número aproximado de armas que são vendidas por semana, segundo comerciante.

A Gazeta - Anny Giacomin

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