terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Grávida e usuária de drogas, jovem morre estrangulada

Uma jovem grávida com cinco meses de gestação foi morta de maneira cruel - por estrangulamento - na madrugada de ontem, no bairro Vila Prudêncio, Cariacica. Elaine Moreira da Silva, 23 anos, foi encontrada caída na Rua Resplendor, por volta das 6 horas.

O assassino provavelmente a asfixiou usando uma corda ou fios, já que o pescoço da jovem apresentava ferimentos. Ela estava com várias escoriações espalhadas pelo corpo. Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acreditam que ela lutou, tentando escapar da morte.

Familiares de Elaine foram ao local do crime assim que o corpo foi localizado. Uma de suas irmãs, Eliane Moreira da Silva, 33, disse que a jovem era usuária de drogas. Mas Elaine nunca havia relatado à irmã existência de problemas no bairro, dívidas com traficantes ou ameaças de morte.

"Sempre falávamos com ela, para abandonar o vício. Ainda agora, que ela estava grávida. Mas ela não nos ouvia e sempre ficava fora de casa, para usar crack", desabafou Eliane.

Segundo ela, Elaine foi vista com vida, pela última vez, sábado à noite. "Ela morava com nossa mãe. Eu a vi no sábado e, depois, não a vi mais. Ela deve ter saído para fazer uso de drogas e aconteceu isso", disse a irmã.

foto: Nestor Muller

Próximas ao corpo de Elaine da Silva (destaque), parentes choram a perda da garota, vítima de violência

"Ela não nos ouvia e ficava fora de casa, para usar crack"

Eliane Silva, irmã da vítima
Escoriações

Peritos criminais que foram ao local do crime confirmaram a gravidez da vítima. Pelos tipos de lesões encontradas em Elaine - escoriações no ombro, joelhos, mãos e cabeça -, os policiais disseram que ela lutou contra os assassinos. Pelo menos duas pessoas teriam cometido o crime. (Nuno Moraes)


85 mortas
É o número de mulheres assassinadas neste ano na Grande Vitória


Em Rio Marinho, outra morta a tiros

No bairro Rio Marinho, em Vila Velha, o corpo de uma mulher morena, com os punhos e os tornozelos amarrados com cabos usados para ligações de internet, enrolado numa colcha, foi encontrado no acesso ao Sítio do Laranja. A mulher, morta a tiros, tinha tatuados no corpo os nomes Lulimar e Isabela, além de um desenho tribal no pescoço.

Nuno Moraes
A Gazeta

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