Para a maioria dos visitantes é novidade. Mas os moradores afirmam que volta e meia os jacarés aparecem. Os bichos nasceram na ilha paranaense mesmo.
O perigo no paraíso: a Ilha do mel, no Paraná, virou também a ilha dos jacarés. Para a maioria dos visitantes é novidade, mas os moradores dizem que, volta e meiam os jacarés aparecem.
"Para os tamanhos dos jacarés que a gente vê por aqui, eles devem estar aqui por muitos anos", conta um turista.
Um homem de 45 anos foi atacado por um jacaré e levou 42 pontos na perna na Ilha do Mel odiario.com |
"O plantonista ligou dizendo que era para ele voltar para tomar mais uma vacina. Quando veio e abriram, estava o dente do jacaré dentro da perna", lembra.
Ele viu o que parecia: para ele era um tronco no chão, só que na verdade era o jacaré. Quando ele pisou em cima, o animal reagiu à agressão e acabou o ferindo.
A equipe de reportagem do Bom Dia Brasil foi à procura dos jacarés e desembarcou na parte da ilha onde eles mais gostam de ficar. Foi fácil encontrar os bichos.
Em um lago, já é possível perceber a presença de alguns jacarés. São pequenos, mas é preciso ficar atento. Se os pequenos estão no local, pode ter grande por perto. Vários jacarés foram aparecendo vários. Nenhum grande como o que atacou o pescador - ainda bem.
Os jacarés não vieram de fora. Nasceram na ilha mesmo. Mas, segundo os biólogos, a falta de predadores e o aumento da fiscalização contra caçadores têm feito a população aumentar. Por isso, eles estão aparecendo cada vez mais.
Apesar de ter tanto jacaré, apenas um ataque foi registrado até hoje na Ilha do Mel. Muita gente encara os bichos como mais uma das tantas atrações turísticas da ilha. É só ter cuidado.
G1
Ataque de jacaré a pescador foi o primeiro registrado na Ilha do Mel
Homem levou 42 pontos na perna após ser atacado quando preparava barco para trabalhar; Polícia Ambiental recomenda cuidado para quem encontrar espécie
Segundo a bióloga Elenise Sipinski, da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), não é comum que jacarés sejam vistos nas áreas em que existe grande número de pessoas e eles não costumam atacar as pessoas. “Ele deve ter sentido ameaçado e por isso mordeu o pescador”, afirmou a bióloga.
O jacaré-de-papo-amarelo, espécie com a qual houve o incidente, é encontrado em todo o Litoral brasileiro e também no Pantanal.
O sargento João Carlos Correia, da Polícia Ambiental do posto de Nova Brasília, diz que é comum moradores darem comida para os jacarés na ilha. “Eles acreditam que irão atrair turistas por causa dos jacarés", diz o sargento. Mas essa atitude, ressalta o policial, é errada.
A recomendação é para que a população entre em contato com a Polícia Ambiental pelo telefone 0800 643 0304 quando encontrar o animal perto de área habitada. Se o jacaré estiver em área de risco para turistas e moradores, a Polícia Ambiental o recolhe.
“Nunca se deve alimentar esse ou qualquer outro animal silvestre ou selvagem. É prejudicial à saúde deles, além de ser crime ambiental”, enfatiza Elenise.
O pescador foi mordido na perna por volta das 4h30 desta sexta-feira (4), em uma área de mangue. Irineu Ribeiro, 45 anos, preparava o barco para sair para o mar quando o animal investiu contra ele. A vítima conseguiu caminhar até a unidade da Polícia Ambiental, que fica a 100 metros do local do incidente.
Ele foi medicado ainda na ilha e depois transferido para o Hospital Regional de Paranaguá, onde levou 42 pontos no ferimento. O hospital não deu informações sobre o estado de saúde do pescador.
Apesar de ter sido o primeiro acidente em dez anos, outras pessoas na ilha já encontraram jacarés pelo caminho. “Não é muito comum, mais já vi alguns passando pelas trilhas. Normalmente eles ficam perto do mangue”, afirma João Matos Gonçalves Haluch, 33 anos, um dos proprietários da Pousada Canto Verde, em Nova Brasília. Segundo ele, algumas pessoas quase foram mordidas ao pisar, sem querer, nesses animais.
Cuidados
Segundo a Polícia Ambiental e a SPVS, quem se deparar com o animal deve se afastar e entrar em contato com os órgãos ambientais . O turista não deve tentar se aproximar para fotografá-lo, pois pode ser atacado.
Outro cuidado é com os animais de estimação, que podem ter o impulso de querer “enfrentar” o jacaré e também podem ser mordidos. [GAZETA DO POVO]
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