Mostrando postagens com marcador traficante. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador traficante. Mostrar todas as postagens

domingo, 7 de abril de 2013

Enterro de traficante DG tem briga de viúvas

Enterro de traficante DG tem briga de viúvas


O corpo do traficante Diego de Souza Feitosa, o DG, de 29 anos, foi enterrado na tarde deste domingo, no cemitério de Inhaúma. O sepultamento foi marcado por uma briga de viúvas. O velório havia começado na tarde de sábado. Por volta do meio-dia, quando o caixão saía, dentro de uma Kombi, da capela 6 do cemitério, uma loura e uma morena discutiram. E foram ouvidos gritos como: “O marido é meu!”

Cerca de 80 pessoas — entre parentes, amigos e vizinhos, andaram pouco mais de 100 metros até a cova 52.020, onde o corpo foi sepultado. O irmão do traficante, Luan de Souza Feitosa — preso, em setembro, acusado de ajudar DG a fugir da carceragem da 25ª DP (Engenho Novo) — teve o pedido de ir a cerimônia negado pela Justiça.

Na porta do cemitério, o grupo cercou a Kombi para impedir que jornalistas fotografassem o caixão, que foi colocado em um jazigo provisório. DG foi morto com um tiro na cabeça durante uma operação do Bope, na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, no sábado.


extra.globo.com

domingo, 13 de maio de 2012

Traficante é preso ao comemorar a morte do rival 'Matemático'

Rival é preso ao celebrar morte de Matemático no RJ, diz polícia
Tia Neia, de 30 anos, foi preso em São Cristóvão.
Com ele, a PM apreendeu um pó que, segundo a polícia, seria cocaína.

A Polícia Militar (PM) informou que prendeu, no início da madrugada deste domingo (13), no Rio de Janeiro, um integrante de uma quadrilha que rivalizava com a do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, morto no sábado (12) durante operação policial.

Um homem de 30 anos conhecido como Tia Neia foi preso em São Cristóvão. Segundo a polícia, ele festejava a morte do rival Matemático.

De acordo com a polícia, com Neia foi apreendido pó branco que seria cocaína.

A PM ocupou por tempo indeterminado as favelas da Zona Oeste do Rio que eram dominadas pelo traficante Matemático. A ideia é continuar a desarticulação da quadrilha que era comandada pelo bandido.

"A investigação não acabou. É evidente que, com o líder caindo o segundo escalão ascende naturalmente. Certamente teremos outras prisões nos próximos dias ou meses", disse o delegado João Luiz Araújo, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, que atua em conjunto com as polícias Militar e Civil há cinco meses na desarticulação do tráfico de drogas.

A ação que resultou na morte de Matemático começou no final da noite de sexta-feira (11) e entrou pela madrugada. O delegado da DRE contou que recebeu informações de que o traficante estava circulando pela Favela da Coreia num Logan prata. Ele pediu o apoio do helicóptero da Polícia Civil para localizar o veículo pelo alto, e da PM para fazer o cerco nas ruas do entorno da favela.

Os quatro homens que estavam dentro do carro, percebendo que tinham sido identificados, começaram a atirar contra o helicóptero, segundo a polícia. Matemático foi morto por volta das 23h30 de sexta, mas seu corpo só foi localizado em outro carro — um Gol preto — por volta das 5h30 deste sábado, por policiais do Batalhão de Choque da PM.
"Os disparos foram intensos e vinham não só do carro, mas de vários pontos da favela", disse Araújo.

Artilharia pesada
O piloto Adonis contou que, para defender a aeronave, teve de abrir artilharia pesada contra o Logan onde estava o traficante. "Eles estavam a cerca de 100 km/h na favela, tentando fugir do cerco, e disparavam contra a aeronave. Para interceptá-los, baixamos a uma altitude que variou de 20 a 60 metros, para que nenhum barraco fosse atingido pelos tiros disparados pelos policiais que estavam na aeronave. Na tentativa de fugir, o Logan bateu num muro. Três homens conseguiram fugir, mas tenho a impressão que Matemático ficou preso às ferragens e só pôde ser removido pelos comparsas mais tarde", detalhou Adonis, informando que o traficante levou ao menos um tiro que atravessou suas costas e atingiu o joelho.

O traficante tinha um torniquete improvisado com um cinto no joelho, quando o corpo foi encontrado, dentro do carro que estava próximo ao antigo viaduto de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Ao RJTV, o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, confirmou que os tiros que mataram Matemático partiram de um helicóptero. "A Divisão de Homicídios esteve cedo no local e o delegado me afirmou que não há dúvidas deque os disparaos que atingiram não só Matemático, mas como alguns de seus comparsas, partiram da aeronave", disse.

Além da morte de Matemático, um outro suspeito foi preso na operação da sexta-feira.

Segundo o delegado Araújo, em cinco meses de operação, até este sábado, 12 pessoas foram presas e foram apreendidos cinco fuzis, uma metralhadora, três pistolas, cinco granadas, 14 carregadores, 177 munições de calibres variados, seis radiotransmissores, 300 quilos de maconha, pouca quantidade de cocaína e 1.580 pedras de crack.

G1

sábado, 12 de maio de 2012

Chefe do tráfico dos mais buscados, traficante Matemático é encontrado morto

Encontrado morto no Rio o traficante Matemático Chefe do tráfico era dos mais buscados. Recompensa pela prisão era de R$ 10 mil. Corpo foi encontrado dentro de carro na Zona Oeste do Rio.

O traficante Márcio José Sabino Pereira, conhecido como Matemático, foi encontrado morto no final da madrugada deste sábado na comunidade da Vila Aliança, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Matemático era um dos criminosos mais procurados do Estado.

Homens da Polícia Militar do 14º Batalhão realizaram uma ação na região durante toda a madrugada na comunidade e balearam o traficante, que conseguiu fugir após ser ferido.
A polícia isola a área onde Matemático foi encontrado morto (Foto: Christiano Ferreira/G1)

A polícia, então, procurou Matemático pelos hospitais da região, mas não o encontrou. Por volta das 6h, policiais avistaram um carro com um corpo dentro próximo a saída da comunidade e verificaram que se tratava do traficante.

Segundo a PM, provavelmente alguém tentou socorrê-lo, mas constatando que ele havia morrido abandonou o corpo no carro.

Desde o ultimo o ultimo dia 24 a recompense pela captura de Matemático havia aumentado de R$ 3.000 para R$ 10 mil. O traficante possui nove mandados de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e formação de quadrilha.


Segundo a polícia, ele é a principal liderança da facção TCP (Terceiro Comando Puro) e chefe do tráfico no Complexo de favelas de Senador Camará.

Matemático, herdou os pontos de vendas de drogas após a morte do traficante Robson André da Silva, o Robinho Pinga, em 2007.

Beneficiado pelo regime semi-aberto, Matemático saiu pela porta da frente do presídio em abril de 2009 e jamais retornou.

domingo, 4 de setembro de 2011

Ex-traficante do Alemão, no Rio, mira carreira de modelo


Quando decidiu se entregar ao perceber que, daquela vez, a polícia finalmente entraria para valer no Complexo do Alemão, Diego da Silva Santos, 26, o "Mister M", fez questão de escolher sua melhor camisa. "Falei assim: Pô, tenho que me entregar na moda, bonitão, com a roupa que eu mais gosto".


Sua prisão teve grande repercussão no meio do noticiário da ocupação do Alemão, em novembro do ano passado, pois fora levado pessoalmente pela mãe, Nilza dos Santos, para a 6ª DP.

Usava uma camisa polo azul, da grife Reserva. Vários jornais estamparam sua foto, em que aparece bem vestido e sorrindo, o que foi interpretado como sinal de deboche.

"Sabe por que eu tava rindo? É que dois fotógrafos chegaram correndo na delegacia, e um tropeçou no outro. Daí todo mundo riu."

Paula Giolito/Folhapress
Ex-traficante Diego da Silva Santos, 26, o "Mister M"

Ele chegou à delegacia sem saber o que o esperava. Era suspeito de envolvimento no assassinato de Antônio Ferreira, o Tota, chefe do tráfico no Alemão até 2008. "Foi o Mister M que executou o Tota", diz o refrão de um funk do tipo "proibidão".

"Não sabia o que estava devendo na Justiça, mas decidi me entregar. Pensei: seja o que Deus quiser. E fui. O escrivão puxou minha ficha e falou que eu ia sair rapidinho. Eu perguntei: "vou sair rapidinho?" É. Não tem nada contra você não. Só uma associação [ao tráfico]."

Diego entrou para o crime aos 16 anos. Até os 25, idade que tinha ao se entregar, não saiu do Alemão nem uma vez. Comprava as roupas de grife que gostava por encomenda.

Antes de ingressar no tráfico, já havia abandonado a escola, e trabalhado de auxiliar numa van. Ganhava R$ 150 por semana, das seis da manhã às seis da tarde.

"Era estressante, e o dinheiro não dava pra nada. Voltava pra casa e via os caras com moto, tênis e roupa maneira. Era aquela a vida que eu queria."

Os traficantes lhe ofereceram os mesmos R$ 150 para carregar mochilas e fazer pequenos favores. Aceitou. A vantagem, diz ele, era não ter que sair do morro. Ainda não pegava em armas, mas foi ganhando a confiança.

Aos 18, assumiu a função de segurança do chefe do tráfico, passou a andar armado e a receber R$ 500 semanais. Além do dinheiro, a nova posição lhe trazia status. E mulheres.

"É uma das coisas que mais te prendem lá. Era muita mulher mesmo. Cada dia aparecia uma mais bonita, mais gostosa. Da Barra, da zona sul, de todo o Brasil. Conheci até uma italiana. Me faziam várias propostas. Falavam "vamos, vou te levar comigo. Você vai morar na minha casa. Tu é maneiro"."

A mãe sempre acreditou que ia tirá-lo do tráfico. A ponto de, um dia, ter preparado uma armadilha. Diego tinha acabado de almoçar, quando um amigo avisou que sua mãe lhe esperava no pé do morro.

"Cheguei lá e ela estava com um prato bonitão de macarrão. Mas eu tava já com a barriga cheiona. Só depois, na delegacia, ela me contou que tinha colocado uma parada para eu dormir. Imagina se eu como? Nem sei onde ia acordar", lembra ele, rindo. A mãe confirma.

"A gente ia jogar ele no carro e levar para minha casa. Quando acordasse, não iríamos deixar voltar para o morro", diz ela, que mudou-se para Olaria (zona norte) há quatro anos.

Dona Nilza criou sozinha nove filhos. Apenas Diego virou traficante. "Os outros irmãos brigavam muito, mas ele sempre foi tranquilo. Foi para o tráfico por vaidade."

José Júnior, coordenador da ONG AfroReggae, conheceu Diego há quatro anos. "Tem cara que nasceu para o crime. Não era o caso dele. Sempre quis trazê-lo para o AfroReggae. Quando se entregou, tive certeza de que seria nosso."

Diego deixou o presídio de Bangu 3 há duas semanas. Foi absolvido da acusação. Começou a trabalhar no AfroReggae, e terá uma posição de destaque em um novo projeto que a ONG articula com a grife Reserva, a da blusa azul que ele usava no dia em que foi preso.

A empresa lançará o selo AR. As roupas serão vendidas nas lojas da Reserva, e a renda revertida para o AfroReggae. Ele foi escolhido para ser o símbolo desta parceria. Será modelo. Uma baita reviravolta para quem, até então, só posara para fotógrafos dentro de uma delegacia de polícia.

REPERCUSSÃO

A foto de um traficante vestindo uma camiseta de sua marca, publicada nas páginas policiais, poderia ter gerado preocupação no diretor artístico da grife carioca Reserva, Rony Meisler.

Na época, poucos dias após a prisão de Diego, Meisler foi ouvido pela Folha a respeito da possível repercussão negativa na imagem da empresa. "Não achei nem bom nem ruim. A marca inspira desejo e qualquer um pode se identificar com ela", afirmou na época.

O que ele não imaginava é que justamente aquele jovem seria, nove meses após sua prisão, escolhido como símbolo de um dos projetos da grife, em parceria com o AfroReggae.

"Sei que muita gente vai olhar para isso e dizer que é um absurdo, que todo traficante tem mais é que morrer. Mas a verdade é que muito se conversa e pouco se faz para impedir que esses jovens voltem ao crime depois que saem da prisão. O AfroReggae faz um trabalho fundamental, e achei que, como carioca, tinha que ajudar."

Da troca de ideias com José Júnior, surgiu o projeto de lançar um selo que gerasse receita para a ONG. "O projeto não é específico para o Diego. O que queremos é gerar fundos para a reinserção social de muitos outros meninos como ele que são apoiados pelo AfroReggae."

Folha
ANTÔNIO GOIS
DO RIO