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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Macarrão diz que deixou Eliza Samudio em táxi

Macarrão diz que deixou Eliza Samudio em ponto de táxi
Amigo de Bruno faz revelações sobre o caso em entrevista ao Fantástico.
Macarrão disse que Eliza foi para Minas Gerais por vontade própria.


Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, afirmou em uma reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo (31) que deixou Eliza Samudio em um ponto de táxi, no dia 10 de junho de 2010. (Assista ao lado à reportagem)

Macarrão, que é réu pelo desaparecimento e morte da jovem, falou pela primeira vez a uma equipe de televisão de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde está preso há mais de um ano.

“A história de que ela foi dada 'pros' cães e que foi concretada. Eu não fiz isso. Eu deixei num ponto de táxi”, disse.
Macarrão, o goleiro Bruno e Sérgio Rosa Sales estão presos em Minas Gerais e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, respondem em liberdade por sequestro e cárcere privado. Segundo o processo do Ministério Público, Eliza Samudio foi morta no dia 10 de junho de 2010, após ficar em cárcere no sítio do goleiro Bruno em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.

Na entrevista ao Fantástico, Macarrão confirma que esteve com Eliza e com um adolescente, primo do goleiro, dentro de um carro, no Rio de Janeiro. Segundo ele, Eliza começou a xingar Bruno, e o menor deu um soco no nariz dela. Essa versão contraria a do próprio adolescente, que, segundo a polícia, disse ter dado uma coronhada na cabeça de Eliza.

Macarrão diz que não havia arma dentro do carro. “A gente nunca andou armado”, resumiu. O amigo de Bruno diz ter sido ideia de Eliza sair do Rio e ir para Minas Gerais.
Macarrão diz, ainda, que Eliza começou a exigir dinheiro do goleiro para não revelar à imprensa o filho que ele teria fora do casamento. Segundo o amigo do goleiro, Eliza pediu R$ 50 mil na viagem do Rio para Minas para não falar.

Depois, Macarrão contou que pegou dinheiro que tinha guardado no sítio do goleiro, em Esmeraldas, para pagar à jovem. “Na hora eu tirei R$ 33 mil que eu tinha que dar um dinheiro a mãe do Bruno. Ela ainda brincou comigo: ‘me dá esse resto daí também’. Eu dei R$ 30 mil”.


Leia, abaixo, alguns trechos da entrevista exclusiva de Macarrão ao Fantástico.
Macarrão - Passei a cuidar de tudo. De tudo.
Macarrão - Levar ele pro treino, buscar ele no aeroporto. Na hora que ele acordava, o café da manhã dele. O almoço, a roupa na lavanderia. Tudo, tudo.
Macarrão - Eu nunca tive um contato com Eliza Samudio. Até porque eu morava em Belo Horizonte. Passei a ter contato com ela em janeiro, que eu comecei a passar o dinheiro pra ela.
Macarrão - Ela me ligou e pediu que queria conversar comigo. Ô, coração, calma, não é assim, não. Nós vamos resolver. Ela falou: "quero 1.500". Eu vou arranjar o dinheiro pra você, calma. É só confiar que eu vou arranjar.
O amigo de Bruno estava no Rio de Janeiro com um adolescente, parente do goleiro.
Macarrão - Ela começou a falar: "Quem é o Bruno? Quem ela tá achando que ele é?" Começou a xingar, vários "palavrão". E o garoto foi e tomou a dor. E foi e agrediu ela.
Repórter - Dentro do carro?
Macarrão - Dentro do carro. Onde deu um soco no nariz dela.
Produtora - O menor contou em depoimento que quando ele bateu na Eliza com uma arma. Ele conta que foi com uma arma, não com um soco.
Macarrão - A gente nunca andou armado.
Na versão de Luiz Henrique, ele levou Eliza para a casa do goleiro e foi se encontrar com Bruno na concentração do Flamengo, no Rio de Janeiro.
Macarrão – Aí eu conversei com o Bruno. Aconteceu isso, isso e isso. O (menor) deu um soco no nariz dela. "Tá" fazendo pressão lá.
Macarrão - Ele ficou assustado. Então ele: "o que que a gente vai fazer?".
De acordo com Luiz Henrique, depois da agressão, Eliza passou a cobrar R$ 50 mil. Ele tinha R$ 30 mil guardados no sítio do goleiro e eles poderiam viajar para pegar o dinheiro. Eliza Samudio, segundo Macarrão, exigiu ir para Minas Gerais para buscar o dinheiro.
Para a Justiça, Eliza já era vítima de cárcere privado neste momento. Luiz Henrique aponta contradições.
Repórter - Vocês chegaram lá no sítio do Bruno todo mundo junto?
Macarrão - Ela sempre ficou à vontade. Lá no sítio nunca teve corrente. As portas lá não "tinha" chave.
Repórter - Ela tava machucada?
Macarrão - Só a coisa do nariz. Mesmo assim não tava saindo sangue, mais nada.
Em uma entrevista no dia 19 de dezembro de 2010 ao Fantástico, Dayanne Souza, mulher do goleiro, contou outra história.
Dayanne - A única coisa que eu falei desde o começo era que ela tava com um machucadinho no dedo. Eu perguntei a ela sobre o machucado. Ela falou que havia prendido o dedo na porta.
Em uma reconstituição feita pela polícia, Sérgio Rosa Sales, primo do jogador, disse ter visto Eliza com um ferimento no topo da cabeça.
Repórter - Como foi o pagamento do dinheiro?
Macarrão - Na hora eu tirei R$ 33 mil que eu tinha que dar um dinheiro a mãe do Bruno. Ela ainda brincou comigo: ‘me dá esse resto daí também’.
Macarrão - Eu dei R$ 30 mil.
Repórter - Você deu R$ 30 mil. Você já tinha dito isso?
Macarrão - Não. Nunca falei, primeira vez que "tô" falando sobre o processo é agora.
Repórter - Você nunca falou isso pra Justiça? Nem pra polícia?
Macarrão - Quando eu cheguei lá, eu queria falar, mas a polícia ela queria que eu colocasse na conta de alguém. Que eu ia pegar 66 anos, que já tinha "caído a casa". Não tenho como inventar uma história não. A história de que ela foi dada pros cães e que foi concretada. Eu não fiz isso. Eu deixei num ponto de táxi.
Repórter - Por que que esse taxista não se apresentou "eu levei a Eliza Samudio pra algum lugar". Seria uma testemunha a favor de vocês pra provar que vocês, na verdade, não mataram ela.
Macarrão - Meu sonho é que esse cara apareça. Eu não sou amigo do taxista.
Repórter - Você viu ela entrando?
Macarrão - Eu deixei ela no ponto de táxi e já arranquei o carro. Eu tava muito atrasado.
Macarrão - Você me perguntou se a gente gostava dela ou não gostava dela. A gente tinha era medo dela. Sempre teve medo dela.
Após a afirmação, o amigo de Bruno levanta uma suspeita.
Macarrão - No sítio, ela tinha ligado "prum" jogador de futebol. Na época era goleiro do Atlético-MG, o Marcelo. Ela ligou, conversou com ele.
Repórter - Isso quando?
Macarrão - No dia 10
De acordo com o réu, Eliza poderia ter ido se encontrar com Marcelo dos Santos Marinho depois de pegar um táxi. Ouvido pela polícia, ele disse que conversou com Eliza cinco dias antes do desaparecimento. Macarrão afirma que os dois conversaram no dia 10 de junho, dia em que Eliza teria sido morta, segundo o processo.
Pelo telefone, Marinho, que não é mais jogador de futebol, disse ao Fantástico que não fala mais sobre o assunto.
No fim da entrevista, Macarrão reforça a ligação de fidelidade com o goleiro Bruno.
Macarrão - Eu gosto do Bruno. Eu gosto. Amo ele.


Do G1 MG, com informações do Fantástico

domingo, 31 de julho de 2011

Vida de Macarrão, amigo do goleiro Bruno, está em perigo

Vida de Macarrão, amigo do goleiro Bruno, está em perigo, afirma deputado
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas suspeita que 'amigos' do jogador estariam tramando assassinato



Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, abre o jogo: sangue no Land Rover do goleiro Bruno era de Eliza Samudio - Reprodução

As denúncias de irregularidades na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), tornaram-se alvos de preocupação da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além do escândalo de favorecimento de privilégios para o goleiro Bruno Fernandes de Souza, réu no processo de desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, detido na unidade prisional há um ano, há ainda o temor de representantes da comissão de que o braço direito do jogador, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, esteja correndo risco de ser assassinado.

Para o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo, pessoas interessadas em ajudar o atleta estariam dispostas a “jogar pesado” para que toda a responsabilidade do crime seja atribuída a Macarrão. “A qualquer momento podemos nos surpreender com uma confissão do Macarrão, tomando para ele toda a culpa da morte da Eliza. Para essas pessoas, o bom seria se ele fosse morto, porque assim o caso terminaria em pizza", disse o parlamentar.

Entre os interessados em ajudar o goleiro, Durval Ângelo citou a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, suspeita de ter cobrado propina de 1,5 milhão como garantia de libertar o jogador, o delegado Júlio Wilke, e os próprios advogados de defesa de Bruno. O risco de um atentado contra Macarrão levou a Comissão de Direitos Humanos a solicitar a transferência do preso para outra cela – antes, ele ficava junto do goleiro. A transferência de cela foi confirmada hoje pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

A secretaria afirmou que a transferência do réu de cela é um procedimento normal no sistema prisional, e que não tem relação com as denúncias feitas por Macarrão à Comissão de Direitos Humanos no dia 20. Nessa data, o réu afirmou que estaria sofrendo intimidações de funcionários do presídio, que vinham pressionado para que ele assumisse o crime e livrasse o goleiro Bruno.

O deputado afirmou ainda que há dois anos a Comissão de Direitos Humanos vem denunciando irregularidades na Nelson Hungria. Segundo ele, os principais diretores foram denunciados por agentes penitenciários de estar cobrando propina de presos em troca de privilégios. "Os favorecidos não são presos qualquer. São ricos, famosos e criminosos poderosos. A corrupção era grande e infelizmente não há vantagem política de punir e não existe uma fiscalização eficaz para o sistema de carceragem", afirmou o parlamentar.

Em resposta à denúncia, a SEDS enviou nota informando que em abril deste ano toda a direção da Penitenciária Nelson Hungria foi trocada e a funcionária Márcia Ermelinda Fortes, flagrada em escuta telefônica com a dentista Ingrid, atual namorada de Bruno, foi destituída no dia 21 de abril do cargo de diretora de atendimento da unidade, por incompatibilidade com o cargo. O ex-diretor Cosme Dorivaldo foi substituído na Penitenciária em procedimento rotineiro, assim como acontece em outras unidades. Cosme não estaria exercendo nenhuma função executiva atualmente, mas ainda é ligado a SEDS. Sobre as irregularidades por parte da direção e funcionários, a Corregedoria do Sistema Prisional informou que está apurando as denúncias. [Veja - Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)]



Marcada na pele, amizade de Bruno e Macarrão começou em colégio
Dupla fez parte de projeto social no Caic de Ribeirão das Neves


“Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir. Amor verdadeiro”. A frase eternizada em forma de tatuagem nas costas de Macarrão dá o tom de quão estreita é a relação entre Bruno e seu fiel escudeiro, que hoje protagonizam o caso policial mais famoso do país: o desaparecimento de Eliza Samúdio. Capítulo mais misterioso de uma amizade que nasceu graças a um projeto social em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Entrada do Caic, escola onde Bruno e Macarrão se conheceram (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)

Destaque dos times locais, Bruno nunca escondeu o sonho de fazer sucesso no futebol. Mas, como muitos dos jovens brasileiros, sofreu uma decepção em sua primeira passagem por um grande clube. Dispensado do Cruzeiro quando tinha cerca de 16 anos, o jovem desistiu de realizar o sonho de ser jogador e optou por ganhar a vida de outra forma: como treinador de goleiros do “Projeto Toriba”, uma das ações do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic). Foi quando estreitou os laços com Macarrão.

Apesar de precoce, Bruno mantinha a seriedade ao passar sua experiência das passagens pela base do Venda Nova, do Democrata de Sete Lagoas e do Cruzeiro para goleiros em potencial. Um deles era Macarrão. A relação aluno/professor no campo de terra batida, no entanto, ocupava apenas parte do dia da dupla, que permanecia no local para aproveitar as refeições distribuídas gratuitamente, se divertir e paquerar as meninas.

Em 2008, Macarrão esteve no local a convite da reportagem e recordou a época em que conheceu o melhor amigo (assista ao vídeo ao lado).

- Quando foi mandado embora do Cruzeiro pelo Ney Franco, o Bruno resolveu que não ia jogar mais futebol e veio ser nosso treinador de goleiros no projeto Toriba. Ele sempre foi muito determinado. Só pensava em trabalhar, trabalhar, trabalhar... E o pessoal só queria olhar para as meninas. Fico até emocionado por voltar a este campinho. Passamos muita coisa boa aqui. Vínhamos por causa do suco, do leite com achocolatado, mas valia muito a pena. O Bruno merece estar onde está porque sempre foi muito determinado e diferenciado – disse na ocasião.

Na reportagem, Bruno também falou com carinho dos momentos vividos no Caic.

- O que não esqueço é quando nos reuníamos no projeto Toriba que o governo fez. Me lembro que saíamos cedo, 7h, e íamos para o treino. A parte mais engraçada era aquela zoação, um brincando com o outro. Tínhamos que tomar café lá porque não havia nada para comer em casa. Um pegava o biscoito do outro.
Do Caic, a amizade entre Bruno e Macarrão ganhou o país. Onde um estava, era fácil encontrar o outro. Tanto que o goleiro deixava a cargo do amigo a administração de suas coisas. Figura constante em treinamentos e jogos do Flamengo, “Maka”, como é chamado, tinha livre acesso no clube e bom relacionamento com todos.
- Não tenho palavras para descrever o Bruno. Fez e faz muito para mim – dizia.

Frequentadores do Caic lamentam prisão

Bruno, a esposa e Macarrão em momento de lazer
(Foto: Arquivo pessoal)
No Caic, porém, as maiores recordações são somente de Bruno. Mais pela fama que o goleiro ganhou depois do que pelo sucesso feito no local. Devido ao alto número de ações e crianças que passam pelo centro, poucos lembram do ex-treinador de goleiros, mas todos lamentam o destino do ídolo.
- A cidade inteira está muito triste com isso que está acontecendo. Por onde você passar em Ribeirão das Neves só se fala nesse assunto. O Bruno era um exemplo para todo mundo aqui, tratava todo mundo bem. Nas poucas vezes em que estive com ele, sempre foi uma pessoa tranquila. Nunca teve pose só por ser famoso. É difícil acreditar nisso tudo – disse Íris Matias Júnior, um dos frequentadores do local.
Sem Bruno e Macarrão, o Caic segue recebendo diariamente centenas de crianças, construindo “amizades que nem a força do tempo irá destruir” e observando à distância o desfecho de uma polêmica na qual está presente sua maior referência.

Por Cahê Mota
Direto de Ribeirão das Neves, MG




Noiva de Bruno: juíza e ex-advogado cobraram por liberdade
Eles teriam pedido R$ 1,5 mi para tirar o atleta da cadeia
Do Portal Terra

O advogado Claudio Dalledone Júnior, que defende o goleiro Bruno Fernandes, falou nesta segunda-feira sobre a existência de um esquema de extorsão envolvendo a juíza titular da cidade de Esmeraldas (MG), Maria José Starling, e o antigo advogado do atleta, Robson Pinheiro. De acordo com Dalledone, a magistrada entrou em contato com a noiva de Bruno, Ingrid Calheiros, oferecendo um plano para soltar o acusado. Segundo a denúncia feita por Ingrid à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a juíza e o ex-advogado do goleiro teriam pedido R$ 1,5 mi para tirar Bruno da cadeia.

Para Dalledone, o "plano" para extorquir o goleiro e a família dele começou quando Maria José Starling, em uma das audiências no caso no fórum de Esmeraldas em outubro de 2010, afirmou que Bruno já deveria estar solto. Para justificar a ideia, a magistrada comparou o caso ao assassinato da advogada Mércia Nakashima, em São Paulo, cujo corpo foi encontrado em uma lagoa e o ex-namorado dela estava solto à época. Para ela, o fato do corpo de Eliza Samudio não ter sido localizado pela polícia mineira seria um dos motivos para o goleiro estar livre.

À comissão de Direitos Humanos da Assembleia de Minas Gerais, Ingrid afirmou que o acerto entre a juíza e o advogado Robson Pinheiro foi registrado em um contrato. O documento garantiria que, ao ingressar com o pedido de liberdade no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Bruno seria solto em 48h. Ingrid revelou ainda que, na semana em que o advogado deveria entrar com o pedido, foi cobrado um adiantamento. O advogado de Bruno, Claudio Dalledone Júnior, disse que tomou as medidas necessárias com relação ao caso e que, a história fere "a dignidade se seu cliente". "Deixem o Bruno se defender, chega de gente oferecendo serviço e vendendo vantagens", disse.

Em nota, o advogado Robson Pinheiro disse que sua conduta sempre obedeceu "às normas éticas, legais e contratuais" e que rescindiu o contrato em fevereiro deste ano, quando o pedido de habeas corpus estava prestes a ser apresentado no TJ-MG. Procurado, o Tribunal de Justiça informou que o advogado da magistrada, Getúlio Barbosa Queiroz, se pronunciaria sobre o caso. Queiroz negou que sua cliente tenha tido qualquer participação no contrato. E disse que a responsabilidade do caso é somente do advogado Robson Pinheiro.

O caso Bruno

Eliza desapareceu no dia 4 de junho de 2010 quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano anterior, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, então com 4 meses, estava lá. A mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em dois depoimentos, admitiu participação no crime. Segundo a polícia, o jovem de 17 anos relatou que a ex-amante de Bruno foi levada do Rio para Minas, mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Todos negam participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação de uma namorada do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida. O Ministério Público concordou com o relatório policial e ofereceu denúncia à Justiça, que aceitou e tornou réus todos os envolvidos. O jovem de 17 anos, embora tenha negado em depoimentos posteriores ter visto a morte de Eliza, foi condenado no dia 9 de agosto pela participação no crime e cumprirá medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado.

No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal, e seu amigo, três anos de reclusão por cárcere privado. Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio e Bola serão levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson também irão a júri popular, mas por sequestro e cárcere privado. Além disso, a juíza decidiu pela revogação da prisão preventiva dos quatro. Flávio, que já havia sido libertado após ser excluído do pedido de MP para levar os réus a júri popular, foi absolvido. Além disso, nenhum deles responderá pelo crime de corrupção de menores.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bola, preso com goleiro Bruno, planeja matar juíza e delegado, diz advogado de acusação

O advogado José Arteiro Lima, que atua na acusação do caso Eliza Samúdio, apresentou nesta segunda-feira uma denúncia contra o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. Segundo ele, Bola planeja matar o delegado e a juíza responsável pelo processo.

O ex-policial teria contado o plano a
 um colega de cela em Contagem
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
Segundo o advogado, as informações partiram de um detento que dividiu cela com Bola no presídio Nelson Hungria, em Contagem (MG). O homem disse, ainda segundo Lima, que Bola encomendou a morte do delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil, e da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, a traficantes cariocas.

O advogado diz também que o detento ouviu de Bola a confissão do assassinato da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes e a informação de que ele jogou as cinzas de Samúdio em uma lagoa --periciada por policias durante o processo.

Lima é advogado da mãe de Eliza Samúdio e atua como assistente da acusação. Ele protocolou a denúncia no Fórum de Contagem na manhã desta segunda-feira. A juíza ainda não se manifestou.

O delegado disse que Bola deve ser ouvido pela Justiça. "Não tenho nada a temer", afirmou.

O detento que fez a denúncia foi transferido para outra penitenciária.

Folha Uol
RAPHAEL VELEDA - DE BELO HORIZONTE

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Memória: Há um ano, goleiro Bruno comemorava com Macarrão

Há um ano, goleiro Bruno comemorava o título brasileiro do Flamengo com Macarrão
Dupla estava junta no Prêmio Craque do Brasileirão de 2009.


Condenado pela Justiça do Rio nesta terça-feira a quatro anos e seis meses de prisão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza Samudio, Bruno vivia um conto de fadas há exatamente um ano. Na festa do Prêmio Craque do Brasileirão de 2009, o goleiro comemorava o título do Flamengo ao lado do inseparável amigo Macarrão, também condenado por cárcere privado, com pena de três anos.

foto: Globoesporte.com

Macarrão e Bruno comemorando o título brasileiro do Flamengo em 2009

Fonte: Globoesporte.com