domingo, 3 de junho de 2012

Riscos, perigos e complicações da cirurgia da aumento do pênis

Riscos, perigos e complicações da cirurgia da aumento do pênis

Como qualquer procedimento cirúrgico, o procedimento de aumento do pênis tem sua própria quota de riscos e complicações associados. Não obstante o fato de que o anestésico utilizado durante o procedimento traz consigo as suas próprias complicações e riscos.

A cirurgia consiste no corte de um ligamento do pênis, o suspensório. Esse tendão é encarregado de unir o órgão à bacia e permite que o membro fique para cima. Com a operação, o paciente ganha, no máximo, dois centímetros. “As complicações não são desprezíveis. É uma região que cicatriza mal e o ligamento está muito próximo do nervo responsável pela sensibilidade. A pessoa pode perder a capacidade de ter ereção”, alerta Glina. Palma também alerta que a firmeza fica ameaçada. É uma intervenção que exige prudência. Afinal, sofrer de impotência é um dos maiores medos do homem.

O andrologista gaúcho Bayard Fischer Santos é defensor da cirurgia de alongamento peniano e reconhece os riscos. “Ela só é indicada para maiores de 40 anos. Depois de operado, o homem precisa fazer fisioterapia para que o processo de cicatrização não force o pênis a se retrair”, diz. Ele afirma que apenas cirurgiões especialistas no aparelho genital masculino podem fazer a operação. “Nos Estados Unidos, ela é uma das plásticas estéticas masculinas mais solicitadas”, assegura. Santos soube por meio da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos de Pênis (uma entidade médica que realiza congressos periódicos) que a previdência americana cobre o tratamento para quem tem menos de 10 cm. “O paciente tem de passar por uma junta da previdência”, emenda.

Há opções para quem não quer saber de mesas cirúrgicas. Mas elas também são controvertidas. “É possível usar um aparelho de fisioterapia para ganhar alguns centímetros. Mesmo assim, o paciente tem de seguir um protocolo de atendimento médico”, esclarece Santos. Ele se refere a um equipamento aprovado pelo Ministério da Saúde em outubro. É um dinamômetro (ou extensor) que traciona a haste peniana. Ele força o órgão a se estender, puxando-o desde a base até a glande. De acordo com Santos, qualquer homem pode adotar o aparelho.

A cirurgia consiste no corte de um ligamento do pênis, o suspensório.
Se as alternativas cirúrgicas já causavam polêmica entre os médicos, os aparelhos que prometem alongar o membro põem mais lenha na fogueira. “Não há estudos comparativos desses equipamentos que comprovem eficácia”, assegura Palma, professor de urologia da Unicamp. Glina também é cético. “Esses aparelhos não foram testados seguindo critérios sérios”, dispara. O cirurgião vascular Alfredo Romero, diretor do Ibrasexo e especialista em sexualidade humana, rebate as críticas, argumentando que diversas descobertas da ciência tiveram de enfrentar o preconceito dos médicos. “Foi assim com a psicanálise”, exemplifica.

Romero não vê problemas em indicar os extensores para seus pacientes. Existem três modelos básicos: o dinamômetro (que pesa entre 600 g e 1,5 k), os que usam peças a partir de 300 gramas penduradas na glande e os elásticos (que puxam o pênis por meio de fios amarrados na perna). Esses apetrechos, de acordo com Romero, podem causar lesões se não houver acompanhamento médico. O único produto que ele condena é a bomba a vácuo. “Ela não faz crescer e sim inchar. A sucção arrebenta os microvasos penianos, escurecendo o órgão para sempre. A pressão pode criar uma troca de sangue entre os corpos cavernoso e esponjoso do pênis, o que leva à perda de potência”, avisa. O dinamômetro é um dos aparelhos mais procurados. Desde outubro, foram vendidas mais de 800 unidades. “Cada um custa R$ 1.450, parceláveis em 15 vezes”, garante o diretor da Surgest Medical, Walter Mildner, que comercializa o extensor. Ele está tão feliz com os resultados que se permite fazer troça do próprio nome.“É Walter, com M de machão ao contrário”, brinca.
(Fonte: ÉPOCA)


Engrossamento do Pênis - Bioplastia Peniana

Pergunte a qualquer homem se está satisfeito com o próprio pênis. A chance de que ele diga não é de 90%, segundo médicos acostumados a ouvir lamentações. Além de alongar, a maioria gostaria de modificar a espessura de seu pênis. Quando isso era apenas uma fantasia, não havia problema. Ocorre que, recentemente, os homens passaram de fato a engrossar o pênis – com resultados frequentemente desastrosos, que vêm sendo percebidos nos consultórios médicos. O cirurgião vascular Carlos Araújo, de São Paulo, diz que tem atendido em média cinco pacientes por mês com problemas decorrentes desse procedimento. “Eles chegam com inflamações e deformações. O pênis fica igual a um saco de batatas”, diz o médico.

O profissional liberal paulistano que prefere ser identificado como Sérgio, de 35 anos, é uma das vítimas dessa situação. Infeliz com a grossura de seu pênis, ele descobriu na internet, no ano passado, um médico que prometia aumentá-la. Pagou R$ 3.500 por uma aplicação de PMMA (polimetilmetacrilato, líquido usado em preenchimentos estéticos). Logo começou a sentir dores, ardência e dificuldade nas relações sexuais. Foi diagnosticado com uma séria inflamação, que pode acabar em cirurgia. “Eu me arrependo muito. Estou com problemas psicológicos

Do ponto de vista legal, esse tipo de procedimento não é irregular. O PMMA foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como material para aumentar a espessura de pênis e de lábios vaginais. Apesar disso, a comunidade médica não recomenda essa utilização. “O PMMA é mais indicado em cirurgias reparadoras, normalmente no rosto. Para engrossar o pênis está fora de questão”, diz o cirurgião José Tariki, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O Conselho Federal de Medicina concorda. “A técnica não é proibida, mas não aconselhamos. Carece de comprovação científica”, diz Antônio Gonçalves Pinheiro, da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica. O aumento da espessura tampouco é recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). “É uma técnica experimental. Já vi muitos pênis deformados”, diz Eduardo Bertero, chefe do Departamento de Andrologia da SBU. Ele tem atendido, em média, três pacientes por mês com problemas decorrentes do “preenchimento”.

Bertero diz que a maioria dos homens que procuram o procedimento são jovens com pênis normais. A média do brasileiro, ereto, é de 12 a 14 centímetros de comprimento e de 6 a 8 centímetros de perímetro. Depois do preenchimento, afirma, o pênis pode ficar disforme, com consistência meio gelatinosa e “absurdamente pesado”. Por que os homens embarcam nessa? “O pênis é um instrumento de poder. Os que têm tamanho acima da média divulgam, e os que têm tamanhos normais se acham anormais”, diz o urologista Celso Marzano. Com o PMMA, os homens costumam ganhar entre 5 e 8 centímetros no perímetro do pênis. “É um absurdo. Há pacientes que nem conseguem mais penetrar a própria mulher”, afirma Carlos Araújo.


Apesar dos argumentos em contrário, há vários médicos que praticam o engrossamento de pênis – embora não gostem de falar sobre isso. Dos quatro procurados por ÉPOCA, apenas o cirurgião Bayard Fischer Santos, de Porto Alegre, concordou em dar entrevista. Ele é o personagem central de um site na internet com o nome de Vítimas do Dr. Bayard e Outros Operadores de Pênis. “Isso tudo é balela. A técnica é das mais seguras que existem. Já fiz em mais de 5 mil pacientes desde 1988”, afirma. Os homens que chegam ao consultório dele querem aumentar, em média, de 4 a 5 centímetros o perímetro do pênis. Bayard Santos diz que “pênis com menos de 13 centímetros de perímetro não preenche direito a vagina”. Mas, mesmo nos homens que atingem essa medida, ele faz o procedimento se o paciente desejar. “Se chegar a 14 ou 14,5 centímetros de perímetro, melhora a qualidade do ato”, ele afirma. Diz também que geralmente a mulher se posiciona contra, mas depois pede para o homem colocar mais. Sobre a quantidade de material injetada, ela é experimental. “Injeto o necessário para chegar à medida que a pessoa quer”, afirma. Bayard diz que cada 10 mililitros aumentam de 0,6 a 0,8 centímetro o perímetro. Então, conforme o que o paciente pede, ele vai injetando de 10 em 10 mililitros. Geralmente são duas aplicações. Bayard diz usar mais de uma substância, com diferentes resultados. “O PMMA é para os que querem nódulos no pênis, para um sexo diferenciado”, diz ele. Nos Estados Unidos, a técnica é condenada pela Associação Americana de Urologia como “insegura e ineficaz”. O neurourologista israelense Yoram Vardi, que fez duas revisões da literatura médica sobre engrossamento de pênis, chegou à mesma conclusão: “Não há nenhuma indicação para esse tipo de procedimento na literatura médica”.

Indiferente à polêmica, o representante comercial paulistano Alexandre, de 32 anos, está satisfeito com as duas aplicações que fez em 2008 e que lhe custaram R$ 7 mil. “Eu faria tudo de novo”, diz ele. Alexandre procurou o médico porque achava que havia “algo de errado” com seu pênis. Bayard Santos o examinou, disse que suas medidas eram normais, mas que poderiam melhorar. Alexandre topou, fez o preenchimento e diz estar feliz. “É uma roleta-russa”, afirma o cirurgião Carlos Araújo. Vale a pena desafiar a sorte e pôr em risco uma das partes mais sensíveis da anatomia masculina? Isso depende de cada um. Mas a psicoterapeuta Fernanda Robert desaconselha. Ela diz que aumentar ou engrossar o pênis não muda o comportamento sexual dos homens: “Se a pessoa está infeliz com sua sexualidade, isso não vai mudar”.


Embora prometa texturas exóticas, o procedimento resulta num pênis de consistência gelatinosa

O procedimento tanto pode ter resultados satisfatórios como causar as seguintes complicações: infecções, nódulos, perda de sensibilidade e atrofia do pênis. Se a substância for injetada dentro do corpo cavernoso, pode causar gangrena e necrose na região 

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