Segundo a pesquisa, a prática pode retardar os efeitos de doenças, melhorando a qualidade de vida. "Este passeio me deixa muito feliz", diz a aposentada "quero cantar até o dia em que morrer" No ônibus ninguém liga se os cantores são afinados ou não. Se a música é um clássico ou brega. O importante é cantar. Um estudo feito em Tóquio mostrou que isso ajuda a combater males ligados ao envelhecimento. Os inventores do karaokê descobriram uma razão científica para soltar a voz. O estudo foi feito em um hospital que trata idosos com doenças como Alzheimer e senilidade. O criador do método, Takehiko Akaboshi, de 80 anos, acompanha no teclado. A mulher dele mostra que os instrumentos têm calosidades, que estimulam as terminações nervosas das mãos. E explica que, ao seguir a música, os idosos desenvolvem a coordenação motora. A professora incentiva os alunos: "Depois dos 60, a gente começa a curvar a coluna. Quando enche o pulmão para cantar, a coluna se ajeita automaticamente". Um grito de "viva" para animar, o aquecimento das cordas vocais e o ensaio dos instrumentos. Aos poucos, eles vão pegando o jeito. E se transformam num coral afinado e no ritmo. É um feito enorme: muitos deles não respondiam a estímulos, não sorriam e alguns nem falavam. A pesquisa feita pelo médico Kazutomi Kanemaru analisou o cérebro de sete idosos com Alzheimer. Só um não teve melhoras. Na imagem, as manchas vermelhas e amarelas são áreas do cérebro que estão funcionando normalmente. Em uma nova imagem, feita oito meses depois, as áreas vermelhas e amarelas ficaram maiores, o que significa que voltaram a funcionar. O doutor Kanemaru alerta que a música não cura as doenças da velhice, mas retarda os efeitos, melhorando a qualidade de vida. A turma do ônibus musical não tem nenhuma doença degenerativa. Eles cantam por diversão e prevenção. E se essa cantoria toda incomodar alguém, agora eles têm uma boa desculpa: foi o médico que mandou. Fonte: G1 |
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Pesquisadores japoneses afirmam que cantar faz bem à saúde
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