sábado, 5 de maio de 2012

'Lobisomem' aterroriza no interior do Ceará

'Lobisomem' assusta moradores no interior do Ceará 13/07/2008
Indivíduo furta ovelhas e arromba residências na zona rural de Tauá.
Delegado disse que alguém está usando máscaras para impressionar moradores ingênuos.
Imagem meramente ilustrativa

Moradores da zona rural de Tauá (CE) estão assustados com a ação de um 'lobisomem' que está furtando ovelhas e arrombando residências na região. Dois casos foram registrados pela Polícia Civil da cidade na quarta-feira (9).

Apesar de ser lua nova na segunda-feira (7), uma mulher afirmou à polícia ter visto um indivíduo "meio homem e meio lobo". Na terça-feira (8), um garoto de 12 anos também disse aos policiais que viu uma figura semelhante perto de sua casa.


 Ambos os relatos indicam que a figura é "muito feia e exala cheiro de enxofre". "Acredito que se trata de uma pessoa que usa uma máscara de lobisomem para assustar os moradores da região, que acreditam muito em folclore. São pessoas inocentes e ingênuas", disse Marcos Sandro Lira, delegado regional de Tauá.

Ele confirmou ter registrado dois boletins de cocorrência sobre o caso. "Estamos investigando um possível grupo que está agindo dessa maneira para cometer crimes, mas nada que seja sobrenatural", disse Lira.

Na cidade, o caso já foi apelidado de o "mistério da meia-noite" e vem sendo tratado com humor.

No sul do país
Em abril deste ano, moradores de Santana do Livramento (RS) também passaram momentos de terror com ataques do "Homem da Capa Preta". Sem conseguir dados concretos sobre as aparições, a investigação encarou os registros como folclore. "Infelizmente, temos coisas mais importantes para resolver", disse o delegado Eduardo Sant'Anna Finn.

Piada ou realidade, o pastor Valério Silveira, 71 anos, decidiu reagir e adotou uma medida de emergência para ajudar a proteger os fiéis da Casa de Oração. Ele distribui crucifixos "ensangüentados", pintados de vermelho, afirmando que o objeto afugenta o "Homem da Capa Preta".  [Fonte: G1]

Vídeo: Lobisomem de Três Lagoas



A Lenda do Lobisomen
Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.

Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.

Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez e uiva para a lua.

Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cães atrás. Nessa noite, ele visita 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante pro alto.

Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.

Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.
Em todas as cidades, vilas e povoados do Brasil, o Lobisomem faz parte da mitologia local. Embora os motivos para se ser Lobisomem variem de um lugar para o outro, a tradição portuguesa ainda vive:"Toda mulher que tiver sete filhos machos, pode ter certeza que um deles vira Lobisomem. E, sendo sete meninas, uma, cedo ou tarde, vira Bruxa".

No sul do Brasil, há a crença de que seja castigo por incesto. Diz assim a tradição: "Eram os homens que havendo tido relações incestuosas, emagreciam; todas as sextas, alta noite, saíam de casa transformados em cachorro ou porco, e mordiam as pessoas. Quem fosse mordido ficava sujeito a mesma maldição".

No norte, a maldição não tem razões morais. O Lobisomem é uma determinante do "amarelão" (ancilóstomo), ou paludismo. Todos os anêmicos são dados como candidatos à maldição. Transformados em lobos ou porcos, cães, ou animais misteriosos, correm dentro da noite atacando homens, mulheres, crianças, todos os animais recém-nascidos ou novos. Suga o sangue das vítimas para continuar vivo.

No Brasil, não há mulher Lobisomem. O Lobisomem em sua aparência humana é fastidioso. Gosta de comida salgada, picantes, e vive sempre com muita sede. Anda devagar, bocejando, e é sempre pálido.
O Lobisomem paulista, segundo historiadores é coprófago: "Quando a pessoa é branca, vira um cachorrão grande e preto e quando é negro vira um cão branco, que sai toda sexta para comer cocô de galinha. Depois disso ele vai em busca de crianças de colo para lamber suas fraldas sujas. Também procura por crianças que ainda não foram batizadas para comê-las".

Conserva-se no sul do Brasil, de forma mais pura, a tradição européia e clássica do "castigo divino" e no norte há uma adaptação etiológica, material e simples.

No geral, eis o retrato resumido do Lobisomem:

"É um homem amarelo, pálido. Precisa de sangue para não morrer. Numa encruzilhada, tira a roupa, deixa ao avesso. Dá sete nós em qualquer parte da roupa. Deita-se e roda, da esquerda para a direita e vira bicho. Prefere atacar criaças e bichos novos. Mas, na falta destes, ataca os adultos. Qualquer furada no seu corpo que sangre, o livra da maldição. Se desfizerem os sete nós dados na roupa do Lobisomem, este fica para sempre correndo como bicho".
O Lobisomem - Notas Complementares:

Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia), Loup-garou (Europa), etc.

Origem Provável: É Grego, mas se tornou Mito universal. Na Roma antiga já era mencionado pelo historiador Plínio. Além de lobo, na Europa, ele, pode se transformar também em Jumento, Bode ou Cabrito Montês. Nas versões latina (romana) e grega, ser Lobisomem é um castigo. Sua forma mais comum é um animal vulpino alto, com grandes orelhas. O Lobisomem Gaulês conserva as extremidades humanas e a cabeça de lobo.

Na África a mulher pode se tornar hiena ou pantera. Na China, loba. Na Armênia também, por penitência de pecado mortal. Nas Américas não há Lobisomem feminino.

O processo de encantamento e cura:
Não há muita diferença entre o do resto do mundo e o nosso.
Para transformar-se todos se espojam numa encruzilhada. O primeiro cantar do galo o fará voltar ao local para se tornar humano. Ele é invulnerável a tiro. Só uma bala untada com cera de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na noite do Natal. Qualquer pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue, também o desancanta. [Fonte: sitededicas.uol.com.br]

Lobisomens

Licantropia

Uma doença na qual uma pessoa se transforma em um animal, cuja muitas culturas no mundo todo acreditam. Esta crença é datada na antiguidade, e usualmente o animal mais perigoso em cada área - tigres no sul da Ásia e Japão, hiena ou leopardo na África, gato na Inglaterra e urso e lobo na Europa e norte da Ásia - está conectado com essa doença. Nos dias de hoje a licantropia é descrita como um alucinação (seja por influência de drogas psicotrópicas ou doença mental) de que uma pessoa possa ser transformada em um animal. Em certos casos, a Licantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns licantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo. O termo ver do grego "lukos" (lobo) e "anthropos", (homem), e histórias de tal metamorfose estão presentes na mitologia grega e folclore europeu.


Na mitologia grega, Lycaon (um lendário rei da Arcadia) tentou enganar Zeus para que ele comesse carne humana, mas foi descoberto e transformado em um lobo, como castigo. Aparentemente, este mito foi associado com um antigo culto no qual um sacrifício incluindo carne humana era preparado pelos sacerdotes que o desempenhavam, e quem quer que provasse da carne seria supostamente transformado em um lobo. Esses rituais eram mantidos anualmente no Monte Lycaeus na Arcadia.

Na Roma antiga existia também uma supersticiosa crença de que o poder da mágica e encantos pudessem transformar um homem em lobo.

A superstição do lobisomem prevaleceu na Europa medieval, usualmente envolvendo a transformação de um humano em lobo sob a influência da lua cheia, incursões noturnas nas florestas para atacar e devorar animais e pessoas, e a regressão à forma humana. Era também uma crença comum naqueles tempos, de que bruxas pudessem transformar a si próprias em animais a fim de vagar pela noite e atacar e devorar humanos para satisfazer sua sede de sangue, e então retornar à forma humana. Acreditava-se, ainda, no mito de que a licantropia fosse uma maldição, passada adiante entre membros de uma família amaldiçoada ou pela mordida de um outro lobisomem.

As lendas sobre Lobisomens tiveram seu auge na Europa, ao final do século XVI. Devido à grande quantidade de lobos no território Europeu, o medo das pessoas era tão forte e real que serviu para itensificar mais ainda a crença nas lendas. O lobo, em sua forma natural, foi dito de possuir qualidades demoníacas, como ser semi-noturno, cor cinza, uivar, presas afiadas, olhos que brilhavam em amarelo, verde e vermelho e tendência a ser quieto e oculto durante a caça. Na França, mais de 30.000 ações judiciais contra Lobisomens aconteçeram. E quase 100 delas foram executadas pois eles teriam cometido seus crimes na forma de um lobo. Na verdade esses pobres diabos eram apenas Lincantropos. Nos tempos da "Caça às Bruxas", milhares de lobos foram mortos no território da Europa, em um lamentável nível quase total de extermínio da população lupina.

Hierarquia das Famílias

Um Lobisomem Alpha pode gerar uma série de Lobisomens Beta na terra, tanto por reprodução quanto atravéz de mordida. Este deve absolutamente manter a lealdade dos Lobisomens Beta, porque se não, como são imortais, o resultado será sangrentas batalhas pela liderança da alcatéia. Certos Lobisomens rebeldes podem instigar atritos em uma alcatéia. Sem dúvida, os Lobisomem Alpha, mesmo sendo o líder, não pode realmente machucar um Lobisomen Beta de sua família, pois neste caso todos os danos que ele infligir, serão também infligidos nele próprio, podendo levar à morte. Por outro lado, um Lobisomem Beta pode matar um Lobisomem Alpha sem dificuldade e, assim, libertá-lo da maldição. Para a sorte do Lobisomem Alpha, a alcatéia pode controlar os rebeldes, pois um Lobisomem Beta pode matar outro Lobisomem Beta sem problemas. Usualmente, o Lobisomem Alpha é protegido por um ou mais Lobisomens Beta.

É similar à árvore genealógica onde nenhum pode ferir seus descendentes, mas sim, ferir seus ancestrais e irmãos e , ainda, com o fato de que matar um ancestral irá causar uma quebra na cadeia e abençoar todos da mesma família. A maldição é quebrada quando o Lobisomem Alpha é eliminado.

mundodascuriosidades

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