Cientistas descobrem mudança genética que favorece desenvolvimento da doença
Teste deve ajudar médicos a identificar pacientes que devem passar por ações específicas de prevenção contra o câncer de mama. (Thinkstock)
Um simples exame de sangue pode ajudar a prever a possibilidade de uma mulher desenvolver câncer de mama. Cientistas do Imperial College, em Londres, descobriram uma associação entre o risco da doença e uma alteração genética nas células brancas do sangue. Segundo os pesquisadores, um teste que analise mudanças específicas no gene ATM dessas células pode medir a possibilidade de uma paciente desenvolver o câncer. Isso poderia ajudar os médicos a identificar mulheres que se beneficiariam de ações preventivas contra a doença.
A metilação é um mecanismo epigenético, que faz com que fatores ambientais modifiquem o DNA. Ela funcionaria como um interruptor, ligando ou desligando o gene. Entre os fatores ambientais que poderiam desencadear tal reação estão o fumo, poluição, radiação, envelhecimento e consumo de álcool. Os pesquisadores, no entanto, não souberam apontar por que uma mudança no DNA das células brancas favoreceria o desenvolvimento do câncer.
Os cientistas já sabiam que alguns fatores genéticos podiam desencadear o câncer, mas ainda faltavam estudos sobre sua epigenética. Agora, com a nova pesquisa, eles podem ver como alterações no DNA aumentam o risco de um paciente desenvolver a doença, com até décadas de antecedência.
Câncer de mama: 17% dos diagnósticos errados nos EUA
Nova York
Um erro de diagnóstico, não raro, mais uma vez levanta a polêmica sobre a necessidade de triagem precoce do câncer de mama. Com os avanços tecnológicos e exames cada vez mais sofisticados, patologistas precisam opinar sobre lesões cada vez menores, algumas do tamanho de um grão de sal, e que muitas vezes podem ser benignas ou tumores malignos em fase inicial.
Nos EUA, chamou a atenção o caso da enfermeira Monica Long, como foi noticiado no jornal "The New York Times". Em 2007, ela recebeu de um patologista num pequeno hospital em Cheboygan, em Michigan, um diagnóstico de câncer em fase inicial a partir de uma biópsia. Então Monica passou por uma cirurgia extensa seguida, que tirou um pedaço de sua mama, quase do tamanho de uma bola de golfe. Agora, três anos depois, ela descobre que foi vítima de um erro médico.
O novo mastologista está certo de que Monica nunca teve a doença, chamada de carcinoma ductal in situ, que aparece em microcalcificações no exame de mamografia e tem indicação de biópsia. Mas esta alteração pode ser também um processo benigno. No caso da americana, ela passou inutilmente por cirurgia, radiação, uso de medicamentos e, principalmente o medo de morrer.
Como na maioria das mulheres, os médicos na primeira avaliação tinham considerado a biópsia de mama como o exame padrão-ouro, uma técnica infalível para identificar o câncer. Porém entender a diferença entre algumas lesões benignas e câncer de mama em estágio inicial é uma área particularmente difícil da patologia. O problema levou o governo federal americano a financiar um estudo nacional de variações de patologia mamária, com base em preocupações que 17% dos casos de cânceres ductal in situ identificados por uma agulha de biópsia podem ser confundidos.
No ano passado, numa revisão de estudos, um grupo independente de especialistas dos EUA recomendou que as mulheres só façam mamografias a partir dos 50 anos e não a partir dos 40 anos.
Medicamento
Um painel da Agência de Drogas e Alimentos (FDA, na sigla em inglês) disse ontem que a indicação para o medicamento Avastin, que é usado no tratamento do câncer de mama, deveria ser removida, após testes terem fracassado em demonstrar os benefícios do remédio. A FDA tomará a decisão final sobre se removerá ou não a indicação. Se isso ocorrer, significará que a indústria farmacêutica Hoche Holding AG, que produz o Avastin, não poderá comercializar o produto para tratamento de câncer de mama, embora possa continuar a vendê-lo para uso nos tratamentos de câncer de cólon, pulmões e outros tipos para a qual foi aprovado.
O governo dos Estados Unidos decidiucriar uma comissão para investigar a suspeita de erros em resultados de exames para detectar o primeiro estágio do câncer de mama. A notícias foi divulgada pelo jornal "The New York Times", que relatou casos de mulheres que teriam sido operadas sem necessidade.
Entre todos os tipos de câncer de mama, o mais comum é o carcinoma ductal. Ele ataca as células do canal por onde passa o leite materno e pode se espalhar pelo seio. O primeiro estágio desse tipo de câncer.
Em três horas, médicos tratam câncer de menina
Em uma cirurgia pioneira, médicos britânicos trataram em apenas três horas um câncer de osso localizado na canela de uma menina de seis anos de idade. O procedimento de alta precisão técnica envolveu a remoção de 8 cm do osso, aplicação de radioterapia na parte afetada e a reinserção do osso, já sem câncer, no corpo. A operação foi conduzida pela primeira vez na Grã-Bretanha sob um único teto, o centro de tratamento de câncer da Harley Street Clinic, em Londres. “Até então, o osso afetado por câncer tinha de ser enviado a um hospital localizado a cerca de meia-hora enquanto o paciente aguardava na mesa de operação por pelo menos uma hora”, disse o cirurgião que realizou o procedimento, Rob Pollock. (A GAZETA)
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