quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Explosão na Praça Tiradentes, centro do Rio, deixa ao menos 3 mortos e 10 feridos

Explosão no centro do Rio deixa ao menos 3 mortos e 10 feridos

RIO (Reuters) - Pelo menos três pessoas morreram e dez ficaram feridas numa explosão provavelmente provocada por vazamento de gás num prédio na área da Praça Tiradentes, na região central do Rio de Janeiro.

A explosão ocorreu por volta das 7h30 da manhã desta quinta-feira em um prédio comercial e residencial na Rua da Carioca. No primeiro piso funciona uma lanchonete. O estrondo assustou moradores da região e comerciantes.

A fachada do prédio e vidraças do edifício ficaram destruídas e os destroços se amontoam na porta do prédio, bem como galhos de árvore e vários materiais. Uma banca de jornais em frente ao edifício também foi atingida.

"Os mortos são três adultos que provavelmente trabalhavam na lanchonete. Pelo tipo de desastre, há fortes características que indicam ter sido vazamento de gás. Os oficiais confirmam ter sentido forte cheiro de gás no local", disse à Reuters o major Gil Kempes, do Centro Estadual de Administração de Desastres, da corporação dos bombeiros. Segundo o major, dez feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar.

"A terra chegou a tremer. Parecia até um terremoto ou coisa do gênero", disse à Reuters um hóspede de um hotel a poucos metros do acidente. "Estamos entrando no interior do prédio para saber se há mais vítimas", declarou um bombeiro

Ruas do centro da cidade foram interditadas ao trânsito em razão do acidente, o que prejudicou bastante o tráfego no horário de pico.

O local onde ocorreu a explosão é um ponto tradicional do Rio de Janeiro . Ali perto estão o Teatro Tiradentes, lojas de diversos tipo, hotéis s e uma das praças mais tradicionais da cidade. Um pouco mais à frente estão os prédios do BNDES e da Petrobrás.

Prédio destruído após a explosão

Toda a região está interditada pelo Corpo de Bombeiros, pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal. Uma banca de jornais que estava em frente ao edifício ficou totalmente destruída. A Praça Tiradentes e toda região foi atingida. Um fogão foi parar no meio da rua e aparelhos de ar condicionado estão pendurados e muitas vidraças quebradas na fachada do prédio. A hipótese de ser uma explosão de um bueiro foi descartada.

Existe um restaurante no térreo do prédio que fica localizado na esquina das ruas da Carioca e Visconde de Rio Branco, na altura da Praça Tiradentes. Os corpos das vítimas fatais foram arremessados por cerca de 40 metros, após explosão.

As ruas da Carioca, Silva Jardim, Da Assembléia, Praça Tiradentes e Visconde do Rio Branco entre outras estão interditadas.

'Tudo acabou', diz dona de sorveteria atingida por explosão no Centro do RJ
Aos prantos, Márcia Almeida se desesperou ao ver tudo destruído. 
Explosão deixou 3 mortos e pelo menos 13 feridos nesta manhã. 

Dona de sorveteria é amparada
(Foto: Carolina Lauriano/G1)

Aos prantos, Márcia Almeida, dona de uma sorveteria atingida pela explosão que aconteceu no Centro do Rio na manhã desta quinta-feira (13) se desesperou ao chegar à loja para trabalhar e ver tudo destruído. A explosão deixou três mortos e pelo menos 13 feridos.

“Eu ouvi no rádio, vindo pra cá, mas não sabia que era a minha loja. Tudo acabou, meu Deus”, disse ela que é proprietária do imóvel há 1 ano.

A explosão aconteceu na lanchonete Filé Carioca, que fica num prédio de onze andares na Praça

Tiradentes, perto da Rua da Carioca. A sorveteria fica ao lado do local atingido.

O local fica a cerca de 30 metros de um posto da Polícia Militar.

Pelo menos 40 bombeiros do quartel Central estão no local para atender as vítimas. Segundo o coronel Hélio Oliveira, assessor de comunicação dos bombeiros, há pelo menos 13 feridos, sendo três em estado grave. As vítimas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro.

“É um cenário de guerra. Parece que a gente está no Iraque. É uma coisa espantosa, inacreditável. Pessoas foram arremessadas a cinco metros”, disse o cabo Dielson da Silva Evangelista, que está no local.

Procurada pelo G1, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente. Já a Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse que enviou um equipe ao local para apurar se a explosão foi causada por algum vazamento de gás da sua rede ou por botijão de gás.
Pessoas observam fora da área isolada

Interdições
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que as ruas da Carioca, Assembleia,  Visconde de Rio Branco e República do Paraguai, altura da Evaristo da Veiga, estão interditadas ao trânsito. Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estão no local, que está isolado.

Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barro, República do Chile, além das ruas do Lavradio, Senado, Vinte de abril e Avenida Mem de Sá.

Reuters/Brasil Online
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)


Bombeiro diz que lanchonete onde houve explosão não podia usar gás
Comandante diz que prédio não poderia ter 'utilização de gás combustível'. 
Explosão no Centro do Rio deixou 3 mortos e 17 feridos.




O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que a lanchonete onde houve uma explosão na manhã desta quinta-feira (13), no Centro do Rio de Janeiro, não tinha autorização para utilizar gás combustível e não tinha todos os papéis necessários para seu funcionamento.

Segundo ele, nenhum estabelecimento no prédio tinha autorização para usar cilindros de gás. "O laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros, datado de agosto de 2010, não autorizava o uso de cilindros no prédio, era proibido", afirmou Simões, acrescentando que até o início da tarde desta quinta-feira (13) foram encontrados três botijões de gás no local e bombeiros buscam mais quatro cilindros no prédio.

Segundo o comandante, o condomínio entregou um projeto aos bombeiros para regularizar a segurança contra incêndio. Em agosto de 2010, a corporação emitiu um laudo de restrições. A partir daí, segundo Simões, cada loja deveria solicitar o certificado de aprovação para funcionar. Segundo Simões, no entanto, o restaurante não solicitou o documento e não poderia funcionar no edifício comercial.

“A edificação não foi aprovada para utilização de gás combustível, seja sob a forma de cilindros de GLP ou canalizado de rua, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem prévia autorização pela DGST", diz o laudo dos bombeiros. DGST é a sigla da Diretoria Geral de Serviço Técnico, um departamento do Corpo de Bombeiros.

Simões informou ainda que a fiscalização nesse caso é feita através denúncias. Ele acredita que a causa mais provável da explosão tenha sido um vazamento de gás em cilindros. A Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) informou, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio". Funcionários da lanchonete relataram ter percebido o cheiro do vazamento antes do acidente.

Três mortos
A explosão deixou três mortos e 17 feridos. Os mortos foram identificados como Matheus Macedo de Andrade, de 19 anos, o chef de cozinha da lanchonete Filé Carioca, Severino Antônio, e o sushiman Josimar. A explosão destruiu estabelecimentos e imagens registradas logo após o acidente mostram a praça tomada pela poeira e fumaça. Por causa do trabalho de resgate e de limpeza, vias no entorno da Praça Tiradentes foram interditas (veja lista abaixo).

Em vistoria nesta manhã ao prédio, o comandante dos Bombeiros lembrou que na quarta-feira foi feriado e, com a ausência de atividade na lanchonete, o gás pode ter se acumulado. "Hoje pela manhã, na abertura das lojas, esse gás encontrou fonte de ignição e a velocidade de queima é muito grande", avaliou o comandante.

"Por conta disso, a violência da explosão comprometeu vigas estruturantes do prédio. A Defesa Civil está fazendo uma avaliação sobre as providências que devem ser tomadas", completou Simões, que não descarta a hipótese de haver vítimas sob escombros no local.

O comandante dos bombeiros acredita que o prédio deva ficar interditado por pelo menos mais dois dias, já que todo o primeiro andar e o subsolo foram comprometidos de maneira extensa. "As vigas que sustentam os pilares foram quase totalmente comprometidas. Agora é um trabalho de engenharia. Primeiramente, eliminando todas as partes instáveis que ainda causam riscos aos bombeiros", avaliou Simões.

A destruição causada pela explosão impressionou os envolvidos no resgate. “É um cenário de guerra. Parece que a gente está no Iraque. É uma coisa espantosa, inacreditável. Pessoas foram arremessadas”, disse o cabo Dielson da Silva Evangelista.

Interdições de imóveis
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve no local nesta manhã informou que, até que seja finalizado o trabalho, os imóveis no entorno ficarão interditados. No local, além do prédio onde fica a lanchonete, há um hotel e um prédio residencial. “Vamos trabalhar com a possibilidade de risco zero. A área só será liberada depois que a Defesa Civil e técnicos disseram que não há risco de desabamento”, disse Paes.

O presidente em exercício do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro(Crea-RJ), Cleyton Guimarães, disse, em entrevista à Globo News, que nenhum risco de desabamento imediato foi detectado, já que houve a preservação das estruturas principais do prédio. "A explosão foi muito grave, muito intensa, a gente pode observar pelo deslocamento de materiais e pelo número de feridos", avalia.

Para Guimarães, a hipótese mais provável é mesmo a explosão de gás que vazou de cilindros. "Certamente é uma explosão advinda de gás acumulado. Mas precisamos agora também verificar qual é a origem desse gás. A CEG nos informa que não há de fato gás canalizado na região”, disse Guimarães.

“Tivemos informações também que um jornaleiro alertou com relação ao cheiro forte de gás que existia no local. Mas ainda vamos aguardar, nós também vamos fazer a nossa perícia, com um especialista nossa em cálculo estrutural, uma avaliação também de patologia de concreto para termos também uma confirmação e darmos uma contribuição aos nossos colegas da Defesa Civil”, disse o presidente em exercício do Crea-RJ.

O local
A lanchonete Filé Carioca, que ficou totalmente destruída pela explosão, funcionava em um prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos. O local fica na Praça Tiradentes, na Rua da Carioca, a 30 metros de um posto da Polícia Militar.

Uma funcionária da lanchonete contou que ela e mais três funcionários sentiram um forte cheiro de gás ao chegar à lanchonete pela manhã. O chef de cozinha teria dito, então, para eles saírem do local. Pouco depois, houve a explosão e os três corpos foram arremessados a pelo menos 10 metros da lanchonete.

Feridos
Pelo menos 40 bombeiros do quartel Central foram deslocados para socorrer as vítimas. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, 17 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado grave - dois com traumatismo craniano e um com traumatismo abdominal. Por volta das 11h30, seis pessoas tinham recebido alta. Entre os feridos, 16 foram encaminhados para o Hospital Souza Aguiar e um dos feridos foi levado para o Hospital Miguel Couto.

Sem gás canalizado
A Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio em que houve a explosão". A Companhia informou ainda que "foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42 e que desde as 8h está no local, por medida de prevenção e segurança, e para prestar toda colaboração na identificação das causas do acidente".

Procurada pelo G1, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente.
Interdições

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que foram interditadas as ruas Visconde de Rio Branco (na altura da Praça Tiradentes), da Carioca, da Assembleia, Avenida República do Paraguai (em frente à Rua Evaristo da Veiga, em direção à Rua da Carioca) e uma faixa da Rua do Lavradio (na altura da Avenida República do Chile).

Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estavam no local, que permanecia isolado.

Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso, República do Chile, além das ruas do Lavradio, do Senado, Vinte de Abril e Avenida Mem de Sá.

Carolina Lauriano
Do G1 RJ

Um comentário:

  1. Um absurdo tudo isso mas um sinal da picaretagen de fiscais corruptos assim tbm como fiscas de vigilancia sanitaria se vendem por qualqer dinheiro o estabelecimento as vzs é imundo e irregular mas um bom dinheiro faz com que eles fqem cegos caras de pauuuuu

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