segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vídeo mostra morte em ação policial no AM

Vídeo mostra morte de empresário em ação policial no Amazonas 
Fernando Pontes, 25 anos, foi morto em casa por policiais civis do estado. 
Sindicato dos Policiais afirma que empresário reagiu durante a ação.

Um vídeo obtido pelo "Fantástico" mostra a execução do empresário Fernando Pontes, 25, no município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus. Ele foi morto no dia 12 de maio dentro de casa, com cinco tiros à queima roupa, por policiais da Fera, a força de elite da Polícia Civil do Amazonas. A operação foi filmada por um funcionário do Ministério Público.
A ação era parte de uma investigação sobre uma rede de pedofilia e exploração sexual de adolescentes que teria ramificações na cidade. O Sindicato dos Policiais do Amazonas (Sinpol) defendeu os acusados dizendo que o empresário reagiu durante a ação.
Não havia um mandado de prisão contra Fernando Pontes. O que a juíza de Presidente Figueiredo expediu foi um mandado de busca e apreensão para que a polícia encontrasse documentos e material pornográfico que supostamente comprovassem o envolvimento de Fernando Pontes com o crime de pedofilia.
No vídeo, os policiais aparecem arrombando a porta da garagem. Depois, entram pela sala, param em frente ao quarto e dizem a Fernando Pontes: “não demora, não demora. Deixa a esposa e as crianças aí. Sai com a mão na cabeça”.
O empresário abre a porta e levanta as mãos, tropeça, cai na cama e levanta novamente com as duas mãos na cabeça. Depois é empurrado e cai na cama de novo. Ouve-se o choro dos dois filhos pequenos, que fogem para o banheiro do quarto. Em seguida, cinco tiros são disparados.
Há um corte na filmagem. Depois um revólver calibre 32 aparece na cama. Segundo os policiais, a arma estaria com Fernando Pontes. A família nega que ele tenha tentado reagir. “Eles entraram aqui na minha casa com promotores, com delegados, com polliciais especializados, e porque fizeram isso?”, disse Arianna de Lima Alencar, viúva de Fernando Pontes.
Abuso
O Conselho Superior do Ministério Público do Amazonas considera que houve abuso na ação policial e determinou a instauração de um processo administrativo para apurar a conduta do promotor Ronaldo Andrade, que acompanhou a ação da polícia. Por telefone, ele disse não saber se houve uma execução ou não, mas diz que a operação fugiu do padrão normal. Ele negou ainda ter tentado proteger os policiais que participaram da operação.
Os dois policiais acusados pela autoria dos disparos já estão presos: Natan Alves de Andrade e Melquesedeque de Lima Galvão. Outros dois policiais também foram denunciados: Hemetério Pirangy da Silva Júnior e Lucas Mendes Silva.
O Sindicato dos Policiais do Amazonas (Sinpol) defendeu os acusados. O fato é que ele [Fernando Pontes] se jogou para a cama onde tentou pegar uma arma que estava debaixo do travesseiro. Ao pegar a arma os policiais reagiram em legítima defesa”, disse Renato Damasceno Bessa, presidente interino do Sinpol.
Para o corregedor auxiliar da Polícia Civil, Alberto Ramires, o que houve foi uma execução. "Não há dúvida de que aquela vítima não estava armada e, portanto, ela foi assassinada".
O promotor responsável pela denúncia, Leonardo Abinader Nobre, também disse que houve execução. "Você vendo a fita, você chega a essa conclusão de que realmente houve uma execução ali". Segundo ele, "o ministério público irá procurar, irá investigar, irá correr atrás, e tentar provar, e tentar achar o motivo desse crime".

Um comentário:

  1. É lamentavel nos cidadoes brasileiros, preseciarmos umas cenas tao lametaveis como essas. esses policias devem ser expulsos da policia, uma açao covarde. Não tem nehuma diferença de voces diante de um criminoso.

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