Veículo estava na entrada de uma aldeia quando ataque ocorreu.
Cinco pessoas, entre alunos e o motorista, ficaram feridos gravemente.
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Para-brisa do ônibus foi destruído pelo coquetel molotov (Foto: Irineu Ferrari/Jornal Guaicuru) |
Segundo a Polícia Militar, o ônibus é de uma empresa que presta serviços para a prefeitura no transporte escolar. O veículo, que faz diariamente o trajeto de aproximadamente oito quilômetros entre o centro e as aldeias da zona rural, levando estudantes indígenas do ensino médio e de cursinhos, estava próximo à entrada da Aldeia Babaçu quando foi atacado.
Conforme relataram estudantes aos policiais militares, um homem saiu correndo de um matagal às margens da estrada e atirou um coquetel molotov no parabrisa do ônibus. Com o impacto, o vidro se quebrou e o fogo se espalhou pela parte dianteira do veículo. Ao mesmo tempo diversas pedras foram atiradas contra as janelas do lado direito, quebrando vidros, inclusive os da porta.
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Pedra quebrou porta do ônibus que levava os estudantes (Foto: Irineu Ferrari/Jornal Guaicuru) |
Para fugir do fogo que se alastrava rapidamente, os estudantes saíram pela porta e pelas saídas de emergência nas janelas do ônibus, de acordo com a PM. Os policiais chegaram ao local por volta das 23h40, fizeram uma varredura no perímetro mas não localizaram nenhum suspeito. O caso foi registrado na Polícia Civil de Miranda, que abriu um inquérito para investigar a ocorrência.
O coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Miranda, Evair Borges, disse que ainda não existem suspeitos sobre quem foi o autor do ataque ao ônibus escolar. Ele comentou que na manhã deste sábado (4), junto com o cacique Adilson, da aldeia Cachoeirinha, esteve na garagem da empresa proprietária do ônibus onde encontraram dentro do veículo partes de uma garrafa, que poderia ser do coquetel molotov que atingiu o coletivo.
Borges disse que pediu apoio à Polícia Militar e a Polícia Civil para que sejam encontrados os responsáveis pelo ataque ao ônibus. As lideranças indígenas também se mobilizaram para ajudar na investigação.
Anderson Viegas e Hélder Rafael
Do G1 MS
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