domingo, 17 de abril de 2011

Claudia Rodrigues retorna à TV após tratar esclerose múltipla

A doença de Claudia foi diagnosticada em 2000. Em janeiro de 2010, a temporada de "A diarista" foi cancelada.

Ao lado de Lúcio Mauro, Maurício Sherman e Edson Celulari, atriz voltou a gravar Zorra Total

Afastada da TV há um ano e três meses para tratar de esclerose múltipla, Claudia Rodrigues volta neste sábado, 16 de abril, ao programa Zorra Total. No retorno, a atriz retoma a personagem Ofélia, aquela que só abre a boa quando tem certeza. A gravação do quadro foi realizada nesta semana e contou com as participações de Lúcio Mauro, como Fernandinho, e de Edson Celulari. “Estou achando ótimo voltar ao Zorra. As pessoas sempre me diziam que sentiam falta da Ofélia”, contou Claudia ao jornal Extra.

No início de 2010, a atriz parou de trabalhar por conta das dificuldades geradas pela doença. Em entrevista à revista Época, revelou detalhes do tempo em que ficou ausente da televisão. Contou que, em junho de 2009, precisou interromper o seriado A Diarista por ter problemas em decorar o texto e que chegou a ter dificuldade para falar e se locomover.

No período em que ficou fora da TV, Claudia recorreu a um tratamento em São Paulo e conseguiu progredir. Na semana passada, ela apareceu de surpresa na sala de Maurício Sherman, diretor do Zorra Total. “Estou pronta e quero voltar a fazer a Ofélia”, disse ela na ocasião. A disposição da atriz surpreendeu a todos. “Ela está bem e gravou com o texto na ponta da língua. Foi acima das expectativas”, declarou o diretor.



Tratamento oral mostra eficácia contra esclerose múltipla
'Laquinimod' reduziu o número de crises e freou o avanço da doença.
Pesquisa acompanhou mais de mil pacientes em 24 países.

Uma droga chamada “laquinimod” pode ser uma solução por via oral para a esclerose múltipla. É o que indica uma pesquisa liderada por Giancarlo Comi, da Universidade Vita-Salute, em Milão, na Itália, que foi publicada nesta semana no encontro da Academia Norte-americana de Neurologia.
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O estudo acompanhou 1.106 pacientes com esclerose múltipla, em 24 países, durante dois anos. Eles foram divididos em dois grupos e receberam diariamente doses orais de “laquinimod” (0,6 miligrama) ou de um placebo – pílula sem efeito químico, apenas psicológico. Cerca de 20% dos participantes abandonaram o projeto antes do fim.

Os pacientes que foram tratados com a droga tiveram uma redução estatística de 23% no número anual de relapsos em comparação ao que tomaram o placebo. O medicamento trouxe ainda outros resultados desejáveis: a progressão da doença caiu 36%, e houve também diminuição de 33% na atrofia do cérebro.

Segundo os pesquisadores, o principal efeito colateral apresentado foi um aumento na produção de enzimas do fígado. Contudo, eles afirmam que o efeito foi temporário e não gerou sinais de problemas no fígado.

“Esses resultados empolgantes confirmam que o ‘laquinimod’ tem impacto significante na progressão da deficiência e da atividade da doença, mantendo alto nível de segurança”, afirmou Giancarlo Comi. “Isso pode ser atribuído ao mecanismo original de ação do ‘laquinimod’, que atacou com eficácia e segurança a atividade inflamatória e a acumulação de danos irreversíveis”, completou. [Do G1, em São Paulo]



Estudo britânico descobre forma de 'reparo' da esclerose múltipla
Pesquisa feita em ratos mostrou que células-tronco do cérebro do paciente podem ajudar no processo.

Cientistas britânicos identificaram uma forma de estimular o sistema nervoso a regenerar-se nos casos de esclerose múltipla.

Os estudos, publicados na revista "Nature Neuroscience", foram realizados em ratos nas Universidades de Cambridge e Edimburgo, na Escócia. A pesquisa identificou uma forma de ajudar as células-tronco no cérebro a reparar a camada de mielina, necessária para proteger as fibras nervosas.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaçada, perda de equilíbrio e paralisia.

Em cerca de 85% dos casos, os pacientes têm uma forma de esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, na qual as 'crises' que incapacitam a pessoa são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nesta forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina.

Mas cerca de 10% das pessoas são diagnosticadas com a forma progressiva da esclerose múltipla, na qual o declínio avança sem qualquer período de recuperação.

Além destas pessoas, os pacientes com a forma recaída/remissão da doença também podem desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva.

Os cientistas têm tentado desenvolver tratamentos justamente para estes dois grupos.

Regeneração
Nos casos de esclerose múltipla, a perda da camada de mielina, que funciona como uma camada de isolamento, leva ao dano nas fibras nervosas do cérebro.

Estas fibras são importantes por enviarem mensagens para outras partes do corpo.

A pesquisa britânica identificou uma forma de estimular as células-tronco do cérebro para que elas regenerem estas fibras. E também mostraram como este mecanismo pode ser explorado para fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina.

Com isso, os cientistas esperam poder ajudar a identificar novos medicamentos que estimulem o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença.

'Esta descoberta é muito animadora, pois pode abrir o caminho para elaborar medicamentos que vão ajudar a reparar o dano causado a camadas importantes que protegem as células nervosas no cérebro', afirmou o professor Charles French-Constant, da Sociedade para Pesquisa em Esclerose Múltipla da Universidade de Edimburgo.

'Terapias que reparam o dano (causado pela doença) são o elo perdido no tratamento da esclerose múltipla', afirmou o professor Robin Franklin, diretor do Centro para Reparo de Mielina na Universidade de Cambridge.

'Neste estudo identificamos um modo pelo qual as células-tronco do cérebro podem ser estimuladas a fazer este reparo, abrindo a possibilidade de um novo medicamento renegerativo para esta doença devastadora', acrescentou.

Anos
Instituições de caridade britânicas, voltadas para tratamento de esclerose múltipla, afirmaram que, apesar de ser uma notícia animadora, ainda serão necessários alguns anos antes de um tratamento ser desenvolvido.

'Este é o começo de um estudo, em roedores, mas será muito interessante observar como se desenvolve', afimou Pam Macfarlane, diretora-executiva da instituição de caridade voltada para pacientes com esclerose múltipla MS Trust.

A pesquisa britânica foi financiada por instituições americanas, a MS Society e National MS Society.
'Para pessoas com esclerose múltipla esta é uma das notícias mais animadoras dos últimos anos', afirmou Simon Gillespie, diretor-executivo da MS Society.

'É difícil colocar em palavras como esta descoberta é revolucionária e como é importante continuar com as pesquisas em esclerose múltipla.'

Da BBC


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