Suar, todo mundo sua, ainda mais no verão. Mas, quando a transpiração é exagerada, ela pode se transformar em um problema - dos mais incômodos. Receio de cumprimentar, de andar de mãos dadas e tentar esconder a marca de suor na blusa são atitudes comuns de quem sofre com a hiperidrose - um distúrbio nas glândulas sudoríparas que leva a pessoa a transpirar além do normal.
A doença atinge tanto homens quanto mulheres e as áreas mais afetadas são as axilas, as palmas das mãos e os pés. Quando a sudorese é excessiva, só há duas opções: aplicações de botox ou cirurgia. A dermatologista Maria Oliete Guerra explica que o efeito da toxina botulínica não é definitivo e que a substância precisa ser reaplicada, geralmente a cada oito meses, mas há excessões.
"Tenho uma paciente que fez cinco aplicações e só volta ao consultório depois de um ano e três meses. Ela ganha confiança e, sem estresse, o efeito dura mais", diz.
Outra opção é o procedimento cirúrgico, mas a dermatologista Gláucia Duarte alerta que nem sempre é garantia de cura. "Há pessoas que, após a operação, passam a suar em excesso em outras regiões do corpo", explica.
Que atire o primeiro desodorante quem nunca se viu coberto por gotas de suor enquanto os termômetros marcavam quase 40 ºC. Na praia, a água do mar ainda ajuda a refrescar, mas em outras situações pode ser constrangedor, como aquela marca em formato de pizza na camisa, ao chegar ao trabalho, ou as costas molhadas depois de um trajeto de ônibus.
Apesar dos efeitos indesejáveis, a transpiração é um processo natural e o suor - composto por água e sais minerais - ajuda a manter o equilíbrio do corpo quando a temperatura começa a subir.
Mas é possível contornar o problema, e ficar mais sequinho. A dermatologista Karina Mazzini recomenda mais banhos ao longo do dia, o uso de desodorantes com doses de antitranspirante, além de roupas claras e de algodão. "O produto não pode ser totalmente antitranspirante, porque pode bloquear totalmente o suor e causar doenças de pele, como furúnculo. A roupa também faz toda a diferença. Prefira tecidos leves e evite os sintéticos", orienta a médica.
Mas, afinal, qual é o melhor desodorante? Spray ou roll-on? De acordo com a especialista, os desodorantes roll-on são melhores porque contêm emulsão cremosa, que hidrata a axila. Só não exagere, pois os produtos em creme podem entupir os poros da pele.
Mau cheiro
Neste calor, também é preciso tomar cuidado com aquele cheirinho desagradável nas axilas. É importante lembrar que suor não é sinônimo de mau odor, um problema muito comum.
O dermatologista Alberto de Paula Nogueira, explica que o odor é mais intenso em quem possui pelos. Por isso é mais frequente no homem. "Quando começar o mau cheiro, a primeira medida é trocar de desodorante, com cloreto de alumínio na fórmula. Também receito antimicóticos em spray", explica o médico.
Para não suar em bicas
Use roupas de algodão, de tecidos mais leves e de cores claras, que ajudam a pele a respirar. Evite tecidos sintéticos
Prefira desodorantes roll-on ou spray. Os em creme podem obstruir os poros
Tome mais banhos ao longo do dia
Prefira desodorantes que sejam hidratantes e calmantes. Quem sofre com mau cheiro deve escolher desodorante com cloreto de alumínio na fórmula
Vale ficar de olho na embalagem de cada produto e identificar qual o benefício que ele oferece. Existem lançamentos no mercado que proporcionam resultados diferenciados, com maior tempo de proteção, ou resistência maior ao calor
Que tal experimentar uma receita caseira para evitar o odor nas axilas? Misture 10 ml de álcool com 40 ml de água e uma caixinha de bicabornato. Passe a mistura nas axilas. Tem efeito antitranspirante e antiodor.
Os tratamentos
Toxina botulínica. As injeções são aplicadas no consultório e o efeito dura de seis a oito meses. O valor, por aplicação, pode chegar a R$ 1,5 mil
Cirurgia. Um segmento do nervo é ressecado. O procedimento pode provocar excesso de suor em outras partes do corpo
Pílulas. Um estudo da USP mostrou que é possível controlar a hiperidrose com comprimidos. Entre 50% e 70% dos pacientes responderam bem ao uso da substância oxibutinina. Apesar da boa notícia, ainda é necessária a publicação de outros estudos que comprovem a eficácia do remédio
A Gazeta
A doença atinge tanto homens quanto mulheres e as áreas mais afetadas são as axilas, as palmas das mãos e os pés. Quando a sudorese é excessiva, só há duas opções: aplicações de botox ou cirurgia. A dermatologista Maria Oliete Guerra explica que o efeito da toxina botulínica não é definitivo e que a substância precisa ser reaplicada, geralmente a cada oito meses, mas há excessões.
"Tenho uma paciente que fez cinco aplicações e só volta ao consultório depois de um ano e três meses. Ela ganha confiança e, sem estresse, o efeito dura mais", diz.
Outra opção é o procedimento cirúrgico, mas a dermatologista Gláucia Duarte alerta que nem sempre é garantia de cura. "Há pessoas que, após a operação, passam a suar em excesso em outras regiões do corpo", explica.
Não deixe o suor derrotar o seu verão
Cuidados simples, como usar roupas claras e de algodão nos dias quentes, amenizam o problema
Que atire o primeiro desodorante quem nunca se viu coberto por gotas de suor enquanto os termômetros marcavam quase 40 ºC. Na praia, a água do mar ainda ajuda a refrescar, mas em outras situações pode ser constrangedor, como aquela marca em formato de pizza na camisa, ao chegar ao trabalho, ou as costas molhadas depois de um trajeto de ônibus.
Apesar dos efeitos indesejáveis, a transpiração é um processo natural e o suor - composto por água e sais minerais - ajuda a manter o equilíbrio do corpo quando a temperatura começa a subir.
Mas é possível contornar o problema, e ficar mais sequinho. A dermatologista Karina Mazzini recomenda mais banhos ao longo do dia, o uso de desodorantes com doses de antitranspirante, além de roupas claras e de algodão. "O produto não pode ser totalmente antitranspirante, porque pode bloquear totalmente o suor e causar doenças de pele, como furúnculo. A roupa também faz toda a diferença. Prefira tecidos leves e evite os sintéticos", orienta a médica.
Mas, afinal, qual é o melhor desodorante? Spray ou roll-on? De acordo com a especialista, os desodorantes roll-on são melhores porque contêm emulsão cremosa, que hidrata a axila. Só não exagere, pois os produtos em creme podem entupir os poros da pele.
Mau cheiro
Neste calor, também é preciso tomar cuidado com aquele cheirinho desagradável nas axilas. É importante lembrar que suor não é sinônimo de mau odor, um problema muito comum.
O dermatologista Alberto de Paula Nogueira, explica que o odor é mais intenso em quem possui pelos. Por isso é mais frequente no homem. "Quando começar o mau cheiro, a primeira medida é trocar de desodorante, com cloreto de alumínio na fórmula. Também receito antimicóticos em spray", explica o médico.
Para não suar em bicas
Use roupas de algodão, de tecidos mais leves e de cores claras, que ajudam a pele a respirar. Evite tecidos sintéticos
Prefira desodorantes roll-on ou spray. Os em creme podem obstruir os poros
Tome mais banhos ao longo do dia
Prefira desodorantes que sejam hidratantes e calmantes. Quem sofre com mau cheiro deve escolher desodorante com cloreto de alumínio na fórmula
Vale ficar de olho na embalagem de cada produto e identificar qual o benefício que ele oferece. Existem lançamentos no mercado que proporcionam resultados diferenciados, com maior tempo de proteção, ou resistência maior ao calor
Que tal experimentar uma receita caseira para evitar o odor nas axilas? Misture 10 ml de álcool com 40 ml de água e uma caixinha de bicabornato. Passe a mistura nas axilas. Tem efeito antitranspirante e antiodor.
Os tratamentos
Toxina botulínica. As injeções são aplicadas no consultório e o efeito dura de seis a oito meses. O valor, por aplicação, pode chegar a R$ 1,5 mil
Cirurgia. Um segmento do nervo é ressecado. O procedimento pode provocar excesso de suor em outras partes do corpo
Pílulas. Um estudo da USP mostrou que é possível controlar a hiperidrose com comprimidos. Entre 50% e 70% dos pacientes responderam bem ao uso da substância oxibutinina. Apesar da boa notícia, ainda é necessária a publicação de outros estudos que comprovem a eficácia do remédio
A Gazeta
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