domingo, 5 de dezembro de 2010

Palhaço Tiririca riu por último: Ele está liberado para congresso

O palhaço brasileiro que foi eleito para o Congresso em outubro foi o último a rir, depois que o tribunal decidiu que ele cumpriu a exigência de alfabetização para cargos públicos.

Francisco Oliveira da Silva - conhecido como Tiririca ganhou mais votos do que qualquer outro candidato para o congresso.

Sua vitória foi contestada após alguns jornais noticiarem que ele não sabia ler nem escrever.

Mas ele já passou um teste de alfabetização, disse um juiz em São Paulo.

Tiririca mostrou "um mínimo de inteligência sobre o conteúdo de um texto, apesar das dificuldades na escrita", disse o juiz Aloisio Sérgio Rezende Silveira.

"A Justiça Eleitoral considera alguém para ser inelegíveis apenas se totalmente analfabeto", disse ele em uma declaração oficial.

Tiririca pode agora tomar o seu assento como deputado federal por São Paulo.

O palhaço de televisão de 45 anos, conquistou mais de 1,3 milhões de votos após uma campanha com slogans como: "Tiririca, com ele pior não fica"

"O que faz um deputado federal ? Verdade, eu não sei. Mas vote em mim e eu vou descobrir por você", era outra de suas mensagens.

Os críticos, incluindo alguns outros parlamentares, acusaram-no de trazer descrédito ao Congresso do Brasil, e desafiaram a sua eleição, acusando-o de analfabeto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que é um ex-torneiro mecânico - chamou a exigência de um teste de alfabetização de uma "idiotice" que desrespeitariam os eleitores. "Tiririca é a cara da sociedade", acrescentou.

O palhaço da televisão foi uma das várias celebridades do mundo do desporto e entretenimento, que foram eleitos para o Congresso.

A forma como a Câmara dos Deputados é formado - por uma lista aberta no sistema de representação proporcional - torna mais fácil para os candidatos celebridades para ganhar cargos.

Analistas dizem que sua popularidade também reflete a desilusão com os políticos tradicionais, na sequência de numerosos escândalos de corrupção.

Da BBC News

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