quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Maníaco da tesoura matava mulheres para combater 'prostituição'

O agente penitenciário Edmar Silva confessou seis mortes. Ele afirmou que matava para "fazer o trabalho sujo que a polícia não podia fazer"

Edmar Silva Rodrigues Júnior, o maníaco
 da tesoura, foi preso pela Polícia Civil
O homem acusado de matar prostitutas da região de São Geraldo, na Serra, foi preso pela Polícia Civil nesta terça-feira (28). Em depoimento, o agente penitenciário Edmar Silva Rodrigues Júnior, de 37 anos - o maníaco da tesoura - confessou seis assassinatos e uma tentativa de homicídio. Ele também afirmou que cometia os crimes para combater o tráfico de drogas e a prostituição.

Edmar Silva Rodrigues Júnior foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira. Ele foi preso após uma mulher, vítima de ataque a tesouradas, sobreviveu e procurou a polícia. Ela contou que o criminoso agia em um Monza de cor escura e ainda passou trecho da placa do veículo.

A partir dos dados, os policiais chegaram à casa do maníaco, onde encontraram a faca usada nos crimes e roupas íntimas de uma das vítimas.

O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher, delegado André Cunha, afirmou que Edmar aparenta sofrer de perturbações mentais e que ele será submetido a avaliações psicológicas.

"Ele tenta se justificar afirmando que as execuções foram em virtude de uma ficção de combater o tráfico de drogas. Percebe-se que ele tem uma frustração por não ter ingressado na força policial. Ele chega a dizer que faz o serviço sujo que a polícia não pode fazer", disse.

O delegado destacou também que o maníaco, nos depoimentos, se mostrava orgulhoso ao dizer que os golpes com faca ou tesoura eram dados em pontos vitais.

André Cunha salientou que o suspeito, em depoimento, revelou que nas investidas fazia abordagem como se fosse um policial, algemava as mulheres e tentava extrair delas a identidade do traficante da região.

"Ele fazia a abordagem como se fosse policial, algemava as moças como se fosse uma detenção e apresentava uma espécie de carteira similiar à policial. Ele levava as moças para um local distantes da abordagem, tentava extrair delas quem era o traficante da região, mas mesmo dependente de drogas, muitas não sabiam", frisou.

Cemitério clandestino

Após ser preso, na terça-feira, os policiais percorreram com o criminoso o caminho que ele fazia desde a abordagem às vítimas até a desova dos cadáveres. Edmar levou os policiais até Maringá, na Serra, onde foram encontradas ossadas humanas no dia 13 de dezembro. O maníaco confessou que jogou os corpos de cinco vítimas no local.

Em depoimento, Edmar disse que a repercussão do cemitério clandestino na imprensa fez com que ele desovasse a sexta vítima numa estrada de chão que dá acesso à lagoa Jacuném, no bairro Civit I, na Serra.

A Gazeta

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