Edmar Silva Rodrigues Júnior, o maníaco da tesoura, foi preso pela Polícia Civil |
Edmar Silva Rodrigues Júnior foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira. Ele foi preso após uma mulher, vítima de ataque a tesouradas, sobreviveu e procurou a polícia. Ela contou que o criminoso agia em um Monza de cor escura e ainda passou trecho da placa do veículo.
A partir dos dados, os policiais chegaram à casa do maníaco, onde encontraram a faca usada nos crimes e roupas íntimas de uma das vítimas.
O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher, delegado André Cunha, afirmou que Edmar aparenta sofrer de perturbações mentais e que ele será submetido a avaliações psicológicas.
"Ele tenta se justificar afirmando que as execuções foram em virtude de uma ficção de combater o tráfico de drogas. Percebe-se que ele tem uma frustração por não ter ingressado na força policial. Ele chega a dizer que faz o serviço sujo que a polícia não pode fazer", disse.
O delegado destacou também que o maníaco, nos depoimentos, se mostrava orgulhoso ao dizer que os golpes com faca ou tesoura eram dados em pontos vitais.
André Cunha salientou que o suspeito, em depoimento, revelou que nas investidas fazia abordagem como se fosse um policial, algemava as mulheres e tentava extrair delas a identidade do traficante da região.
"Ele fazia a abordagem como se fosse policial, algemava as moças como se fosse uma detenção e apresentava uma espécie de carteira similiar à policial. Ele levava as moças para um local distantes da abordagem, tentava extrair delas quem era o traficante da região, mas mesmo dependente de drogas, muitas não sabiam", frisou.
Cemitério clandestino
Após ser preso, na terça-feira, os policiais percorreram com o criminoso o caminho que ele fazia desde a abordagem às vítimas até a desova dos cadáveres. Edmar levou os policiais até Maringá, na Serra, onde foram encontradas ossadas humanas no dia 13 de dezembro. O maníaco confessou que jogou os corpos de cinco vítimas no local.
Em depoimento, Edmar disse que a repercussão do cemitério clandestino na imprensa fez com que ele desovasse a sexta vítima numa estrada de chão que dá acesso à lagoa Jacuném, no bairro Civit I, na Serra.
A Gazeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar, só lembramos que não podemos aceitar ofensas gratuitas, palavrões e expressões que possam configurar crime, ou seja, comentários que ataquem a honra, a moral ou imputem crimes sem comprovação a quem quer que seja. Comentários racistas, homofóbicos e caluniosos não podemos publicar.