Um crime deixou os moradores do município de Afonso Cláudio, na Região Serrana, chocados: o lavrador Josivan Martins dos Santos, 23 anos, matou o próprio filho, Cauã Martins da Silva, de apenas 53 dias, com vários socos e chutes. Ele confessou o assassinato, cometido durante uma briga com a mãe da criança, uma adolescente de 14 anos.
Josivan afirmou que ele e a mulher estavam discutindo quando o recém-nascido, assustado com o barulho, começou a chorar. Para fazer o bebê calar-se, Josivan disse que foi ao quarto e deu dois tapas na barriga de Cauã, que caiu da cama.
Nova agressão
O lavrador contou que pegou a criança e colocou-a sobre a cama novamente. No entanto, como o bebê não parava de chorar, ele iniciou a agressão. Alguns minutos depois de der dado socos e pontapés no menino, notou que Cauã estava pálido.
Josivan disse que, diante da cena, chamou a mulher, e ambos confirmaram que o menino não respirava. O lavrador ainda falou para a polícia que que tentou reanimar o bebê, fazendo respiração boca a boca, mas não adiantou.
A mãe da criança revelou que quando ela e o marido notaram que a criança havia morrido não pensaram em comunicar o fato à polícia. Resolveram enterrar o bebê na propriedade, onde viviam como colonos, na localidade conhecida como Arrependido, a 5km da sede.
A adolescente relatou que ela e o marido cavaram um buraco a aproximadamente 100 metros de distância da casa onde moravam. Depois de enrolarem o corpo do menino em um pano, colocaram-no em uma caixa de papelão e cobriram tudo com um saco de café. Só depois enterraram o corpo.
Suspeita
Desconfiado com o sumiço da criança, o dono da propriedade procurou os pais para saber do paradeiro do bebê. O casal teria informado que Cauã havia morrido em consequência de pneumonia. Mas, como não apresentaram qualquer documento que comprovasse essa versão, o patrão demitiu Josivan e a adolescente.
O casal, então, procurou refúgio na casa de um parente, no bairro São Vicente, também em Afonso Cláudio. Josivan e a mulher são de Alagoas e estavam no Estado havia pouco mais de dois meses.
Criança encontrada morta em lixão São mateus
Além do assassinato do bebê em Afonso Cláudio, um outro crime contra criança chocou os moradores da cidade de Pedro Canário, na Região Norte do Estado. O corpo de um bebê recém-nascido foi encontrado no lixão, na manhã de quinta-feira, por uma catadora de lixo.
Esmeralda Tavares encontrou a criança quando trabalhava no recolhimento de materiais recicláveis. O corpo estava dentro de um saco plástico preto. Inicialmente, ela pensou que fosse um filhote de cachorro morto, mas foi alertada pela filha de que se tratava de um menino.
Esmeralda disse que não dava para perceber se o bebê nasceu morto ou se foi assassinado. Mas destacou que ficou triste ao ver o corpo do recém-nascido.
"O bebê estava perfeito. Eu não quis almoçar e dormi mal de tão chateada que fiquei com isso. Por que não enterraram direitinho? Só pode ser porque mataram e tentaram se desfazer do corpo", frisou.
O bebê foi recolhido pela perícia e levado para o Departamento Médico Legal (DML) de Linhares. O delegado responsável pelo DPJ de Pedro Canário, Luiz Fernando Vaz Cunha, explicou que o caso será investigado, mas ainda não se sabe quando os laudos da perícia ficarão prontos.
Segundo ele, a polícia não descarta a hipótese de ter havido um aborto espontâneo e a mãe ter colocado o corpo no lixo por falta de instrução. O investigador que atendeu ao caso relatou que não tinha como saber se era um bebê ou um feto.
"Mas vamos investigar se o corpo foi levado até o lixão ou se chegou no caminhão. Se foi levado até lá, muita gente mora no entorno, m e alguém pode ter visto. Se veio do hospital, só temos um na cidade, e isso será investigado. De alguma forma vamos descobrir o que aconteceu", garantiu. (Sânnie Rocha)
A confissão foi feita por volta das 11h desta sexta-feira (24) na Delegacia de Polícia (DP) de Afonso Cláudio. Preso após ser denunciado pela mãe do menino, ele confirmou envolvimento no crime momentos após ser posto frente à frente com a companheira.
Na primeira versão dada à polícia, o acusado disse que o filho dormia em uma cama quando rolou de cima dela, caiu no chão e morreu. No depoimento em que confessa ter batido no bebê, Josimar revelou que discutia com a menor de idade na sala da casa onde viviam quando ouviu a criança chorar.
Irritado e enfurecido, ele foi até o quarto do casal e deu dois tapas na barriga do recém-nascido. Em decorrência da agressão, a vítima caiu da cama e teria "rachado a cabeça", conforme detalhou o próprio acusado.
Polícia descobriu crime após denúncia
No mesmo dia em que Josivan Martins dos Santos, 23 anos e a mulher foram demitidos, um denunciante anônimo informou à polícia o que vinha acontecendo. Depois de investigar o paradeiro do casal, os policiais interrogaram a mãe da criança, e ela revelou o crime. Preso, Josivan confirmou tudo que havia sido dito pela companheira e levou os policiais até o local onde havia enterrado o menino. A adolescente disse ainda que, antes mesmo do nascimento do filho, foi agredida várias vezes pelo companheiro e, em consequência disso, teve um sangramento que levou a um parto prematuro. Josivan Martins dos Santos foi autuado por homicídio qualificado e, se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. (A GAZETA)
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