O que parece (e é) simples assim, ainda gera muitas dúvidas na cabeça dos homens e suas mulheres, principalmente com relação à impotência sexual.
Medos como esse são gerados por pura desinformação.
Desmistificar a vasectomia é importante para que casais também tenham essa opção na hora de decidir o futuro em família. O urologista Oskar Kaufmann, especialista em cirurgia robótica e integrante do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, garante que o processo é simples - principalmente se comparado ao ligamento das trompas realizado nas mulheres - e derruba mitos.
Ele explica que a cirurgia corta os canais deferentes, que transportam o esperma dos testículos para a uretra. As duas extremidades são seccionadas e, então, amarradas. "Com a interrupção dos dutos deferentes, o sêmen fica sem espermatozóides", conta.
Oskar diz que a vasectomia significa a esterilização definitiva do homem, mas pode ser revertida, em função das evoluções da medicina. Nos Estados Unidos, aproximadamente 600 mil homens fazem o procedimento todo ano e 5% deles retornam em busca de uma vasovasostomia, que é a reversão. "As razões por trás dessa mudança de ideia variam, mas são comuns em casos de novo casamento, morte de um filho ou melhora da situação financeira".
O maior mito talvez relacionado à vasectomia seja de que homens submetidos a esse tipo de tratamento perderão a sua masculinidade. Oskar garante que não existe relação alguma entre a vasectomia e potência e/ou desempenho sexual do indivíduo e nem perda de libido. "O homem precisa saber que grande parte do liquido seminal ejaculado vem das vesículas seminais e não dos ductos deferentes. Ou seja, praticamente não ocorrerá mudança na quantidade de líquido ejaculado". Não há qualquer relação ainda entre a vasectomia e dores no pênis ao transar.
Muitos homens pensam também que a vasectomia é um processo de castração e o órgão sexual masculino é mutilado, o que não passa de outro mito. "A vasectomia é uma operação que se faz geralmente com anestesia local, onde são feitos dois cortes muito pequenos no escroto (e não no pênis), que são no final fechados com pontos. Como o pênis não participa do procedimento, ou seja, a cirurgia não envolve esse órgão, não há risco de qualquer tipo de mutilação, alteração no tamanho ou na sensibilidade", finaliza.
Por:
Sabrina Passos
MBPress
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar, só lembramos que não podemos aceitar ofensas gratuitas, palavrões e expressões que possam configurar crime, ou seja, comentários que ataquem a honra, a moral ou imputem crimes sem comprovação a quem quer que seja. Comentários racistas, homofóbicos e caluniosos não podemos publicar.