segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quer parar de fumar? Veja então essas dicas de especialista

Chá de erva medicinal, balas, adesivos de nicotina ou medicamentos? Quem nunca recorreu a um desses meios para tentar parar de fumar? Mais difícil do que a decisão de largar o cigarro, é controlar a vontade para não voltar a consumi-lo. Durante várias vezes ao dia o fumante sente, em períodos que duram de 3 a 5 minutos, um desejo incontrolável de fumar, explica a coordenadora do núcleo de estudos sobre o álcool e outra drogas da Universidade Federal do Espírito Santo, Marluce Siqueira (foto).
foto: Letícia Cardoso
Marluce Siqueira
"O grande mito que está relacionado ao ato de parar de fumar é o aumento do peso, que é esperado inicialmente. Entretanto, ele também pode ser controlado com tratamento"

De acordo com a coordenadora, a opção por chupar uma bala ou mascar um chiclete é uma escapatória para despistar a vontade. Ela conta que esta saída, mesmo que crie desconforto com o aumento do peso, é importante para ajudar a pessoa a atingir o objetivo, que é parar de fumar.

"Normalmente, quem é fumante tem algum vazio, uma lacuna que busca preencher com o cigarro. Normalmente, são pessoas com ritmo de vida acelerado e com uma carga de estresse grande. E essa saída em chupar uma bala ou um chiclete para largar o vício é para preencher essa lacuna quando dá vontade de fumar", contou.

Marluce Siqueira destacou que largar o cigarro é uma tarefa extremamente difícil e que por conta própria a pessoa dificilmente consegue parar. Para isso, ela orienta a busca por uma atividade nova, que possa mudar um pouco o seu ritmo de vida, como frequentar grupos de auto-ajuda, fazer ginástica ou procurar acompanhamento médico e psicológico.

Tentativas


Fumante há 26 anos, o taxista Nelson Lago, de 42 anos, contou que já tentou quatro vezes parar de fumar. Em nenhuma delas conseguiu passar pelo menos dois dias sem o cigarro. Levando uma vida agitada, trabalhando de madrugada e sempre preocupado com as contas, o taxista diz que só consegue relaxar durante o dia, nos momentos em que acende um cigarro. Os amigos pedem para parar, mas ele diz que é muito difícil.

"Já tentei e tenho muita vontade de parar. Mas é terrível. Só de ver o café, nem preciso tomar, a vontade já vem. Se eu encontrar alguém fumando, já acendo. Infelizmente eu comecei a fumar muito cedo, com 16 anos. Hoje nessa vida estressante, rodando a cidade o dia inteiro com trânsito e preocupado em fazer mais corridas, os poucos minutos que eu gasto fumando é uma forma de relaxar", relata.

foto: Letícia Cardoso
Lino Féles está há 21 anos longe do tabagismo
Só depois que o coração avisou que não estava nada bem foi que o pintor Lino Féles acreditou que o cigarro estava lhe fazendo mal. Ao jogar uma partida de futebol, ele sentiu várias dores no peito e foi levado para o hospital. O diagnóstico foi de disritmia cardíaca. Lino teve que escolher entre sua vida e o cigarro. Há 21 anos ele não fuma mais e diz que com 49 anos de idade se sente um garoto.

"Comecei a fumar muito cedo, com sete anos. Na época, eu fumava cigarro feito com fumo de rolo. Quando tinha dinheiro, comprava um maço. Graças a Deus hoje eu não fumo mais. Busquei ajuda divina e em minha família. Sozinho eu não conseguiria. Hoje eu corro, caminho mais de duas horas, jogo bola e não sinto nada. Com quase 50 anos, me sinto um jovem", destacou.

Combate


No próximo domingo é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Nesta sexta-feira (29), antecipando a data, estudantes de enfermagem da Ufes realizaram uma panfletagem no hospital das Clínicas, em Vitória, alertando a população sobre os males do cigarro. Em Vila Velha, o grupo de Apoio ao Tabagismo também realizou uma caminhada pelas ruas do bairro Vila Nova, convidando a população que queira parar de fumar, a procurar ajuda de especialistas.

O grupo de Apoio ao Tabagismo se reúne todas as sexta-feira na unidade de saúde do bairro de Vila Nova. Para participar, basta ir até o centro médico e se cadastrar. A unidade de saúde está localizada na avenida Sérgio Cardoso, em frente a pracinha do bairro.

Fonte: A Gazeta
(Letícia Cardoso )

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