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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aneurisma cerebral. 62% dos casos estão ligados ao tabagismo‎


2 em cada 3 casos de aneurisma estão ligados ao tabagismo


Levantamento inédito realizado pelo serviço de neurocirurgia do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo (antigo hospital estadual Brigadeiro), unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, mostra que nos últimos dois anos, 62% dos usuários que tiveram aneurismas cerebrais fumavam regularmente.

A pesquisa também aponta que 80% dos pacientes submetidos à microcirurgia são do sexo feminino e têm entre 40 e 60 anos. No total foram analisados 250 casos. A unidade atende, em média, mil pessoas por ano com a doença.


O cigarro é capaz de “destruir” a proteína fibrosa e elástica, chamada de elastina, encontrada na parede dos vasos sanguíneos. Por isso, facilita a ocorrência de um aneurisma, que ocorre quando há dilatação anormal de uma artéria do cérebro.  É o sangramento causado pelo rompimento deste vaso que pode levar o paciente à morte.

O estudo confirma que os tabagistas estão até 10 vezes mais propensos a apresentarem hemorragias cerebrais causadas por aneurismas. Além disso, o fumo está diretamente ligado ao surgimento de novos casos em pacientes que já trataram ou ainda enfrentam o problema.

“São dados alarmantes, que refletem como o cigarro pode ser danoso à saúde, causando, além de aneurismas, câncer, enfisemas pulmonares e infarto do miocárdio”, diz o médico coordenador do serviço de neurocirurgia vascular, Sérgio Tadeu Fernandes.

Para tratar o aneurisma é necessária intervenção cirúrgica. Na embolização endovascular, técnica minimamente invasiva, o paciente é operado com um pequeno furo feito, geralmente, próximo à virilha. Através desta incisão, entra o material cirúrgico que percorre os vasos do paciente, até o local exato do aneurisma, para preencher o espaço rompido. Há casos, porém, que ainda precisam ser tratados pelo modo convencional, em que há abertura do crânio.

“A doença é silenciosa e apresenta poucos sintomas. Os mais comuns são fortes dores de cabeça. O diagnóstico e o tratamento precoces aumentam as chances de sobrevivência do doente”, destaca o neurocirurgião. [jornaldebarretos.com.br]


O que é um Aneurisma Cerebral?



Os aneurismas cerebrais são como pequenas bolhas ou balões na superfície das artérias que atravessa o cérebro. Em 15% dos casos existem múltiplos aneurismas nas artérias diferentes em torno do cérebro.
Sintomas
Infelizmente, a maioria das pessoas com um aneurisma não sabem que têm um problema até que de repente ocorre a ruptura do aneurisma  e sofrem com a dor de cabeça mais grave que já viram.
Isso pode rapidamente progredir para o coma e morte sem um tratamento urgente.
Em cerca de um em dez casos podem aparecem  sinais sutis de que algo está errado. O aneurisma pode pressionar nervos importantes e as estruturas do cérebro, causando problemas com acuidade visual ou com os músculos da face. No entanto, estes sinais podem passar despercebidos.
Causas e fatores de risco
Vários fatores aumentam seu risco de ter um aneurisma:
  • Uma tendência familiar – várias condições diferentes herdadas, incluindo um problema com a formação de colágeno nos tecidos, pode aumentar o risco de aneurismas, mas muitas vezes não há nenhuma razão clara por que ele é encontrado em uma família.
  • Principais infecções – especialmente a infecção do coração, conhecida como endocardite bacteriana.
  • Aterosclerose – muitas vezes chamado de “endurecimento das artérias”.
  • Hipertensão arterial – isto não pode causar um aneurisma mas aumenta o risco se você tiver um ele vai estourar.
A principal preocupação com um aneurisma é que ele pode acelerar a pressão de sangue pulsante através das artérias, causando uma hemorragia cerebral, que pode ser fatal.
Cada ano, milhares de pessoas ao redor do mundo, muitas vezes jovens ou de meia-idade, morrem ou são tem um lado do corpo paralisado devido aos aneurismas cerebrais.

Tratamento e recuperação
A única maneira de descobrir se alguém tem um aneurisma cerebral é examinar os vasos sanguíneos do cérebro com uma tomografia do cérebro, geralmente uma ressonância magnética ou uma angiograma (uma radiografia especial dos vasos sanguíneos).
Se for encontrado um aneurisma, uma operação pode ser executada para drenar ou extrair.Isso normalmente resolve o problema, embora a cirurgia propriamente dita não é sem risco.
Os aneurismas cerebrais são ainda relativamente raros, especialmente se você não tiver histórico familiar deles.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quer parar de fumar? Veja então essas dicas de especialista

Chá de erva medicinal, balas, adesivos de nicotina ou medicamentos? Quem nunca recorreu a um desses meios para tentar parar de fumar? Mais difícil do que a decisão de largar o cigarro, é controlar a vontade para não voltar a consumi-lo. Durante várias vezes ao dia o fumante sente, em períodos que duram de 3 a 5 minutos, um desejo incontrolável de fumar, explica a coordenadora do núcleo de estudos sobre o álcool e outra drogas da Universidade Federal do Espírito Santo, Marluce Siqueira (foto).
foto: Letícia Cardoso
Marluce Siqueira
"O grande mito que está relacionado ao ato de parar de fumar é o aumento do peso, que é esperado inicialmente. Entretanto, ele também pode ser controlado com tratamento"

De acordo com a coordenadora, a opção por chupar uma bala ou mascar um chiclete é uma escapatória para despistar a vontade. Ela conta que esta saída, mesmo que crie desconforto com o aumento do peso, é importante para ajudar a pessoa a atingir o objetivo, que é parar de fumar.

"Normalmente, quem é fumante tem algum vazio, uma lacuna que busca preencher com o cigarro. Normalmente, são pessoas com ritmo de vida acelerado e com uma carga de estresse grande. E essa saída em chupar uma bala ou um chiclete para largar o vício é para preencher essa lacuna quando dá vontade de fumar", contou.

Marluce Siqueira destacou que largar o cigarro é uma tarefa extremamente difícil e que por conta própria a pessoa dificilmente consegue parar. Para isso, ela orienta a busca por uma atividade nova, que possa mudar um pouco o seu ritmo de vida, como frequentar grupos de auto-ajuda, fazer ginástica ou procurar acompanhamento médico e psicológico.

Tentativas


Fumante há 26 anos, o taxista Nelson Lago, de 42 anos, contou que já tentou quatro vezes parar de fumar. Em nenhuma delas conseguiu passar pelo menos dois dias sem o cigarro. Levando uma vida agitada, trabalhando de madrugada e sempre preocupado com as contas, o taxista diz que só consegue relaxar durante o dia, nos momentos em que acende um cigarro. Os amigos pedem para parar, mas ele diz que é muito difícil.

"Já tentei e tenho muita vontade de parar. Mas é terrível. Só de ver o café, nem preciso tomar, a vontade já vem. Se eu encontrar alguém fumando, já acendo. Infelizmente eu comecei a fumar muito cedo, com 16 anos. Hoje nessa vida estressante, rodando a cidade o dia inteiro com trânsito e preocupado em fazer mais corridas, os poucos minutos que eu gasto fumando é uma forma de relaxar", relata.

foto: Letícia Cardoso
Lino Féles está há 21 anos longe do tabagismo
Só depois que o coração avisou que não estava nada bem foi que o pintor Lino Féles acreditou que o cigarro estava lhe fazendo mal. Ao jogar uma partida de futebol, ele sentiu várias dores no peito e foi levado para o hospital. O diagnóstico foi de disritmia cardíaca. Lino teve que escolher entre sua vida e o cigarro. Há 21 anos ele não fuma mais e diz que com 49 anos de idade se sente um garoto.

"Comecei a fumar muito cedo, com sete anos. Na época, eu fumava cigarro feito com fumo de rolo. Quando tinha dinheiro, comprava um maço. Graças a Deus hoje eu não fumo mais. Busquei ajuda divina e em minha família. Sozinho eu não conseguiria. Hoje eu corro, caminho mais de duas horas, jogo bola e não sinto nada. Com quase 50 anos, me sinto um jovem", destacou.

Combate


No próximo domingo é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Nesta sexta-feira (29), antecipando a data, estudantes de enfermagem da Ufes realizaram uma panfletagem no hospital das Clínicas, em Vitória, alertando a população sobre os males do cigarro. Em Vila Velha, o grupo de Apoio ao Tabagismo também realizou uma caminhada pelas ruas do bairro Vila Nova, convidando a população que queira parar de fumar, a procurar ajuda de especialistas.

O grupo de Apoio ao Tabagismo se reúne todas as sexta-feira na unidade de saúde do bairro de Vila Nova. Para participar, basta ir até o centro médico e se cadastrar. A unidade de saúde está localizada na avenida Sérgio Cardoso, em frente a pracinha do bairro.

Fonte: A Gazeta
(Letícia Cardoso )