domingo, 15 de agosto de 2010

Polícia encontra ossadas de duas estudantes em pátio de colégio no PR

Dimitria estava desaparecida há 2 anos.
Hoje teria 18 anos
A Polícia Civil do Paraná encontrou, na tarde de sexta-feira (13), duas ossadas humanas no pátio de um colégio estadual em Campo Mourão (a 460 km de Curitiba). As ossadas estavam numa fossa desativada atrás da casa do zelador do colégio, que confessou ter assassinado duas garotas e enterrado seus corpos no local, segundo os investigadores.

O zelador, Raimundo Gregório da Silva, 52, trabalhava havia 15 anos no local e foi preso na sexta-feira em Sarandi, a 100 km de Campo Mourão. Ele estava foragido desde o início da semana. Apesar da confissão, a polícia ainda não sabe se as ossadas são mesmo das duas meninas a que Silva se referiu. Os ossos serão encaminhados para análise amanhã.
Ossada encontrada no pátio de colégio estadual
Foto: 
Divulgação

Segundo o zelador, os corpos encontrados eram da estudante Dimitria Vieira Gênero, 16, que esta desaparecida há dois anos, e de Iara Pacheco de Oliveira, 21, desaparecida há sete meses.

Dimitria cursava a 8ª série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. De acordo com a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista.

Na época, Silva disse que a menina havia fugido para São Paulo com o namorado. Ele chegou a ser indiciado por induzir a menor a fugir, mas o caso foi encerrado depois que a família começou a receber mensagens de celular de Dimitria, que dizia que estava bem e que havia tido um filho. As mensagens, descobriu a polícia, eram na verdade enviadas pelo próprio zelador, que escondera roupas, documentos e pertences pessoais da garota no forro do colégio.

Na semana passada, horas depois de ser novamente interrogado pela polícia sobre o caso, Silva chegou a enviar uma nova mensagem para a família em nome de Dimitria. Nela, a garota afirmava que estava na Itália e pedia para que a família retirasse a queixa contra o zelador.

De acordo com a polícia, Silva disse que matou a menina porque era apaixonado por ela, mas ela não o correspondia.

Já Iara, também segundo o depoimento do zelador, dormiu com ele em troca de dinheiro. Depois de brigarem sobre o preço do programa, porém, Silva matou a jovem a marretadas em sua casa, que ficava dentro do colégio. Ela não era estudante.

A polícia continuará a escavar a fossa amanhã, para verificar se não há outras ossadas no local. O zelador está preso e só será indiciado após a finalização das investigações.

Fonte: Folha Online

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