Cintura grossa aumenta duas vezes o risco de morte

Se você está com a aquela barriguinha protuberante, com os pneuzinhos sobrando por fora da calça jeans ou fazendo volume no vestido, é bom saber que esse problema não é somente estético. Quem não tem uma cinturinha fina, seja homem ou mulher, têm duas vezes mais chance de morrer de câncer, problemas respiratórios e cardíacos do que quem está em dia com a fita métrica. Para fugir do risco, andar, correr, nadar e pedalar são o melhor remédio.

O risco em dobro foi constatação pela Sociedade Americana de Câncer após estudo que reuniu em mil pessoas com mais de 50 anos. Estão em perigo, inclusive, aqueles que, mesmo estando dentro do peso, apresentam centímetros a mais na cintura.

O endocrinologista Flávio Rosalém lembra que a gordura acumulada nessa região - chamada de visceral - atinge, principalmente, os homens e fica “entremeada entre as vísceras”.

O outro tipo de gordura encontrada no organismo é a subcutânea, que fica sob a pele e se acumula mais na região das nádegas e do quadril, principalmente nas mulheres. “Na pesquisa foi enfatizado o risco da gordura visceral”, diz.

Fita métrica
A melhor forma de medir a circunferência da cintura é usar uma fita métrica acima do osso do quadril. Os médicos consideram que tem obesidade abdominal mulheres com mais de 88 e homens com mais de 102 centímetros de cintura. Mas o estudo revelou que as mulheres com cintura acima de 110 centímetros e homens com mais de 120 centímetros têm risco de mortalidade duas vezes maior.

E, para quem quer perder esses quilinhos acumulados, o caminho certo é optar por exercícios aeróbicos de longa duração - a caminhada, a natação e o ciclismo - que queimam gordura e ajudam a emagrecer. Os anaeróbicos, de alta intensidade - musculação e saltos - são indicados, apenas, para reforçar a musculatura.

Mocinhos e vilões da barriguinha
Grupo de Sete alimentos que devem fazer parte do cotidiano das pessoas
Leite/derivados
Frutas
Verduras/legumes
Carne (branca e vermelha), ovo e soja
Pães, grãos, tuberculos e cereais (arroz, feijão, milho e lentilha etc.)
Oleoginosas (azeite, óleo, manteiga e margarina)

Alimentos que só devem ser consumidos de forma esporádica
Doces
Salgados
Massas
Açúcar
Bebidas alcoólicas 

A Gazeta
Frederico Goulart