sexta-feira, 5 de abril de 2013

Pastores comentam casamento polêmico entre Magno Malta e Lauriete Gomes


Presidente da Associação de Pastores diz que houve um caso de indisciplina, já que os dois eram separados e optaram por um segundo casamento

Pastores comentam casamento polêmico entre Magno Malta e Lauriete Gomes
Presidente da Associação de Pastores diz que houve um caso de indisciplina, já que os dois eram separados e optaram por um segundo casamento


Ao que tudo indica o casamento do senador Magno Malta com a deputada federal Lauriete ainda vai dar o que falar. A notícia gerou burburinho entre religiosos, que não veem com bons olhos o fato de ambos serem separados e optarem por um segundo casamento. No fórum realizado pelo GAZETA ONLINE durante a semana, questionando o assunto, 62.18% das pessoas acreditam que "se já casou uma vez na igreja, não pode casar mais, a não ser que fique viúvo".

A união entre os dois não foi bem avaliada pelo pastor Ozenir Corrêa, líder da Igreja Batista Filadélfia e presidente da Associação de Pastores de Vitória.

"Biblicamente, o casamento é insolúvel. Fisicamente é um só. O próprio senador Magno Malta pregou por anos essa insolubilidade, e agora caiu contra a sua própria verdade", afirma o presidente.

O pastor avalia também que o casamento é a base da Igreja, embora não venha sendo atendido por alguns fiéis. "O respeito ao casamento é a base da Igreja. Mas nem todo mundo, dentro da Igreja, anda por aquilo que a gente prega. Apesar de tudo, as pessoas são livres. Não podemos obrigá-las a seguir as doutrinas. A Igreja tem o papel de ensinar, e cabe a cada um seguir conforme a luz que tem", diz.

Questionado se o casal pode ser discriminado no meio evangélico, ele é categórico. "A palavra não é discriminação, nem preconceito. Falamos em processo de indisciplina. Todo estatuto da Igreja, não só evangélica, mas também a católica, diz que ela é um templo aberto para todas as pessoas. Quando as pessoas já chegam com essa situação (casadas após a separação), são recebidas. Mas quando passam por essa situação dentro da Igreja, há um processo de indisciplina, diferença. Eles estão quebrando uma norma", explica.

"Se casaram, que sejam felizes"

O pastor Douglas Lopes Gomes, da Coordenação Sócio Religiosa da Prefeitura Municipal de Cariacica, afirma que a questão é delicada e que há Igrejas que aceitam um segundo casamento, mesmo a pessoa não sendo viúva.

"A Bíblia condena o divórcio. Agora, todos devem olhar que há pessoas que se arrependem dos seus erros, e isso é pessoal. A Bíblia não dá o respaldo para o segundo casamento, mas Deus perdoa a todos. Há Igrejas que aceitam o segundo casamento, reconhecendo que, na realidade, os casal obteve um perdão de Deus ao reconstruir uma nova família", afirma.

Ele ainda deseja felicidades ao novo casal. "Estou dizendo que o casamento segundo a Bíblia é um só. Não  vou dizer que eles estão errados. É uma questão muito pessoal, por isso eles não tem aberto essa situação da vida deles. Já que casaram, que sejam felizes", diz.

O pastor da Assembleia de Deus Levi Oscar de Moura foi procurado pela equipe de reportagem, mas não quis comentar a união. Segundo o líder religioso, ele não foi convidado nem participou do casamento entre a deputada e o senador. Ele destacou, entretanto, que a cerimônia foi um jantar e teve a presença de alguns parentes e amigos.

Outras lideranças religiosas afirmaram que só se pronunciariam após um comunicado oficial do casal sobre o matrimônio.

A Gazeta

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