domingo, 19 de agosto de 2012

Mulher é viciada em comer pedras há mais de 20 anos

Mulher é viciada em comer pedras há mais de 20 anos
É o que dizem: quem come pedra sabe muito bem o estômago que tem. Ou algo assim!
O duro não é comer as pedras. O problema maior vem depois!


Só de pensar em comer um doce tipo pé-de-moleque você já fica com medo de quebrar os dentes?

Então veja a história da americana Teresa Widener, de 45 anos.

A mulher, que mora em Bedford, no Estado da Virginia, é viciada em comer pedras há mais de 20 anos.

Teresa recolhe pedregulhos do chão e os aprecia como pequenos aperitivos.

Ela contou ao canal de TV americano ABC que primeiro chupa as pedras, como se fossem balas, e depois as mastiga.

— Eu gosto do sabor de terra. Se eu tenho algumas pedras na minha casa, me sinto melhor. Basta saber que elas estão lá.

Teresa destaca que, muitas vezes, nem lava as pedras, porque acha que a sujeira dá um sabor especial a elas.
Se as pedras são grandes demais, Teresa as quebra com um martelo para depois comê-las.

A médica Jordana Mansbacher contou ao canal que Teresa sofre de um distúrbio alimentar em que as pessoas sentem vontade de comer coisas que não são comestíveis.

Segundo ela, o hábito de Teresa pode levá-la a ter vários problemas, como ingerir parasitas e até mesmo provocar uma hemorragia interna.

A médica Jordana Mansbacher, especialista do distúrbio chamado alotriofagia, disse que as rochas não oferecem benefício algum à saúde. Segundo ela, o hábito de Teresa pode levá-la a ter muitos problemas, como ingerir parasitas e até mesmo provocar uma hemorragia interna.

Assista abaixo a um vídeo que mostra Teresa comendo pedra.
Widener tem um armário especial para armazenar suas pedras favoritas na cozinha. Ela também mantém um martelo especial para quebrar as pedras em tamanhos mais faceis para entrar em sua boca. "Sinto-me melhor ao saber que eu ainda tenho pedras no armário, um pouco me deixa calma."

Ela normalmente escolher pedras que são frágeis, de modo que seja facilmente mastigadas e engolido. "Nos últimos 20 anos, eu comia pedras. o número de pedras eu comer depende de meus sentimentos. Se eu estou sentindo para baixo, eu como pedras muito mais ", disse ela.

Tereza não come só pedras. Alimenta-se normalmente no café da manhã, no almoço e no jantar. Gosta de hambúrguer e batata frita. As pedras são como um cafezinho, um pequeno vício de todos os dias. Ela nunca consultou um médico sobre esse estranho hábito, mas acha que tem uma doença. É a chamada alotriofagia, a vontade de comer coisas não comestíveis.

“A alotriofagia é um termo médico para designar gente que tem o comportamentos de se alimentar ou comer coisas não usuais, não comestíveis, por exemplo: cimento, tijolo, argamassa,plástico, pedra”, explica o psiquiatra do HC-USP Táki Cordás.

O Fantástico já mostrou uma caso semelhante ao de Tereza: o de uma jovem americana que ficou viciada em comer a raiz dos cabelos. O caso de Liz era tão grave que parte do couro cabeludo dela ficou careca.

“Comer a raiz do cabelo me acalma, tranquiliza”, dizia Liz.

Um sentimento parecido com o de Tereza. Ela assume que recorreu às pedras em momentos de depressão.

“Eu me sinto feliz com isso aqui. Menos ansiedade. Eu me sinto melhor", diz Tereza.

O psiquiatra diz que um desequilíbrio emocional pode ser a causa da alotriofagia. Outro motivo pode ser uma carência de nutrientes no corpo. O organismo tenta buscar esses nutrientes justamente nessas substancias: terra, tijolo. Obviamente que não vai conseguir, mas é uma resposta do nosso organismo a essa carência.

“Depressão é um deles. Um transtorno que a gente chama de transtorno obsessivo compulsivo. A pessoa come essas coisas não usuais, não alimentais pra diminuir uma sensação de angústia que ela tem”, explica o psiquiatra.

Tereza começou a comer pedras quando engravidou do primeiro filho, há 22 anos. Segundo o especialista Ricardo Fittipaldi, o hábito pode trazer riscos ao corpo dela.

“Nosso estomago não tem a capacidade de digerir pedras. Pode causar úlceras, pode causar hemorragia digestiva, pode causar perfuração do estomago. Se não tratado, pode levar à morte”, alerta o médico gastroenterologista Ricardo Fittipaldi.

Será que existe cura para casos como este? “O primeiro princípio do tratamento dessas pessoas é tentar tratar aquilo que você julga que levou a esse comportamento. E se esse comportamento ainda resistir com o tratamento, você pode aplicar técnicas comportamentais, técnicas psicológicas para tratar disso”, explica o psiquiatra.

A filha caçula de Tereza, de 20 anos, já se acostumou com o vício da mãe. “Acho que ela pode fazer o que ela quiser e se ainda a deixa mais feliz, melhor”, disse a filha.

“Mas você considera isso normal?”, pergunta o Fantástico. "Não é normal, não é uma coisa que eu faça. Mas para ela é natural. Minha mãe faz isso há 20 e poucos anos. Mais do que a minha idade", disse a filha.

Tereza, tentando convencer a todos, diz: "Isso é muito bom."

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