Enigmas do Sagrado: como Moisés abriu o Mar Vermelho?
Um dos episódios mais conhecidos da história bíblica tem despertado o interesse não apenas de religiosos, mas principalmente de arqueólogos e pesquisadores. Escavações realizadas no Egito, Arábia Saudita e Israel revelam indícios sobre a fuga do povo hebreu da escravidão egípcia e o personagem que os guiou pelo deserto e através do Mar Vermelho: Moisés. Nascido por volta do ano 1500 a.C., o profeta teve uma infância diferente das demais crianças de seu povo.
Preocupado com o alto crescimento da população hebréia, o faraó ordenou que todos os judeus recém-nascidos do sexo masculino fossem executados. Para salvar a vida de seu filho, a mãe de Moisés o lançou no rio Nilo, protegido dentro de uma cesta. O bebê foi encontrado pela filha do faraó, sendo criado pela família real como príncipe. Adulto e indignado pela forma como os escravos eram tratados pelos egípcios, Moisés desafiou o faraó e fugiu para o deserto.
Em seu refúgio, Moisés teria tido seu primeiro contato com Deus, por meio de um fascinante episódio: um arbusto em chamas que não tinha seus galhos ou folhas consumidos pelo fogo. Para um físico da Universidade de Cambridge, EUA, poderia se tratar de um fenômeno natural e muito raro. O fogo poderia ter sido causado por um escapamento de gás natural, ocorrência comum no Oriente Médio, e o arbusto seria uma acácia, planta que demora a virar cinza, uma vez em chamas.
Para este mistério, pesquisadores recorrem a diferentes fenômenos: ventos fortes, tsunamis e outros desastres naturais. Uma das hipóteses mais discutidas é a da erupção de um vulcão na Ilha Santorini, Mar Egeu, cuja força teria sido equivalente a mil bombas atômicas. Reproduções feitas por computador mostram que o vulcão teria lançado lava por toda a região, incluindo o Mar Vermelho. Em contato com a água fria, a lava teria se transformado em rocha, tornando possível a passagem do povo hebreu.
Outra explicação seria uma excepcional maré baixa, possibilitando a passagem pelo estreito de Tiran, entrada do Golfo de Aqaba. Vestígios de bronze encontrados na região reforçam a tese, uma vez que o bronze era utilizado na fabricação de armaduras egípcias, uma indicação de que soldados morreram no local. Moisés não chegou a conhecer a terra prometida, assim como a maioria dos "fugitivos", mas foi a partir dessa jornada que eles conseguiram construir uma nação.
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