"Para nós isso traz total indignação. Uma vez que foi criada uma expectativa, foi anunciado em alto e bom som o encontro dos corpos e que eles provavelmente seriam retirados. E agora, em função de uma reunião do BEA ontem em Paris, com alguns legistas, vem essa versão oficial", disse à Folha o diretor executivo da associação dos parentes das vítimas, Maarten Van Sluys.
Ainda de acordo com Sluys, a recomendação para que os corpos não fossem retirados partiu de médicos peritos, que disseram acreditar que eles não resistiriam ao içamento. "As famílias como um todo, no Brasil, gostariam de ter os corpos. Vou distribuir agora um comunicado aos associados", afirmou.
BUSCAS
A equipe de buscas aos destroços do voo 447 encerrou as operações submarinas na sexta-feira (8). O BEA divulgou na semana passada as primeiras imagens dos destroços. De acordo com o órgão, foram localizadas partes do motor, fuselagem, asas e do trem de pouso do Airbus A330-203, que fazia o voo 447 da Air France que caiu em 2009 com 228 pessoas.
A ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet, confirmou a presença de corpos dentro de uma grande parte da fuselagem. Os trabalhos para o resgate das peças e corpos devem começar no dia 21 de abril, sob responsabilidade da empresa americana Fênix.
Ao anunciar a localização dos primeiros destroços, Kosciusko-Morizet afirmou que esperava "localizar rapidamente as caixas-pretas" do Airbus, um dos principais objetivos da missão e fundamentais para esclarecer as causas da tragédia.
O BEA lançou no dia 22 de março a quarta fase de buscas para encontrar os destroços do voo 447, e iniciou os trabalhos de campo alguns dias depois. A terceira fase das buscas terminou em maio de 2010, sem sucesso.
Desta vez, foram usados três submarinos robôs do modelo Remus --dois da fundação americana Waitt e um do instituto alemão Geomar. Com quatro metros de comprimento e pesando 800 kg, ele são capazes de chegar a 4.000 metros. Os destroços foram localizados a uma profundidade de cerca de 3.900 metros ao norte da última posição conhecida do avião.
As buscas deveriam cobrir uma área de 10 mil km2. De acordo com o birô francês, a operação foi calculada em 12,5 milhões de dólares (R$ 20,2 milhões), pagos pela Airbus e Air France. O resgate das peças será financiado pelo governo francês.
Folha Online
DIANA BRITO
DO RIO
Esse acidente foi realmente trágico. ;(
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