quinta-feira, 10 de maio de 2012

8 Mortos em queda. Helicóptero não deveria ter voado, diz responsável pela manutenção

Helicóptero caiu por falha mecânica, diz polícia de GO

A Polícia Civil de Goiás afirmou nesta quarta-feira que a queda do helicóptero que transportava o principal suspeito da chacina de Doverlândia e outras sete pessoas foi causada por falha mecânica. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), porém, não deu prazo para encerrar suas investigações.

"Não acreditamos em falha humana", disse a delegada Adriana Accorsi, diretora-geral da policia, que ainda descartou a hipóteses de atentado. Emocionada, lembrou que nesta quarta-feira é o Dia do Policial Civil - ela não embarcou para tentar impedir uma greve. Além do assassino confesso de sete pessoas do crime em 28 de abril, Aparecido Souza Alves, de 22 anos, morreram o superintendente Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, de 64; o delegado de Iporá, Vinicius Batista da Silva, de 33; os delegados Bruno Rosa Carneiro, de 32, e Jorge Moreira da Silva, de 54; e os peritos Marcel de Paula Oliveira, de 31, e Fabiano de Paula Silva, de 37.

O acidente aconteceu às 15h55 de terça-feira, 15 minutos após a decolagem da fazenda Nossa Senhora Aparecida, onde foi feita a segunda reconstituição da chacina. Testemunhas viram peças se descolando da aeronave, que teria caído em pirueta.

O helicóptero Koala AW119 Mk-II Enhanced, da empresa anglo-italiana AgustaWestland, prefixo PP-CGO, tinha passado por revisão de 300 horas de voo, entre os dias 4 e 7. Na chacina foram degolados Lázaro de Oliveira Costa, de 57 anos, dono da fazenda e ex-presidente do Sindicato Rural de Doverlândia; Leopoldo Rocha Costa, de 22, filho do fazendeiro; Heli Francisco da Silva, de 44, vaqueiro do local; Joaquim Manoel Carneiro, de 61, amigo de Lázaro; Miraci Alves de Oliveira, de 65, mulher de Joaquim; Adriano Alves Carneiro, de 24, filho do casal; e Tâmis Marques Mendes da Silva, de 24, noiva de Adriano. Alves deu versões conflitantes sobre a motivação. Para a polícia não estava claro se houve comparsas.

Responsável por manutenção de helicóptero que caiu diz que aeronave não deveria ter voado
Engenheiro afirmou que a manutenção estava vencida

Um dos engenheiros responsáveis pela manutenção do helicóptero da Polícia Civil que caiu em Goiás e deixou oito mortos disse que a aeronave não deveria ter voado. Segundo o profissional, a manutenção do helicóptero estava vencida.

O engenheiro, que não quis se identificar, informou que a manutenção na aeronave não havia nem sido iniciada. Diz ainda que o delegado Osvalmir Carrasco, que morreu no acidente, insistiu para usar o helicóptero.

 Questionado se não havia um documento que autorizasse a viagem, o engenheiro responde que não.

- Eu ia pegar e obrigar um delegado a assinar um documento assumindo que ele estava errado e que eu tinha avisado ele?

A Polícia Civil está investigando as causas do acidente. A delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi, disse acreditar que a causa da queda do helicóptero da polícia na última terça-feira (8) tenha sido uma falha mecânica e não uma sabotagem.

Ela descartou que o suspeito da chacina que acompanhava a reconstituição, Aparecido Souza Alves, tenha se agitado e provocado a queda. Ela justificou que ele estava algemado e era segurado pelos delegados.

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