terça-feira, 1 de maio de 2012

Combustão humana espontânea. Auto-combustão: O que é?

Combustão humana espontânea. Auto-combustão: O que é?
 Combustão Humana Espontânea

Em dezembro de 1966, o corpo do Dr. J. Irving Bentley, de 92 anos, foi descoberto na Pensilvânia, ao lado do medidor de consumo de eletricidade de sua casa. Na realidade, apenas parte da perna dele e um pé, ainda com o chinelo, foram achados. O restante do seu corpo tinha se transformado em cinzas. A única evidência do fogo que causara sua morte, era um buraco que havia no piso do banheiro: o resto da casa estava intacto e não sofrera nada. Como se explica que um homem pegou fogo - sem nenhuma origem aparente de faísca ou chama - queimando completamente o próprio corpo, sem espalhar as chamas para nenhum objeto próximo?

Como isso pode ocorrer se o corpo humano é composto de 80% de água? Sabe-se que os seres humanos são combustíveis, mas de péssima qualidade. Experiências mostram que, para queimar um cadáver - sem a ajuda do carvão e de óleo, como ocorreu durante as grandes epidemias -, são necessários duzentos quilos de madeira e mesmo assim, os ossos permanecem inteiros.

No SHC, os ossos são destruídos totalmente, reduzidos a pó. Na maioria dos casos, o SHC leva à morte, pois quem sofreu uma combustão, desenvolveu cargas elétricas de 30 mil volts no corpo.

O caso do Dr. Bentley, e centenas de outros casos semelhantes, ficaram conhecidos como eventos de "combustão humana espontânea" (Spontaneous Human Combustion - SHC). Embora ele e outras vítimas do fenômeno tenham sofrido combustão quase total, as redondezas de onde se encontravam, ou as próprias roupas, muitas vezes não sofriam dano algum.

Os seres humanos podem ser consumidos espontaneamente pelo fogo? Muitas pessoas acreditam que a combustão humana espontânea seja um fato real, mas a maioria dos cientistas não estão convencidos.

O que é a combustão humana espontânea?
Chamado Spontaneous Human Combustions ou SHC, o fenômeno também é designado com o nome de "pirocinesia". A combustão espontânea é uma inflamação no corpo humano, sem a possibilidade de descobrir a causa.
combustão espontânea ocorre quando uma pessoa rompe em chamas por causa de uma reação química interna aparentemente não provocada por uma fonte externa de calor.

Ao longo dos últimos 300 anos, houve mais de 200 relatos de pessoas que queimaram feito uma batata frita por nenhuma razão aparente.
A primeira combustão humana espontânea conhecida foi divulgada pelo anatomista dinamarquês Thomas Bartholin, em 1663, quando descreveu como uma mulher em Paris "foi reduzida a cinzas e fumaça" enquanto dormia. O colchão de palha onde ela estava deitada não foi danificado pelo fogo. Em 1673, um francês chamado Jonas Dupont, publicou uma coleção de casos de combustão espontânea na sua obra "De Incendiis Corporis Humani Spontaneis". As centenas de casos de combustão espontânea ocorridas desde aquela época tiveram uma característica comum: a vítima sempre era consumida quase completamente pelas chamas, usualmente dentro da própria residência, e os médicos legistas presentes relatavam ter sentido cheiro de uma fumaça adocicada nos cômodos onde os eventos tinham ocorrido. A peculiaridade que os corpos carbonizados apresentavam era o fato das extremidades terem permanecido intactas. Ainda que o dorso e cabeça tivessem sido carbonizados de forma irreconhecível, as mãos, pés e/ou parte das pernas não tinham se queimado. Além disso, o cômodo onde o corpo fora encontrado mostrava pouco ou nenhum sinal de fogo, salvo por um pequeno resíduo que tivesse ficado na mobília ou nas paredes. Em raros casos, os órgãos internos da vítima permaneciam intactos, enquanto a parte externa era carbonizada. Nem todas as vítimas de combustãohumana espontânea eram simplesmente consumidas pelas chamas. Algumas desenvolviam estranhas queimaduras no corpo, embora não houvesse nenhuma razão para isso, ou emanavam fumaça sem que existisse fogo por perto. Nem todos os queimados sucumbiam: uma pequena porcentagem de pessoas que tinham passado pela combustão espontânea sobrevivia.

As teorias
Para entrar em combustão, o corpo humano precisa de duas coisas: alta intensidade de calor e uma substância inflamável. Sob circunstâncias normais o corpo humano não possui nenhuma dessas características citadas, mas alguns cientistas têm especulado sobre a possibilidade desses acontecimentos ao longo dos séculos. No século XIX, Charles Dickens despertou grande interesse na combustão humana espontânea. Uma das mais populares sugere que o fogo é iniciado quando o metano acumulado nos intestinos entra em ignição estimulado por enzimas. Entretanto, muitas vítimas da combustão humana espontânea, sofrem mais danos na parte externa do que dentro de seus corpos, aparentemente contrariando essa teoria. Outras teorias especulam que a origem do fogo poderia ser resultado de um acúmulo de eletricidade estática dentro do corpo, ou que proviria de uma força geomagnética externa exercida sobre o corpo. Um perito em combustão humana espontânea, Larry Arnold, sugere que o fenômeno resulta de uma nova partícula subatômica chamada 'pyroton' que, segundo ele, interage com as células para criar uma micro-explosão. Mas não existe nenhuma evidência científica provando a existência de tal partícula?


O que a diz a ciência
Se a combustão humana não é real, o que de fato ocorreu com os corpos carbonizados de tantas fotos? Uma das possíveis explicações é o efeito pavio, que afirma que um corpo em contínuo contato com uma brasa, um cigarro aceso ou outra fonte de calor intenso, atua de forma semelhante a uma vela. A vela é composta de um pavio envolto por uma cera de ácidos inflamáveis. A cera acende a vela e conserva a sua chama. No corpo humano, a gordura atua como substância inflamável e as roupas da vítima ou seus cabelos como pavio. A gordura, derretida pelo calor, ensopa as roupas e atua como cera, mantendo a queima lenta do pavio. Os cientistas dizem que é por isso que os corpos das vítimas são destruídos sem que a chame se espalhe para os objetos ao redor. Como se explicam as fotos dos corpos queimados, mas com as mãos e os pés intactos? A resposta a esta pergunta pode ter alguma coisa a ver com o grau de temperatura - a idéia de que a parte superior de uma pessoa sentada é mais quente do que a sua parte inferior. Basicamente, o mesmo fenômeno ocorre quando seguramos um fósforo com a chama na parte inferior. A chama muitas vezes apagará por si mesma, porque a parte debaixo do fósforo é mais fria do que a parte de cima.

Segundo o estudioso de temas paranormais, Georges Pasch, "a primeira descrição do fenômeno ocorreu em 1763. Uma senhora de sessenta e dois anos de idade queimou-se quando estava em seu quarto. Quando os policiais entraram, o quarto estava coberto com uma fuligem em suspensão. Essa fuligem era úmida, colante e exalava um odor fétido. Os móveis e o assoalho nada sofreram. Por outro lado, os ossos da mulher foram reduzidos a pó, o que exigiu uma temperatura de 1.300º C".

Outro fato curioso: não existe a possibilidade de apagar o fogo com água. Poderia ser, portanto, um processo de combustão ocorrida em uma temperatura muito alta, com uma decomposição radioativa, ou seja, existe a destruição da matéria, mas não ocorre uma elevação da temperatura no local. A maioria das vítimas tinham um perfil muito parecido: mulheres, idosas e sedentárias. Antes da primeira descrição de SHC, pessoas próximas das vítimas eram consideradas criminosas e julgadas como tal. Depois da primeira pesquisa, um médico conseguiu absolver e salvar um acusado.

O caso mais conhecido de SHC ocorreu no dia 1 de julho de 1951 com Mary Hardy Reeser, de sessenta e sete anos. Os vizinhos sentiram um cheiro fétido extremamente forte do apartamento em que ela vivia. O ar do ambiente era muito quente. Os policiais declararam que existia um círculo de 120 centímetros de diâmetro, onde se encontravam uma quantidade de molas de um assento e um resto de corpo. O chefe de polícia declarou: "Até onde podem ir as explicações lógicas, ai está uma das coisas que simplesmente não pode acontecer, mas aconteceu".


CASO DE COMBUSTAO HUMANA


Uruffe, Lorrain pequena cidade perto de Toul. Ginette Kazmierczak leva uma vida solitária, discreta e bastante apegada na sua habitação, de acordo com o seu filho, o professor da aldeia.

Na noite de 12 de Maio de 1977, ela estava sozinha no apartamento, porque seu filho estava fora.

Cerca de 03:00 da madrugada, seu vizinho mais próximo foi acordado pois seu quarto é simplesmente fumaça. Ele sai e vê as pequenas chamas devoram a parte inferior da porta da Sra. Kazmierczak.

Ele alerta os bombeiros que chegaram muito rapidamente, e viram um espetáculo de horror. O corpo da Sra. charred Kazmierczak deitado no chão contra a porta, mas as pernas e braço direito estão intactos, enquanto a cabeça, tronco e abdômen são mais do que cinzas. Foi um enorme temperatura (2000 ° C) para alcançar este resultado macabro.

Curiosamente, apenas o piso abaixo do busto da vítima revelaram vestígios de fogo. As paredes e o piso estavam manchadas de fuligem, mas nada mais foi queimado no apartamento.

O óleo do fogão e aquecedores estão desligados. Uma caixa de fósforos está intacta sobre a janela. A electricidade está funcionando corretamente. Crime, suicídio? Estas teorias são descartados. A acusação de Nancy abriu um inquérito e encarregou o capitão Laurain especializado no assunto. O último exclui todos os pressupostos: a explosão de um aerossol ou gás (mas os gravetos de mobiliário teria sido total), o crime (mas a porta do apartamento estava trancada por dentro), raios ( o tempo bom invalida esta possibilidade).

O perito deve admitir que este é um caso de combustão espontânea. Assim, em 18 de Janeiro de 1978, o procurador Nancy emitiu uma ordem de demissão neste caso.


Legista afirma que homem morreu de combustão espontânea
  01/10/2011
As pessoas podem, de repente e inexplicavelmente, explodir em uma bola de fogo?

Parece história de um filme de terror, mas algumas pessoas acreditam que acontece. É também o que um legista concluiu sobre um irlandês de 76 anos de idade, que queimou até a morte em sua casa. Havia marcas de queimaduras acima e abaixo do corpo, mas nenhuma evidência de gasolina, querosene ou outros aceleradores. O legista relatou que o fogo foi exaustivamente investigado e a conclusão é de que isso se encaixa na categoria de combustão humana espontânea, para a qual não há explicação adequada.

Normalmente, é claro, os incêndios não começam por si próprios. Quando os pesquisadores estão buscando a causa de incêndios florestais, não assumem que a chama apenas acendeu, mas sim que ela provavelmente foi causada por alguém descuidado ou por um relâmpago. Apesar de rara, a combustão espontânea tem uma certa ocorrência. Sob circunstâncias corretas, muitas coisas podem autoinflamar em um dia quente, incluindo pilhas ou trapos usados contendo óleo ou gasolina. Poeira de carvão também pode inflamar-se espontaneamente, um dos muitos perigos que os mineiros enfrentam.


Mas a afirmação de que as pessoas podem de repente explodir em chamas, sem motivo aparente, é uma questão totalmente diferente. O caso mais conhecido de combustão humana espontânea é realmente de ficção: em um romance de Charles Dickens, Casa Abandonada, um personagem explode em fogo. O fenômeno também apareceu em outros filmes e em programas de TV.

Mas há alguma confirmação de casos da vida real?

É aí que as coisas ficam mais complicadas. Embora alguns autores sugiram que existiram centenas (ou milhares) de casos de combustão espontânea ao longo da história, apenas uma dúzia foi investigada em detalhes. Um pesquisador que examinou vários casos supostamente inexplicáveis,= descobriu que todos eles eram muito menos misteriosos do que se dizia. A maioria das vítimas eram idosos, viviam sozinhos e havia chamas por perto (cigarros, velas, incêndios, etc) quando morreram. Vários foram vistos pela última vez consumindo álcool ou fumando.

Como pode um corpo queimar por completo? Se a pessoa está dormindo, embriagada, inconsciente, muito fraca, incapaz de se mover ou de apagar as chamas, as roupas da vítima podem agir como um pavio, para queimar a gordura do corpo (que por ser um óleo é inflamável e está muito perto da superfície da pele). Uma vez que um corpo começa a queimar, ele vai continuar até que o combustível (roupas, cadeiras, o corpo, etc) se acabe.

Os incêndios são notoriamente instáveis. Às vezes as chamas se espalham para outros lugares, outras vezes não. Às vezes incêndios consomem o corpo inteiro, outras vezes não. Tudo depende das circunstâncias específicas de cada caso.

Pesquisas também jogam água fria na ideia de que corpos só podem ser consumidos por temperaturas muito mais altas do que as chamas comuns podem oferecer. As experiências mostram que a gordura humana queima a uma temperatura de 250°C, porém um pavio de pano na gordura vai queimar mesmo quando a temperatura cai até 24°C. O caso do irlandês pode não ser tão misterioso quanto parece. Havia, afinal, uma lareira perto de seu corpo queimado. Parece provável que uma faísca ou brasa se estalou do fogo, atingiu suas roupas e botou-as em chamas. Não está claro por que o legista excluiu esta explicação.

Se a combustão humana espontânea é um fenômeno real (e não o resultado de uma pessoa idosa ou doente muito perto de uma fonte de chama), por que não acontece com mais frequência? Há 5 bilhões de pessoas no mundo e ainda assim não vemos relatos de pessoas explodindo em chamas enquanto caminhavam pela rua, assistiam a jogos de futebol ou tomavam um café. Se a combustão humana é um fenômeno real, mas muito raro, estatisticamente deveríamos ver muito mais casos. [MSN]

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