sábado, 4 de fevereiro de 2012

Gengibre pode ajudar a aliviar dores musculares.


A propriedade do gengibre de acalmar o estômago é bem conhecida. Mais recentemente, porém, cientistas se perguntaram se os efeitos tranquilizadores também se estenderiam a dores musculares.

O gengibre, membro da mesma família do açafrão, contém compostos anti-inflamatórios e óleos voláteis --o óleo de gengibre-- que mostram efeitos analgésicos e sedativos em estudos com animais. Assim, no ano passado, uma equipe de pesquisadores testou se o gengibre poderia fazer o mesmo em seres humanos.


No estudo, publicado em "The Journal of Pain" em setembro, os cientistas recrutaram 74 adultos e os colocaram para fazer exercícios que supostamente causariam dores e inflamações musculares. Durante 11 dias, os participantes comiam, diariamente, dois gramas de gengibre ou um placebo. No final, os grupos do gengibre mostraram reduções de 25% nas dores musculares, passadas 24 horas dos exercícios.


Num estudo duplo-cego parecido, cientistas compararam o que acontecia quando os participantes comiam dois gramas de gengibre ou um placebo, um dia depois do exercício, e em seguida, dois dias depois. O gengibre parecia não surtir efeito logo após a ingestão. Mas pôde ser associado a uma redução na dor no dia seguinte, levando os pesquisadores a concluir que o gengibre pode ajudar a "atenuar a progressão diária da dor muscular".


Outros estudos mostraram que consumir gengibre antes de se exercitar não traz impacto sobre dor muscular, consumo de oxigênio e outras variáveis fisiológicas durante, ou imediatamente após uma sessão de exercícios. Isso sugere que, se o gengibre gera quaisquer benefícios, eles devem se limitar a reduções das dores nos dias após os exercícios.


A conclusão: O gengibre pode ajudar a aliviar as dores, mas apenas um dia ou mais depois dos exercícios. [Folha]






Gengibre
Nome científico: Zingiber officinale Roscoe
Família: Zingiberaceae
Nomes populares: Mangarataia, mangaratiá, gengivre
Origem: Ásia Tropical
Hábito: Herbácea anual
Descrição botânica:
Planta herbácea podendo atingir 1,50 m de altura, de caule articulado, rizoma horizontal, comprido lateralmente, com ramificações situadas num mesmo plano, digitiformes (mão de gengibre), no vértice das quais se encontram cicatrizes do caule foliáceo; de 14 a 16 cm de comprimento por 4 a 20 mm de
espessura. Folhas ordenadas em duas séries (dísticas), com bainha amplexicaule e flores amareloesverdeadas em espigas fusiformes. O fruto é uma cápsula trilocular que se fende em três válvulas; as sementes são azuladas e contém um albúmem carnoso. O rizoma é geralmente articulado formado por tubérculos ovóides, rugosos e prensados uns contra os outros.

Cultivo: Há diversas variedades de gengibre popularmente conhecidas: branca, azul e amarela. Prefere os climas tropical e subtropical, mas tem se adaptado em regiões mais frias. Desenvolve-se bem em terrenos arenosos,leves, bem drenados e férteis. Contudo não deve ser cultivado seguidamente no mesmo lugar, pois sofre queda acentuada de produção.Propaga-se através de gomos, que são pedaços de rizoma, com 1 a 2

Outros comentários:
O gengibre comercialmente além de ser usado para remédio, é usado como condimento no preparo de bebidas (quentão de festas juninas) e perfumaria. Sua produção alcança um preço bom no mercado.
A produção por hectare pode atingir 15 toneladas do produto fresco e 3 toneladas do produto seco. A nível artesanal e local são fabricadas balas de gengibre para afecções da garganta e tosse

brotos. Após um mês, as mudas estão prontas para serem transplantadas para local definitivo, com espaçamento de 0,7 x 0,3 m.
É uma planta exigente em nutrientes e prefere pH em torno de 5,5. Após 10 a 12 meses de plantio colhem-se os novos rizomas.

Constituintes químicos: Óleos essenciais (gigerona, zingibereno, falandreno, canfeno, cineol, broneol e citral) e carboidratos.

Parte da planta para uso: Rizoma (raiz)

Formas de uso: Decocção, infusão, pó, extrato fluído, tintura, xarope e alcoolato.
Indicação: É indicado em casos de cólicas, dores de garganta, resfriados, náusea e enjôos em geral, gripe, bronquite, rouquidão, asma, reumatismo.

Modo de usar:
a) Reumatismo – Preparar um cataplasma com gengibre moído ou ralado num pano e colocar no local afetado; preparar uma tintura de 100 g de rizoma moído em ½ litro de álcool, fazer fricções na área afetada;
b) Rouquidão - Mascar um pedaço de rizoma fresco;
c) Estomacal e tônico – Preparar uma tintura de uma parte de pó de gengibre para 5 partes de álcool a 80°, macerado durante 20 dias em um recipiente fechado. Coar e tomar 5 a 10 gotas em um pouco de água açucarada depois das refeições.
d) Gripe e resfriados – Preparar um chá por decocção com 1 colher de raiz triturada de gengibre, 1 colher de hortelãzinho (Mentha piperita) e casca de 1 limão em ½ litro de água; tomar 4 xícaras de chá ao dia;
e) Bronquite – Ferver durante 30 minutos em 1 litro de água, 40 g de pó de raiz de gengibre, 650 g de açúcar, 32 g de mel de abelha,36 g de suco de limão e 3 litros de água: deixar esfriar, adicionar uma clara de ovo batida e 1 g de essência de limão. Coar, engarrafar e depois de 4 dias começar a tomar.

Referências bibliográficas
BLANCO, M. C.. G. Cultivo comunitário de plantas medicinais. Campinas,
CATI, 2000. 36p. il. 21,5cm (Instrução Prática, 267).
DI STASI l. C.; SANTOS, E. M. G.; SANTOS, C. M. dos; HIRUMA, C. A.
Plantas medicinais na Amazônia. São Paulo. Editora Universidade Paulista.
1989. 193p.
PINTO, J. E. B. P.;Santiago, E. J. A. de. Compêndio de plantas medicinais.
Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 205 p.
VIEIRA, L. S. Fitoterapia da Amazônia: Manual de Plantas Medicinais (a
Farmácia de Deus). 2ª Ed. São Paulo. Agronômica Ceres, 1992. 347p.
Este folder faz parte da série "Plantas Medicinais", do Subprojeto Instalação de horto-matriz de
plantas medicinais em Porto Velho-RO. Maiores informações procure a Embrapa Rondônia.
Elaborado por: Eng. Agrôn., TNS Embrapa Rondônia Dorila Silva de Oliveira Mota Gonzaga e
Eng. Agrôn.,M.Sc., Pesquisadora da Embrapa Rondônia. Vanda Gorete Rodrigues.
Folder 12 - Série "Plantas Medicinais", dez 2001
Tiragem: 1.000 exemplares


EMBRAPA




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