domingo, 8 de janeiro de 2012

Postos de gasolina são flagrados furtando combustível no Rio

Postos de gasolina são flagrados furtando combustível no Rio
As irregularidades são cometidas com o uso de sofisticado equipamento instalado nas bombas
Postos de gasolina são flagrados furtando combustível no Rio
Um laboratório testou a quantidade e a qualidade do combustível de 11 postos do Rio, e em todos foram detectados problemas Ana Branco / Reprodução / TV Globo

RIO - Um sofisticado equipamento instalado em bombas de combustível vem enganando consumidores do Rio, como mostrou neste domingo o Fantástico, da TV Globo. A reportagem, que também passou por São Paulo e Curitiba, encontrou na cidade o pior caso: em um posto, não identificado pelo programa, o furto chegou a 12% do tanque de um carro popular de um total de 50 litros de gasolina, seis não são fornecidos ao veículo. Um laboratório testou a quantidade e a qualidade do combustível de 11 postos do Rio, e em todos foram detectados problemas.


Para revelar a fraude, o Fantástico usou um tanque especial, transparente, na mala de um carro. Sem conhecimento do frentista, a gasolina usada para abastecer o veículo ia para este tanque, de 20 litros, aferido pelo Inmetro. O reservatório era, então, levado para o laboratório, que então media a quantidade em um outro recipiente, também dentro dos padrões do instituto. O máximo de erro permitido em lei é de cem mililitros para cima ou para baixo. Mas, no posto do Rio onde foi feito o maior flagrante, de 20 litros marcados na bomba, 2.410 não chegaram ao veículo da reportagem.

Em outro posto da cidade, de acordo com a reportagem, 2.310 mililitros de 20 litros foram furtados. Um repórter, já se identificando como da TV Globo, depois retornou aos dois locais e pediu que fosse feita e medição usando o recipiente do laboratório. Como a fraude é armada e desarmada por controle remoto, nas duas situações ela não voltou a ser detectada.

Placa diminui a pressão da bomba de combustível

O Fantástico mostrou que uma placa instalada dentro das bombas diminui a pressão do combustível, dando uma diferença na quantidade fornecida e a registrada pelo marcador do equipamento. A fraude é acionada por controle remoto, semelhante ao usado em sistemas de garagem.

O Globo

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