O grave acidente de carro causou uma morte e deixou seis feridos em um trecho que liga o Espírito Santo ao Rio de Janeiro. A miss ficou nove dias internada.
A Miss Brasil 2010 Débora Lyra falou pela primeira vez sobre o acidente de carro sofrido no dia 27 de dezembro em entrevista transmitida na noite deste domingo (8), no programa "Fantástico". A modelo capixaba recebeu a equipe da TV Globo em sua casa, no Espírito Santo, e relembrou o acorrido. “Eu não vi nada. Falaram que o carro ficou destruído. Não me lembro de ter entrado no carro”, disse.
Débora soube de tudo pela irmã, que contou a ela o que aconteceu após ter passado duas cirurgias. A primeira para a retirada do baço e a segunda, na coluna. "Um médico disse que eu era um milagre de Deus. Poderia ter ficado paraplégica. Ele falou que eu não tinha cicatrizes no rosto e não me importei com as que eu fiquei pelo corpo", contou.
Em casa, com os pais, a jovem de 22 anos que já foi eleita a mulher mais bonita do Brasil dá os primeiros passos para a recuperação.
“A Débora deu muita sorte. Ela poderia ter ficado tetraplégica, paralítica, sem movimento do pescoço para baixo”, diz o médico Paulo Paiva.
“Na verdade, eu não lembro de nada. Eu não lembro nem de ter entrado no carro e não lembro de quatro dias depois do acidente”, relata Débora.
É a primeira vez que Débora Lyra, a Miss Brasil 2010, fala na televisão sobre o grave acidente de carro que causou uma morte e deixou seis feridos na BR-101, em um trecho que liga o Espírito Santo ao Rio de Janeiro. Foi no dia 27 de dezembro.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o carro em que Débora estava ficou desgovernado em uma curva, invadiu a contramão e bateu de frente na caminhonete onde havia três pessoas, que não morreram. Mas no carro da miss, dirigido pelo namorado dela, também viajavam uma amiga e a mãe do rapaz- ela morreu na hora. Estava no banco de trás, sem cinto de segurança. Na batida, seu corpo foi projetado sobre o banco do carona, onde estava a Débora.
“Essa é uma prova de que o cinto de segurança não precisa ser usado só nos bancos da frente. Tem que ser usado também no banco de trás”, explica o médico.
“Eu tenho que agradecer também à pessoa que foi me salvar na hora, que faz parte do SOS. Porque ele me tirou de uma forma que não agrediu a minha cervical, e graças a isso eu não tive um problema maior”, diz Débora.
A miss ficou nove dias internada. Na UTI, passou por duas cirurgias delicadas. A quarta vértebra cervical, na altura do pescoço, recebeu uma prótese de titânio. A outra operação foi para retirada do baço, órgão que ajuda o corpo contra infecções, produzindo anticorpos.
“Ela começou a modelar com 9 anos, e eu achei engraçado essa passagem de modelo para miss. Com 12 anos, ela falou: ‘Pai, eu não quero mais ser modelo’. Eu tomei um certo alívio. Ela falou: ‘Agora eu quero ser Miss Brasil’. Eu falei: ‘Como é que é?’. ‘É, eu quero ser Miss Brasil’”, lembra o pai.
Agora, para recomeçar, Débora vai precisar de muita força de vontade e persistência. O processo de fisioterapia deve demorar pelo menos seis meses.
“Estou bastante focada agora”, diz Débora sobre o processo de fisioterapia. “Até porque, futuramente, antes dos seis meses, eu já quero estar 100%. Fisicamente dizendo, porque psicologicamente eu já mudei. Agora o meu foco principal agora sou eu e também o meu namorado”, diz a modelo.
Não é todo mundo que tem a chance de nascer de novo.
Fonte: Fantástico
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