domingo, 18 de dezembro de 2011

Top 5 crimes que chocaram o Brasil em 2011


1. O massacre de Realengo
Wellington Menezes de Oliveira no vídeo no qual ele fala sobre os motivos que o levaram a matar 12 crianças em uma escola do Rio de Janeiro

Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, entrou sem ser importunado na escola municipal Tasso da Silveira, na manhã do dia 7 de abril. Ex-aluno da escola, que fica em Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, ele disse que ia buscar uma cópia de seu histórico escolar. Armado com dois revólveres, ele entrou numa sala de aula e disparou contra a turma, matando doze crianças entre 12 e 14 anos. Ele foi atingido na perna pelo disparo de um policial e, segundo a polícia, em seguida cometeu suicídio.

Em quatro vídeos apreendidos pela polícia, Wellington discorre de forma confusa sobre suas convicções religiosas, fala em "irmãos", e dá todas as pistas de seu plano macabro. O crime, sem precedente no Brasil, teve ampla repercussão internacional. O assassino deixou uma carta com instruções detalhadas para seu sepultamento. Foi enterrado em cova rasa, depois de esgotado o prazo do Instituto Médico-Legal para que alguém reclamasse seu corpo.




2. Tragédia em São Caetano


A professora Rosileide de Oliveira é socorrida, depois dos tiros que levou de D.M.N.
O menino D.M.N., de 10 anos, era um aluno regular na Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC. Em seus trabalhos escolares, expressava sonhos e planos que poderiam ser de qualquer outra criança. “Eu acho que até 2017 vou ter aprendido várias coisas. Eu quero aprender cada vez mais", escreveu, em texto a que o site de VEJA teve acesso. Em 22 de setembro, durante uma aula de Língua Portuguesa, o menino atirou contra a professora Rosileide Queirós de Oliveira e, em seguida, se matou ao disparar contra a própria cabeça. O revólver calibre 38 utilizado por D.M.N. pertencia a seu pai, o guarda civil Milton Nogueira. A professora sobreviveu. A delegada Lucy Mastellini Fernandes, que investigou o caso, declarou: "Não acredito que a gente vá chegar a alguma conclusão segura. A única pessoa que poderia dar 100% de certeza sobre o que aconteceu não está mais entre nós.”


3. O assassinato da juíza Patrícia Acioli
A juíza Patrícia Acioli em foto de álbum de família: morta com 21 tiros ao chegar em casa

A juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), era conhecida por seu combate ao envolvimento de policiais com o crime. No final da noite de 11 de agosto, Patrícia foi morta, com 21 tiros, quando chegava ao condomínio onde morava, no Timbau, em Niterói (RJ). A decisão de matá-la havia sido tomada muito antes. Policiais do 7º Batalhão da Polícia Militar (São Gonçalo) se sentiam ameaçados pela investigação de 70 autos de resistência. No dia do crime, três PMs souberam que Patrícia decretaria a prisão preventiva deles. E decidiram colocar o plano em prática.

Além da brutalidade do assassinato, o que choca no caso é a constatação da profundidade com que o crime está enraizado na Polícia do Rio de Janeiro. "Infelizmente, o que verificamos foi o fato de PMs terem se constituído como verdadeira organização criminosa, para cometer uma série de crimes em São Gonçalo, culminando com o assassinato da Juíza Patrícia Acioli. São criminosos travestidos de policiais”, disse o procurador-geral de Justiça do Rio, Claudio Lopes."
Onze policiais foram presos, entre eles o coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo. Patrícia Acioli havia sido avisada de que ele planejava matá-la. O envolvimento do coronel no crime levou o comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, a pedir demissão. Depois do assassinato de Patrícia Acioli, Duarte transferiu o comandante para o 22º BPM (Maré).


4. Quem matou Juan?
Manifestação contra a impunidade no Rio de Janeiro: Juan, de 11 anos, foi morto por PMs com um tiro no pescoço, em operação sem confronto (Foto de Roberto Moreyra)

Juan Moraes Neves tinha 11 anos, e morava na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No dia 20 de junho, ele desapareceu, depois de uma operação policial na favela. Juan estava na companhia de seu irmão, Wesley, e de Wanderson dos Santos de Assis, de 19 anos, que foi baleado. Um suspeito foi morto. Ao contrário do que disseram os policiais que participaram da operação, não houve troca de tiros. A perícia confirmou o que moradores da favela informaram: só a polícia atirou. Juan morreu com um tiro no pescoço.

Seu corpo foi encontrado dez dias depois, no Rio Botas, em Belford Roxo, a 18 quilômetros do local onde foi avistado pela última vez. A confirmação só veio semanas depois, porque a perícia do cadáver informou inicialmente que se tratava de uma menina. O cadáver ainda foi exumado para novos exames, a pedido da defesa de um dos PMs que participaram da operação. Só no final de outubro o corpo foi enterrado definitivamente. Os quatro PMs envolvidos no caso foram presos.



5. O linchamento do motorista Edmilson dos Reis Alves
Digeane da Silva Alves, viúva de Edmilson: ele foi sepultado no dia em que faria 60 anos

Na noite do domingo 27 de novembro, o motorista Edmilson dos Reis Alves, de 59 anos, perdeu o controle do ônibus que dirigia, depois de sofrer um mal súbito. Atingiu um pedestre, três carros e três motos. Alves não foi preso, nem será julgado. Foi linchado por cerca de 50 frequentadores de um baile funk que acontecia na praça da Rua Torres Florêncio. Eles o arrancaram do ônibus, e o espancaram até a morte.  Os agressores ainda roubaram 25 reais do caixa do cobrador.



Fonte:  Veja

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