A substância bloqueia a ação de um neurotransmissor, que estimula o suor
Quando pensamos em botox, a primeira associação que fazemos é com o tratamento estético, mas a área de atuação da toxina botulínica não para de crescer e vai muito além dos retoques de beleza.
Para muitas pessoas, a substância representa ganho na qualidade de vida, pois também pode ser usada nos tratamentos de hiperidrose (suor exagerado), enxaquecas, distonia (contração muscular involuntária) e nos casos de paralisia e assimetria facial.
A toxina pode corrigir a transpiração exagerada nas mãos, nos pés e nas axilas. A hiperidrose incomoda e gera insegurança em quem sofre do problema, mas as injeções na área afetada controlam de forma eficaz o suor. O tratamento não é definitivo, mas o período de reaplicação pode ser até anual em alguns casos.
A médica explica que a substância bloqueia a ação de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que estimula a produção do suor. "O procedimento funciona porque impede essa produção. Já quem usa muito antitranspirante para conter o suor, pode ter abcessos e outros problemas. O suor produzido precisa sair", alerta a médica.
O valor das aplicações ainda é alto, podem ultrapassar R$ 1,5 mil. Mas quem faz o tratamento diz que vale a pena. A delegada Cristina Forattini, 49, começou as aplicações nas axilas há três anos. "Estou muito feliz com o resultado. Eu ficava chateada porque não podia usar roupas coloridas e me sentia incomodada nas solenidades em que participava", conta.
A toxina é usada, ainda, nos casos de paralisia - causada por derrames - e assimetria facial. A dermatologista Maria Victoria Souza explica que as injeções são aplicadas no lado que não perdeu o movimento, para reduzir o contraste com o lado paralisado. Além disso, o botox melhora a enxaqueca e alivia a dor de quem sofre de distonia.
"Tenho pacientes com distonia na região do pescoço e isso atrapalha inclusive a deglutição, mas as injeções têm sido eficazes. Já quem tem enxaqueca se beneficia muito quando faz retoque nos olhos ou remove rugas, porque as aplicações são feitas na região frontal", diz a médica.
Daniella Zanotti
A Gazeta
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