O Colatinense se mostra muito preocupado com a alteração no cheiro e no gosto na água distribuída pelo Serviço Colatinense de Saneamento Ambiental (Sanear).
O gosto forte semelhante a ‘cebola estragada’ e o cheiro ácido tem provocado náuseas e diarréias em algumas pessoas, de acordo com moradores que entraram em contato com a Rádio Difusora para fazer a denúncia.
O problema da contaminação da água do Rio Doce ocorre desde Ponte Nova, em Minas Gerais, a Linhares na foz em Regência. Segundo laudos técnicos das companhias de tratamento do Vale do Rio Doce e da Funasa, a água do Rio Doce foi infestada por algas unicelulares e cianobactérias capazes de provocar gosto e odor desagradável na água, além de desequilibrar o ecossistema aquático. Pelas análises as bactérias não são nocivas a saúde humana, mas os técnicos aconselham a ferver a água para beber. A proliferação das algas, segundo informações de especialista se deve a poluição e uma defesa natural dos fitoplânctons que liberam substâncias tóxicas para defesa contra os predadores.
Na tarde desta quarta- feira (23) uma análise completa da água será divulgada pelo Sanear visando encontrar uma solução para contornar o problema de abastecimento na cidade.
Fonte: Rádio Difusora de Colatina
Moradores reclamam de água com mau cheiro em Colatina, Noroeste do ES
De acordo com o Sanear, a água é potável e pode ser consumida. A causa do mau cheiro ainda não foi constatada
A água que tem chegado às torneiras de casas de Colatina, na Região Noroeste do Estado, tem deixado insatisfeitos moradores de vários bairros. Eles reclamam que o líquido está com cheiro e gosto ruim. A companhia de abastecimento alega que a água é potável, mas busca respostas para a situação.
A auxiliar de limpeza Suerli Cristina Bernadoni disse que a filha passou mal na tarde de terça-feira, e ela acredita que possa ter sido a água com mau cheiro. Ela contou que a criança, de 9 anos, bebeu dessa água na escola. Mas em casa, no bairro Maria das Graças, a situação não é diferente: segundo Suerli, o líquido está com odor parecido ao de um material apodrecido.
Diretor do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), Antônio Demuner afirmou que foram feitos exames na água. De acordo com ele, os testes comprovaram que o líquido é totalmente potável e pode ser consumido. Com relação ao mau cheiro, disse que a causa ainda não foi constatada. [VIVIANE CARNEIRO - A GAZETA. Gazeta Online Norte]
ESCLARECIMENTO DO CBH DOCE SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO DOCE
A diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH-Doce), considerando a situação atual da água captada no rio Doce e utilizada para o abastecimento público, que está apresentando odor e sabor, mesmo após o tratamento, realizou no último dia 22 de novembro (terça-feira) uma reunião com a presença de representantes dos SAAE’s de Governador Valadares e Conselheiro Pena, CBH-Suaçuí, Cenibra e Polícia Ambiental, a fim de aprofundar os conhecimentos sobre as possíveis causas do problema, de forma a esclarecer a população e, a partir dos dados obtidos, indicar os devidos encaminhamentos.
O CBH-Doce cumpre o seu papel, institucional e legal, articulando as instituições na busca de soluções no que diz respeito à gestão das águas nos seus múltiplos usos. Estão sendo feitas, pelas instituições competentes, coletas de material em diferentes pontos do rio para análise, em laboratórios credenciados, a fim de identificar o foco do problema, considerando os seguintes aspectos: a solução da questão e as alternativas para divulgar a informação para a sociedade, vinculando o fato à urgente necessidade de implementação dos programas do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce.
Existem vários dados coletados que serão comparados buscando identificar o foco do problema, bem como se outras ações de monitoramento serão necessárias. Foi constatado que os tratamentos realizados nos sistemas de abastecimento urbanos estão dentro dos padrões de controle exigidos até então pelos órgãos competentes e o produto oferecido ao consumidor está adequado para o consumo humano (atividades diárias como: tomar banho, preparar alimentos e beber), embora apresente alterações no gosto e odor.
O problema não está localizado em um único município, sendo identificado em vários pontos da Bacia Hidrográfica do rio Doce, e acontece nos períodos de baixas vazões, pois nesta época há o aumento de concentração de carga orgânica, criando um ambiente propício para a proliferação dos microorganismos causadores desta alteração na qualidade da água captada pelos sistemas.
O CBH-Doce, desde o último dia 17 de novembro, acionou a Agência Nacional de Águas (ANA) solicitando informações sobre o monitoramento da qualidade da água do rio Doce realizado até o momento e solicitará que ela coordene o trabalho de análise dos dados já coletados, uma vez que, sendo o rio Doce um rio de domínio da união é a ANA a entidade gestora de recursos hídricos.
ELISA MARIA COSTA
Presidente do CBH-Doce (Representante do Poder Público MG)
LEONARDO DEPTULSKI
1º Vice Presidente do CBH-Doce (Representante do Poder Público ES)
ROBERTO CÉSAR DE ALMEIDA
2º Vice Presidente do CBH-Doce (Representante dos Usuários)
JOEMA GONÇALVES DE ALVARENGA
Secretária Executiva do CBH-Doce (Representante da Sociedade Civil)
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