terça-feira, 25 de outubro de 2011

Enchente. Crocodilos aumentam drama de tailandeses


Fuga de crocodilos aumenta drama de tailandeses em meio a maiores enchentes em 50 anos


BANGCOC - Como se não bastassem os mais de 113 mil desabrigados, os 360 mortos e um país paralisado, as piores chuvas em mais de 50 anos impõem outro problema para os tailandeses: a fuga de centenas de crocodilos que, com as ruas alagadas, estão aparecendo em cidades como Bangcoc.

A situação levou o governo a oferecer uma recompensa de 1 mil baht (US$ 33) para quem conseguir capturar um dos crocodilos, que em sua maioria escaparam de criadouros. Também foi criado um telefone de emergência para que os tailandeses alertem sobre a presença de crocodilos, tigres, cobras e escorpiões nas cidades.

- Por favor, não entrem em pânico. Esses crocodilos não são perigosos como os que vivem num ambiente selvagem. Eles preferem viver em águas paradas e evitam correntes fortes - afirmou Thirapat Prayoonsit, vice-diretor do departamento de conservação ambiental do governo.

A Tailândia é um dos maiores exportadores mundiais de produtos relacionados a crocodilos. Há cerca de 200 mil em criadouros espalhados pelo país, e pelo menos cem deles escaparam no norte de Bangcoc.

Feriado forçado para facilitar retirada
Nesta terça-feira, o avanço das enchentes levou o governo tailandês a anunciar cinco dias de feriado. O objetivo é dar à população uma chance de escapar das chuvas, que se aproximam da capital Bangcoc. O governo destinou ainda 325 bilhões de baht (US$ 10,6 bilhões) nesta terça para ajudar na reconstrução do país.

A força das águas destruiu um dique perto da capital, e levou as autoridades a ordenar a retirada dos moradores de um bairro residencial.

O feriado forçado começa na quinta-feira e segue até o dia 31 de outubro e vale para Bangcoc e para outras 20 províncias afetadas pelas enchentes.

As chuvas forçaram o fechamento de sete áreas industriais nas províncias de Ayutthaya, Nonthaburi e Pathum Thani, vizinhas de Bangcoc, gerando prejuízos de bilhões de dólares, interrompendo cadeias de fornecimento e deixando 650 mil pessoas temporariamente desempregadas.

Apesar dos esforços das autoridades para evitar a inundação de Bangcoc, níveis recordes de água no rio Chao Phraya, que atravessa a cidade, aumentam os riscos de enchentes no centro da capital tailandesa, especialmente se as fortes chuvas retornarem.

O aeroporto de Don Muang, o segundo maior de Bangcoc, seria fechado temporariamente nesta terça-feira, considerando as dificuldades que passageiros e funcionários terão para chegar ao terminal. A previsão é de que seja reaberto em 1o de novembro.


O principal aeroporto, Suvarnabhumi, não foi afetado por estar em uma área mais alta. No entanto, a Thai Airways International, que opera em Suvarnabhumi, disse que reduziria o número de voos por conta da falta de funcionários.

O centro para a resposta à crise do governo está localizado no distrito de Don Muang, um de três distritos inundados desde sábado, e a premiê Yingluck Shinawatra disse na terça-feira que o centro deve ser transferido para outro lugar.

Segundo previsões do Departamento Meteorológico, pancadas de chuva devem atingir a capital nesta terça e na quarta-feira, depois de três dias de seca. [O Globo. Agências internacionais]



Sobe a 366 o número de mortos por enchentes na Tailândia
Várias regiões da capital Bangcoc começam a ser afetadas. Número de pessoas desabrigadas pelas inundações chega a 2,5 milhões.

As autoridades da Tailândia elevaram nesta segunda-feira (24) para 366 o número de mortos deixados desde julho pela persistente inundação do planalto central do país. Várias regiões da capital Bangcoc começam a ser afetadas.


O Centro de Operações para a Mitigação das Inundações indicou também que a maior parte dos canais que passam pela capital registrava seus níveis máximos de capacidade, embora tenha diminuído o fluxo de água que chega desde as 28 províncias do planalto central, que continuam parcialmente alagadas.

A companhia aérea Nok Air suspendeu as operações em um dos aeroportos de Bangcoc, o Don Muang, até o dia 1º de novembro, porque a água invadiu o setor norte do prédio, afirmou o CEO da companhia, Patee Sarasin.

O governador de Bangcoc, Sukhumbhand Paribatra, porém, assinalou que era improvável que toda a capital fosse inundada e precisou que o maior risco recai sobre sete dos 50 distritos da metrópole.

O principal objetivo das autoridades tailandesas é tentar evitar que Bangcoc, responsável por 41% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, seja alagada, como ocorreu com as províncias do planalto central.
O número de pessoas desabrigadas pelas inundações, as piores ocorridas na Tailândia em 50 anos, chega a 2,5 milhões, além dos mais de nove milhões de habitantes que foram afetados.

Fonte: Christophe Archambault/AFP      



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