sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Samuel Blaustein. Corpo do comediante Marcos Plonka é enterrado

Corpo do ator Marcos Plonka é enterrado em SP 

Intérprete do personagem Samuel Blaustein morreu de infarto aos 71 anos. 

Enterro aconteceu nesta sexta-feira (9) no Cemitério Israelita do Embu.




O ator Marcos Plonka, em 2003
(Foto: Agência Estado/Alex Silva)

Foi sepultado nesta sexta-feira (9) por volta das 10h30 o corpo do ator Marcos Plonka, no Cemitério Israelita do Embu, em São Paulo. Ele morreu de infarto fulminante nesta quinta-feira (8), em São Paulo, aos 71 anos.

O ator esteve em filmes, novelas e minisséries. Na década de 1990, interpretou na “Escolinha do professor Raimundo” um de seus personagens mais populares: o judeu Samuel Blaustein, com o bordão “fazemos qualquer negócio”. Plonka também integrou o elenco de outros humorísticos e neste ano fez parte da "Escolinha do Gugu", comandada pelo apresentador, na Rede Record.

O ator começou na TV Tupi em "Terror nas trevas" (1963), "Alma cigana" (1964), "O direito de nascer" (1964) e "O machão" (1974). O mais recente trabalho na Rede Globo foi "A diarista", em 2007, com Cláudia Rodrigues.

Do G1, em São Paulo
   

Judeu, Marcos Plonka ria de seu povo sem ofender



                                                                         O corpo do ator Marcos Plonka foi enterrado no final da manhã desta sexta (9), no Cemitério Israelita de Embu das Artes, na Grande São Paulo.

Ele sofreu um infarto fulminante nesta quinta (8) e não resistiu.

O cortejo foi acompanhado por familiares e amigos mais próximos.

Samuel Blaustein, personagem imortalizado pelo ator Marcos Plonka na Escolinha do Gugu (Record), de fato fazia qualquer negócio.

Descendente de judeus poloneses, o humorista conseguiu transformar o seu bordão especialmente judaico em algo popular que atingia todo o seu público.

Blaustein foi uma representação que unia a caricatura do judeu que sempre pensa em lucrar, qualquer que seja o negócio, à elegância do humor judaico, que, no fundo, sempre deu risada de si mesmo.

Fazendo dupla com o turco Salim Muchiba, interpretado pelo amigo João Ellyas, também na Escolinha do Gugu, Plonka ria das situações hilárias que os dois povos (judeus e árabes) têm a contar ao longo de tantos séculos.

Acima de tudo, mostrava que, mais do que diferenças, judeus e árabes têm muito em comum e não há melhor maneira do que evidenciar isso senão pelo riso.

Marcos Plonka divertia a todos como o judeu Samuel Blaustein

Blaustein até preferia ter lucro, mas, antes de tudo, que Muchiba tivesse muito prejuízo. Era melhor o prejuízo do "inimigo" ao lucro próprio.

E por que seria diferente para Muchiba? Inimigos acabam virando amigos, afinal, nada fortalece mais a amizade do que inimigos em comum, já disse Obelix, parceiro de Asterix nos desenhos criados por Uderzo e Goscinny. E a dupla lutava contra o mau humor e o preconceito a suas etnias.

Nascido no tradicional bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, um bairro não judaico (diferentemente dos já conhecidos Bom Retiro e Higienópolis), Plonka representou bem esse judeu paulistano, secular, que não se prendia a uma visão estereotipada e caricata de seu povo e de sua religião e soube, seguindo a melhor tradição judaica de humor, rir de si, do mundo, das dívidas, dos lucros e dos prejuízos que todos levamos dessa vida. (Fonte: R7)

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