Flávia Anahy de Lima, de 16 anos, caiu do apartamento que morava com Rafael
A promotora de Justiça Eliana Passarelli afirma que os pais de Flávia Anahy de Lima, de 16 anos, cometeram um crime ao deixar a jovem viver com o jogador da Portuguesa Rafael Silva, 20 anos. A adolescente foi encontrada morta no último domingo (31), após cair do 15° do apartamento que morava com o jogador.
- É crime. Não chega nem a ser um erro, é tido como um crime. Os pais foram feitos para cuidar dos seus filhos inclusive até o final da adolescência. As pessoas acham que ela tem cabeça boa. Não. É adolescente. Adolescente é adolescente.
O psicólogo Alexandre Rivero concorda e afirma que não é apenas falta de experiência de vida, mas o próprio sistema nervoso ainda está imaturo.
- O próprio sistema nervoso ainda está imaturo, não é só falta de experiência de vida. Não tem condições de assumir a direção da sua vida, não tem estruturas neuronais que permitam esse comando de sua vida.
De acordo com alunos e professores da escola onde Flávia estava matriculada, a jovem raramente assistia às aulas. A escola fica ao lado do prédio o casal viva. Liliane Oliveira, professora de biologia, diz que a viu na sala uma única vez, ao perguntar porque a jovem não ia as aulas, ela respondeu que era “casada”.
Relacionamento
O casal se conheceu em Praia Grande, onde a menina morava com os pais, quando ela tinha 13 anos. Após se reencontrarem em uma rede social, eles começaram a namorar quando a menina tinha 15 anos. Três meses após o início do relacionamento, a garota fugiu pra São Paulo para viver com o jogador, no fim de 2010.
Antes de morarem na Vila Carrão, os dois moraram em apartamentos de familiares no Tatuapé e em São Mateus.
Investigações
A morte foi registrada a princípio como suicídio, mas agora a polícia trabalha com a hipótese de morte suspeita. Um inquérito foi instaurado e os policiais aguardam o laudo da perícia, que encontrou o apartamento do casal todo revirado e com sinais de briga.
O advogado de Rafael Silva, Giusepe Fagotti, reafirmou em entrevista à Rede Record a versão do jogador de que a adolescente teria se jogado. Ele disse que seu cliente tem se mostrado muito disposto a ajudar nas investigações.
Depoimentos
Mesmo antes do depoimento oficial, os pais de Flávia já haviam afirmado que Rafael havia agredido Flávia anteriormente, deixando hematomas pelo corpo da jovem. Os dois dizem não acreditar na hipótese de suicídio da filha. Testemunhas, como vizinhos e funcionários do prédio, já foram ouvidos.
O gerente do bar no qual Rafael estava no sábado (30) - local do início da briga do casal - prestou depoimento. Ele disse que o jogador teria chegado sozinho no local e não havia bebido. O jogador teria ficado meia hora no bar até que um cuidador de carros correu para avisar que Flávia estava destruindo o carro dele. Ela teria batido com um sapato no carro e quebrado o retrovisor. A briga continuou no apartamento.
Na versão do jogador, a jovem teria atirado um alto-falante na cabeça dele. Quando Rafael ameaçou ir embora, ela teria se jogado.
Ameaça de morte
Na quinta-feira (4), a prima de Flávia, Thayná Lopes, afirmou em depoimento que a jovem já havia sido ameaçada de morte pelo namorado. Ela também disse que teria assinado o boletim de ocorrência sobre a morte da prima sem ler e que não teria dado as declarações que estão no documento.
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