terça-feira, 2 de agosto de 2011

História de amor criada no Facebook acaba na polícia

História de amor criada no Facebook por adolescente termina na delegacia
Um jovem argentino se apaixonou por uma mulher inventada por um adolescente de 13 anos. O romance virtual durou sete meses


Um jovem argentino se apaixonou através do Facebook por uma mulher, mas quando resolveram marcar um encontro, ela avisa que foi sequestrada e que os supostos bandidos exigem um resgate, o que levou a Polícia e o serviço secreto descobrirem que ela, na verdade, foi uma invenção de um adolescente de 13 anos.

Segundo confirmaram nesta terça-feira fontes policiais, tudo começou quando o adolescente, que mora na cidade de Dean Funes, na província de Córdoba, criou um perfil falso no Facebook de uma suposta empresária, de 26 anos, à qual batizou de Antonella.

O caso foi divulgado pelo jornal portenho "Crónica", que na edição desta terça-feira relatou que um jovem de 20 anos, que vive na cidade na província de Buenos Aires de Pablo Nogués, conheceu Antonella através da rede social e acabou se apaixonando. O romance virtual durou sete meses, durante os quais os apaixonados trocavam textos e fotos e até chegaram a brigar e fazerem as pazes, até que um dia Antonella avisou o namorado que iria até sua casa em Pablo Nogués para finalmente se conhecerem.

Contudo, o jovem recebeu um telefonema da suposta empresária avisando que tinha sido sequestrada no caminho e que exigiram um resgate de 100 mil pesos (equivalente a US$ 24 mil).

O rapaz avisou imediatamente a Polícia, que levou o caso à Justiça, que, por sua vez, pediu a colaboração da Polícia de Córdoba e da Secretaria de Inteligência do Estado (Side) para investigar o suposto sequestro.

Após uma investigação de dois dias, a Polícia rastreou o telefone celular de Antonella, até localizar o portão do colégio de Dean Funes onde o adolescente estuda. Ao se ver encurralado pela Polícia, o menino de 13 anos, confessou ter sido o autor da confusão e contou que a fotografia do perfil de Antonella era na realidade da namorada de um parente.

O comissário inspetor Adrián Novillo, de Córdoba, confirmou nesta terça-feira que o adolescente foi transferido a um centro policial e depois compareceu perante a Justiça na companhia de sua avó. "Depois o menor foi entregue à família", disse Novillo, em declarações à Rádio "Cadena 3", de Córdoba.

O curioso mundo do Facebook
Quem usa o Facebook com certa cautela talvez não faça ideia do que uma mensagem ou uma foto postada no mundo virtual podem causar no mundo real - para o bem e para o mal. Na Alemanha, uma adolescente já viu seu bairro ser invadido por mais de 1,5 mil desconhecidos após anunciar seu aniversário na rede na mesma semana em que um argentino encontrou o filho que não via há dez anos pelo Facebook. Enquanto algumas decisões tomadas na rede social podem ajudar a encontrar amigos ou até mesmo reaver o querido porco de estimação, outras podem causar demissões, destruir relacionamentos ou colocar o usuário atrás das grades. Tudo isso aconteceu, e por causa do Facebook.

Confira essas e outras histórias de pessoas que perdem um pouco da noção e fazem do Facebook uma fonte de casos curiosos e divertidos:


1Infância e juventude

Uma adolescente de Sydney teve que cancelar sua "pequena festa de aniversário" depois que 200 mil pessoas, que obviamente não tinham sido convidadas, confirmaram presença no evento pelo Facebook. Ela cancelou a festa, colocou segurança na porta de casa, mas o único desdobramento da história foi gente querendo lucrar, vendendo camisetas com o nome de Jesse e a data da festa por US$ 16. Quem sofreu mais foi a alemã Thessa, que tornou público o convite para sua festa de aniversário que era para ser privada. Mais de 15 mil pessoas confirmaram presença e a festa foi cancelada, mas mais de 1,5 mil pessoas pararam na frente da casa da jovem na Alemanha. Mas não é só adolescente que faz bobagem no Facebook. Uma inglesinha de sete anos gastou - e na frente dos pais - 250 libras (cerca de R$ 675) em uma hora conectada no Facebook. Ela pediu ao pai para jogar Petville na rede social, e ele conectou a filha sem saber que as compras de móveis e roupas virtuais eram pagas com dinheiro real. O pai até ajudou a filha a comprar alguns dos itens, quando foi surpreendido com a fatura do cartão de crédito. Ele pediu o reembolso, que foi negado pelas desenvolvedores do jogo.
Foto: The Sun/Reprodução


2No mercado de trabalho

O bancário Kevin Colvin conseguiu uma folga no banco onde trabalhava alegando uma emergência familiar, mas o que ele queria mesmo era se divertir em uma festa de Halloween em Nova York. E foi isso que ele fez. Vestido de fada, com direito a varinha de condão , curtiu a festa e postou a foto da diversão no Facebook. O problema é que o chefe viu a foto e respondeu ao pedido de dispensa dizendo que esperava que tudo se ajeitasse com a família e elogiou sua varinha de condão. E depois o demitiu. E enquanto uns são demitidos pelo que postam no Facebook, uma inglesa de apenas 16 anos ficou sabendo que foi dispensada de uma cafeteria por uma mensagem enviada pelo Facebook. Chelsea Taylor recebeu uma mensagem da gerente da cafeteria pela rede social - e cheia de erros de gramática - anunciando a demissão. "Olá, Chelsea. É Elaine, do trabalho. Me desculpe mandar essa mensagem para você, mas eu tenho tentado falar com você por telefone e não consigo”, escreveu.  Entre demissões,  há também pessoas que usam o Facebook para arrumar mais trabalho. Até a profissão mais antiga do mundo usa as novas tecnologias como jogada de marketing. Segundo um estudo, mais de 80% dasgarotas de programa de Nova York usam o Facebook para conquistar clientes.


3No mundo do crime

Enquanto os presos brasileiros coordenam ações criminosas de dentro da prisão pelo celular, nos Estados Unidos os detentos já estão em outro nível: atualizam o status do Facebook . Por causa disso, a Carolina do Sul quer ser o primeiro Estado a tornar a prática um crime, somando 30 dias a mais na pena de quem for pego interagindo em redes sociais. Tarangie Tyler, uma americana que teve o marido assassinado em uma ação criminosa, se vê aterrorizada por um dos criminosos, que está preso mas segue atualizando seu perfil na rede social.  Mas há também que vá para a cadeia pelo mau uso da rede. Um adolescente americano pode pegar de 11 a 22 anos de prisão por ter usado o Facebook para contratar um matador para assassinar uma mulher que o acusou de estupro. O jovem de 19 anos aceitou a sentença dos crimes de estupro e de ter solicitado um assassinato. No post do Facebook, o adolescente oferecia US$ 500 pela "cabeça de uma garota". Segundo a polícia, em um post posterior, ele afirmou que "precisava que a garota saísse de cena rápido". Outro que se deu mal foi um americano de 38 anos, enganado pela mulher que criou um perfil falso se passando por adolescente para investigar o que ele fazia online. Após ficar amiga do próprio marido sem ele saber, ela descobriu que ele havia instalado um GPS no seu carro, esperando somente o momento certo para matá-la. O homem, é claro, está preso.
Foto: AP
Leia mais sobre "O mundo curioso do Facebook"


AGÊNCIA EFE


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique a vontade para comentar, só lembramos que não podemos aceitar ofensas gratuitas, palavrões e expressões que possam configurar crime, ou seja, comentários que ataquem a honra, a moral ou imputem crimes sem comprovação a quem quer que seja. Comentários racistas, homofóbicos e caluniosos não podemos publicar.