domingo, 10 de julho de 2011

Genro diz que mulher que morreu em plástica comprou 'roupa para magra'‎

Genro diz que mulher que morreu em plástica comprou 'roupa para magra'
Kátia de Oliveira morreu aos 38 anos depois de uma lipoaspiração.
Polícia deve ouvir testemunha do caso na tarde desta sexta-feira (8).

Coroas de flores recebidas no velório de Kátia de
Oliveira, em Contagem, na Grande BH.
(Foto: Alex Araújo/G1)
O corpo da funcionária pública Kátia Maciel Dias de Oliveira, de 38 anos, que morreu depois de fazer uma lipoaspiração, está sendo velado, nesta sexta-feira (8), na casa dos pais dela, no bairro Novo Riacho, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com o genro da vítima, Diego Costa Ferreira, 21 anos, antes de operar, Kátia fez uma dieta com orientação de uma nutricionista e fez várias sessões de acupuntura para se preparar para a cirurgia. “Era o sonho dela. Ela comprou várias roupas novas e disse que usaria depois que estivesse magra”, contou Ferreira. Kátia morreu depois de submeter-se a uma lipoaspiração em uma clínica de cirurgia plástica, no bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de BH.

“Ela estava fazendo regime há quatro meses e perdeu 22 quilos”, disse o pai, o aposentado José Raimundo Maciel, 70 anos.


Kátia fez cirurgia na barriga, seios e costas e, pelos procedimentos, deu uma entrada de R$ 1,8 mil e mais dez cheques de R$ 1,2 mil – totalizando um valor de R$ 13 mil.

Ferreira contou também que Kátia “disse que o médico falou que ela iria ficar linda”. “Mas ela foi a outro médico que disse que ela só poderia fazer a cirurgia em janeiro do ano que vem porque teria que fazer um acompanhamento com uma psicóloga”, relembrou Ferreira.

Kátia de Oliveira morreu após fazer lipoaspiração
em clínica de BH. (Foto: Álbum de família)
O genro de Kátia comentou que, quando chegou à clínica, acompanhado da namorada por volta das 6h15 desta quinta-feira (7), foi impedido de entrar. “Toquei o interfone, mas eles pediram para a gente aguardar do lado de fora. O pessoal do Samu [Serviço de Atendimento Médico de Urgência] saiu da clínica sem falar nada. Meti o pé no portão e entramos. Depois de uns 20 minutos, o médico veio chorando, com a mão na cabeça, dizendo que não teve jeito, que ele fez tudo que pôde, mas que a Kátia tinha morrido”, falou.

O pai de Kátia disse que a família pretende tomar providências contra a clínica para que o mesmo não aconteça com outras pessoas. O corpo de Kátia será enterrado às 16h no Cemitério da Glória, no bairro Flamengo, em Contagem.


Alex Araújo
Do G1 MGr

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