segunda-feira, 2 de maio de 2011

Beijar é bom, mas tome cuidado com as doenças.

"Já beijei um, já beijei dois, já três. Hoje eu já beijei e vou beijar mais uma vez". Mesmo antiga, a letra de axé da Banda Cheiro de Amor entra no clima de Copa do Mundo regada a azaração. Quando a seleção faz um gol, aí que o beijo rola solto. Mas o fato de unir sua boca com várias outras diferentes aumenta a chance de contrair doenças, entre elas, a 'Doença do Beijo'.

A forma de prevenção da 'Doença do Beijo' é
 simples: diminuir o números de parceiros
O dentista especialista da área de Estomatologia, Paulo de Camargo Moraes, professor da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic, de São Paulo, lembra que beijar na boca pode ser gostoso, mas é importante reforçar o risco de contágios, inclusive de doenças que muita gente acredita serem transmitidas somente pelo sexo, como é o caso do papilomavírus humano (HPV).

"A cavidade oral é considerada, por muitos autores, como reservatório e fonte de infecção de vírus e bactérias", explica Moraes.

Dentre as doenças transmitidas pela saliva, o dentista e professor Alexandre Tomaz destaca as virais e bacterianas, como o herpes simples e a famosa 'Doença do Beijo', uma mononucleose - infecção causada pelo vírus Epstein-Barr.

Se você andou beijando muito e sentiu febre alta, cansaço e tossiu depois de três a cinco dias da "pegação", você pode ter se contaminado e nem ficou sabendo. Por ter sintomas muitos parecidos com os de uma gripe forte, o diagnóstico correto da 'Doença do Beijo' é mais difícil de ser feito.

"Após beijar uma pessoa contaminada pelo vírus, tem o período da infecção ativa e pessoa pode transmitir a outras. O período de encubação é variado, mas, geralmente, é de 3 a 5 dias, e o paciente não relaciona a doença com o ato do beijo realizado anteriormente", afirma o dentista Tomaz.

A forma de prevenção é simples: diminuir o números de parceiros."Reduzindo a quantidade de parceiros, também reduz a probabilidade de contaminação e transmissão", aconselha o dentista.

Diagnóstico 

É feito somente com exame laboratorial.

Tratamento  

"A doença tem um curso autolimitante. Ela vai acabar se resolvendo sozinha. Em torno de duas semanas todos os sintomas desaparecem. Não tem um tratamento específico para ela. Usa-se analgésicos e antifebris. Não é uma doença grave, mas pode ser debilitante", explica o dentista Alexandre Tomaz.

HPV pelo beijo e sexo oral

Outra doença que merece atenção e o papilomavírus humano (HPV), que também pode ser transmitido pelo beijo e pelo contato direto com pessoas contaminadas com lesões ativas, presentes ou não. Além do beijo, o sexo oral é outra forma de transmissão do HPV. "Na boca, o HPV apresenta lesões semelhantes as verrugas, principalmente na região labial. O tratamento é feito com cirurgia para remoção e demora de dois a três meses até que as lesões sejam percebidas, ou seja, nem sempre é visível que o parceiro está contaminado", alerta Tomaz.

Mas não deixe de beijar por causa das doenças. Com a saúde em dia e os cuidados necessários, lembre-se que beijar faz muito bem! [LAILA MAGESK - A GAZETA]




Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo.

Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.

As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca ( http://www.cdc.gov/hiv/resources/qa/qa17.htm ) caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia. 


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