sexta-feira, 22 de abril de 2011

Matador de crianças de Realengo é enterrado em uma cova rasa no Caju

Matador de crianças de Realengo é enterrado no Caju

Rio - Foi enterrado hoje o corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos no cemitério do Caju, às 9h. Ele matou doze crianças e feriu outras 12 depois de invadir a Escola municipal Tasso da Silveira,em Realengo, no dia 7 de Abril. O corpo do ex-aluno, que estava no IML desde o dia em que cometeu o suicídio após matar as crianças. Nenhum familiar acompanhou o sepultamento que foi feito em uma cova rasa sem lápide. Segundo a polícia,o corpo foi reconhecido, mas constava como não reclamado pelos parentes. O enterro só foi possível devido a determinação da justiça já que o prazo para os familiares comparecerem ao Instituto Médico Legal terminava hoje. A Santa Casa de Misericórdia realizou o sepultamento. O ofício enviado ao Caju é assinado por Sérgio Simonsen, diretor do IML.


Laudo
No último dia 12, o IML divulgou nota afirmando que o laudo cadavérico de Wellington concluiu que o atirador cometeu suicídio. Segundo a nota, os ferimentos penetrantes e transfixantes que levaram a morte de Wellington foram provocados por "ação perfuro contundente de projétil de arma de fogo (PAF) no crânio (têmpora direita) e abdômen com lesão de encéfalo, fígado e rim direito". De acordo com os legistas, um dos indícios de que houve suicídio foi o tiro encostado na têmpora, mas o confronto balístico ainda será finalizado.

A nota do IML informa ainda que a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, determinou que os laudos cadavéricos das crianças não será divulgado.

Entenda o caso
Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram - dez meninas e dois meninos - e outros 12 ficaram feridos no ataque.
Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.

O Globo e UOL

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