quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estudo inédito aponta maior chance de cura no câncer de próstata.

Pesquisa revela possibilidade de cura do câncer de próstata, mesmo após a recidiva da doença

Uma pesquisa internacional inédita no campo da urologia que será publicada na edição de abril da revista European Urology – revista científica de maior impacto no setor atualmente – pode mudar o destino de muitos homens em tratamento do câncer de próstata. O artigo – Salvage Radical Prostatectomy for Radiation-recurrent Prostate Cancer: A Multi-institutional Collaboration – revela que há possibilidade de cura mesmo após a recidiva da doença.

O urologista Daher Chade, médico responsável pelo estudo, acredita que há uma nova perspectiva no segmento. ‘Esta pesquisa reuniu 8 centros de referência em pesquisa de câncer da Europa, EUA e a Universidade de São Paulo, e analisou pacientes com câncer de próstata no período de 25 anos, mostrando que há possibilidade de cura, mesmo após a recidiva da doença’ afirma o médico que atua no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo da Faculdade de Medicina da USP e no Hospital Sírio Libanês.

Pacientes com câncer de próstata podem ser submetidos a algumas modalidades de tratamento, como cirurgia, hormonioterapia e radioterapia; em conjunto ou isoladas. O tipo de tratamento varia de acordo com o tipo de tumor e com o estágio em que a doença foi descoberta. Hoje, o protocolo para pacientes submetidos à radioterapia que apresentam recidiva na próstata após o tratamento é habitualmente a hormonioterapia. Esta modalidade isoladamente inviabiliza qualquer chance de cura, além de gerar perda da libido e impotência sexual.

No estudo, dos 404 pacientes que tiveram recidiva do câncer na próstata após a radioterapia e foram submetidos à cirurgia e não à hormonioterapias, 75% estavam livres de metástase 10 anos após a cirurgia. ‘Estes pacientes evoluíram de forma surpreendente. Com a apresentação deste estudo, o tratamento de casos como estes será repensado’, conclui Dr. Chade.

Em relação à prevenção do câncer de próstata, o médico responsável pelo estudo reafirma a necessidade da realização anual do exame de toque e PSA a partir dos 45 anos, e faz um alerta: os homens em tratamento do câncer de próstata devem estar atentos à continuidade do tratamento para em uma eventual recidiva da doença o diagnóstico ser o mais precoce possível, possibilitando ainda ser instituído um tratamento curativo, como o estudo demonstrou. [Fonte: bagarai.com.br]


Estudo desaconselha tratamento imediato contra o câncer de próstata em pacientes acima dos 70 anos de idade
Células de câncer de próstata em cultura laboratorial
(Parviz M. Pour/Latinstock)




Um novo estudo americano reforça a ideia, defendida em levantamentos anteriores, de que o tratamento contra o câncer de próstata pode ser adiado em pacientes com mais de 70 anos. De acordo com a pesquisa, publicada no Journal of Clinical Oncology, apenas monitorar os casos de tumores de baixo risco em homens idodos pode ser mais seguro do que iniciar o tratamento assim que o câncer é detectado. Isso porque, explicam os médicos, ainda não existe um método 100% eficaz para determinar quais homens terão, de fato, sua saúde prejudicada pelo aparecimento do tumor - nesses casos, o risco de um tratamento desnecessário pode ser mais prejudicial do que a doença.

A pesquisa acompanhou um grupo de 650 homens acima dos 66 anos, todos com câncer de próstata já detectado. Os médicos perceberam que a maioria dos pacientes foi capaz de viver durante cinco anos sem qualquer tratamento contra a doença. Nenhum dos participantes morreu em função do câncer de próstata durante o estudo.

“O problema por trás da pesquisa é que, hoje, há um excesso de tratamento em casos de câncer de próstata, porque não sabemos dizer ao certo quais pacientes jamais serão prejudicados pela doença”, diz H. Ballentine Carter, professor de urologia e oncologia na Universidade Johns Hopkins e um dos responsáveis pela pesquisa. Segundo o especialista, a grande maioria dos casos de câncer de próstata em pacientes idosos cresce lentamente, permitindo à pessoa viver por muitos anos.

Uma das hipóteses mais prováveis para o excessivo tratamento da doença nesses pacientes pode estar no exame que é feito para diagnóstico. Fácil, simples e barato, o exame para diagnosticar o tumor mede a quantidade do antígeno específico da próstata (PSA, sigla em inglês), uma substância que tem seu nível no sangue aumentada na maioria dos casos de tumor na próstata.

Feito em larga escala, esse exame tem aumentado o diagnóstico de cânceres que nunca teriam causado problemas significativos à saúde do paciente – já o tratamento em idosos pode ter efeitos colaterais muito mais severos. Estudos científicos anteriores já haviam contra-indicado exames de diagnóstico de câncer de próstata em homens acima dos 70 anos.(Veja)

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