quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Aviões de combate: Brasil continua interessado nos caças

BRASÍLIA, 15 fev 2011 (AFP) - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje que o seu ministério vai cortar até R $ 2,4 bilhões do seu orçamento deste ano, sem afetar um pendente multibilionário contrato aviões de combate.
Não há decisão de agora sobre o contrato para aquisição dos caças. Foto:  o sueco Gripen NG 

Jobim disse que o Ministério da Defesa tem um orçamento de 15 bilhões de reais este ano (cerca de US $ 8,9 bilhões), mas vai reduzir um pouco mais de 26 por cento dos seus gastos.

Ele se reuniu com a presidente Dilma Rousseff por mais de três horas para discutir o orçamento.

"Vou reunir com os representantes dos diferentes ramos das forças armadas e distribuir as fatias entre eles", disse Jobim a jornalistas, mas enfatizou que os cortes não teria nenhum impacto sobre a aquisição de 36 aviões de caça.

Suécia, França e Estados Unidos estão disputando o contrato, que tem um valor inicial estimado em US $ 4 a 10 bilhões, com a possibilidade de mais aviões no futuro.

Segundo o ministro, ainda que Dilma decida este ano, os efeitos financeiros e orçamentários da compra das aeronaves só serão sentidos no Orçamento de 2012 ou 2013. Jobim afirmou que, após a decisão, as negociações relativas à compra, incluindo a fase de elaboração dos contratos, deverá durar cerca de um ano, a exemplo do que ocorreu com os submarinos do ProSub, na Marinha.

O corte ocorrerá nas despesas com manutenção operativa e projetos das Forças Armadas e demais órgãos vinculados à pasta. Essa parcela era originalmente de R$ 10,2 bilhões. Os R$ 4,8 bilhões restantes, diferença entre o saldo contingenciável e o valor total do Orçamento do Ministério da Defesa, refere-se ao montante fixado na lei orçamentária que não pode ser contingenciado por cobrir despesas obrigatórias e ressalvadas, como os gastos com o controle do espaço aéreo.

Ele disse que espera uma decisão neste ano.

A concorrência se arrastou por anos, com Dilma Rousseff herdando de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Jobim disse que os únicos concorrentes em questão foram o Rafale francês, o sueco Gripen NG e os EUA com os F-18 Super Hornet.

O Brasil quer quer o acordo para incluir não apenas as aeronaves, mas também transferências de tecnologia. Lula tinha dito que ele preferia o Rafale, mas no final optou por deixar a decisão a seu sucessor.

Fonte: http://www.swedishwire.com

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