quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Comeram gaivota crua. Adolescentes à deriva por 50 dias são resgatados no Pacífico

Três jovens sumiram no dia 5 de outubro nas águas de Tokelau.
Durante o período, eles comeram uma gaivota crua.

Os adolescentes sobreviveram principalmente
com coco e água da chuva
Três adolescentes da Nova Zelândia foram resgatados após passar 50 dias em um bote à deriva e sem comida no Oceano Pacífico, informa a imprensa neozolandesa nesta quinta-feira (25).

Os meninos - Samu Perez e Filo Filo, ambos de 15, e Eduardo Nasau, 14 - haviam desaparecido do atol Atafu em um pequeno barco de alumínio, após um evento esportivo anual em 5 de outubro, quando navegavam nas águas de Tokelau e foram resgatados na quarta (24) por um barco pesqueiro, que os avistou ao nordeste da ilha Fiji.

A previsão é que a embarcação atraque nesta sexta-feira (26) em Suva, capital de Fiji, onde os jovens serão submetidos a exames médicos.
Seguros: Os adolescentes no barco atuneiro que os resgatou. Os rapazes foram encontrados a nordeste de Fiji depois de serem levados em quase 1.000 milhas pelo oceano do minúsculo atol de Atafu, que faz parte do grupo de ilhas da Nova Zelândia, administrado por Tokelau.

Os adolescentes tinham água, mas só puderam comer uma gaivota crua que conseguiram capturar durante o naufrágio em alto-mar.
"Eles também disseram que duas semanas antes de serem resgatados, foram capazes de travar uma gaivota o que foi muita sorte para eles."
Eles eram dados por mortos na Nova Zelândia, onde já havia sido realizada uma missa por suas almas.

Uma tia do Samu Perez disse à BBC que a família já tinha realizado um funeral simbólico para ele e que todos estavam arrasados.

Espírito Forte
O Senhor Tai Fredricsen, líder da tripulação do barco pesqueiro que realizou o resgate disse que os meninos tinham um pequeno estoque de cocos em seu barco, mas que se esgotou depois de dois dias. "Eles tiveram um período em que eles estavam apenas bebendo água fresca, que captavam em uma lona durante a noite", disse ele.

"Eles também me disseram que duas semanas antes de nós resgatar, eles foram capazes de travar uma gaivota, o que foi muita sorte para eles. Também mencionaram que durante os últimos dois dias, haviam começado a usar a água salgada do mar para beber, o que poderia ter sido desastroso para eles" - acrescentou. "Mantinham um razoável bom espírito apesar do tempo que estiveram em alto-mar. Tinham queimaduras sérias pelo sol, mas só precisaram receber os primeiros socorros, sobretudo cremes para aliviar a pele", completou  Tai Fredricsen, líder da tripulação do barco pesqueiro.

Da EFE

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